Minhas lágrimas caem como água que corre pelas pedras
O álcool que limpa meu ferimentos já não dói mais
que esse sentimento
Essa melancolia pútrida que
Ao mesmo tempo que me mata
É o único motivo que tenho pra viverNão há mais foco nas telas
Não há mais paz nos livros
Não encontro na violência nem no suicídio
Uma razão para cometerNessa vida se prioriza o cérebro ao peito
Pobre e miserável o sujeito
Que por ser considerado tão perfeito
Desistiu de tentar assim serO baque da falha cai como granizo
Me aprove
Me aprove
Eu preciso de vocêFuga. Fuja!
Onde vou me esconder?
A morte não faz sentido
Fugir de você é o único caminho
Não sinto nada
Só ouço um zumbido
Remói no meu peito a saudade de viverFuga. Fuja!
Onde vou me esconder?
Me rasga o peito suportar essa dorNada hei de fazer
_____________________________________________
(Há para todos um poder maior que impede de ser feliz. O louco, por vezes, é aquele que se liberta das amarras do mundo e impõe sua alegria. O louco vive em paz consigo e com o mundo como ele vê. Não sei quem é você, mas sei que já sentiu o mesmo, e por isso esse poema te afeta tanto. Afeta. Não atrai, não comove, não emociona. Afeta. Você tem em si todas as dores do mundo, mas, mundo bobo esse, não consegue ver. Respire, se acalme, não tolere o que não for bom pra você. Não carregue em si todas as dores do mundo, carregue só o que faz valer a pena viver)