O estado da vovó me deixou extremamente preocupada. Eu não conseguia me conscentrar em muita coisa quando eu estava trabalhando. Tudo o que eu fazia me deixava tensa, e eu acho que eu acabei levando minhas preocupações para o dia dia dos outros funcionários, até mesmo do meu chefe.
Acabei cometendo um deslize feio na hora do jantar. Derrubei vinho na roupa cara do senhor Hiddleston, e ele não me perdoou.
"Qual o seu problema? Passou o dia fazendo idiotices". – ele disse nervoso.
"Me desculpa". – disse limpando a mesa. "É que a minha avó precisa de uma cirurgia de urgência e..." – talvez ele pudesse me ajudar. "Senhor, o senhor pode me ajudar com uma coisa?"
"Não".
"Por favor senhor. A minha avó precisa fazer uma cirurgia de urgência ou no caso ela pode morrer".
"Você acha que eu sou médico? Pelo amor de Deus garota".
"Não é isso, é que... O senhor tem muito dinheiro. No momento, só o senhor pode nos ajudar".
"Primeiro me pede para gastar dinheiro com instituições de caridade. Depois pede para eu salvar a vida dos seus familiares. Você ao acha que está exigindo demais".
Soltei um suspiro prestes a chorar.
"Mas ela vai morrer. E eu só tenho o senhor."– Não acredito que eu chorei na frente dele de novo. Quando eu saí, ouvi ele me chamar. Eu sei que eu talvez estivesse abusando da pouca boa vontade dele. Mas é que eu estou realmente preocupada com ela.
...
De manhã quando limpava a sala de jogos ouvi o senhor Hiddleston chegar como sempre de mansinho. Não dei muita atenção, ainda estava mexida com o que estava acontecendo.
"Quantos anos a sua avó tem?"
"87". – disse baixo.
"A vagas o suficiente no hospital do Sul. Eles vão receber muito bem a sua avó lá".
Olhei para ele tão surpresa que larguei o lencinho que eu estava segurando para limpar os lugares.
"Ah meu Deus senhor". – disse e o abracei. "Nem sei como agradecer".
"Pode começar me largando. Está amassando minha camisa".
Ele disse se afastando e arrumando a roupa. Ainda estava chocada por ele ter aberto uma excessão para a vovó. Achei que tivesse que me arrastar ao seus pés para ele me dar uma grana.
"Quando eu voltar, mandarei alguém buscá-la em sua casa. Agora não me peça mais nada".
"Tudo bem, tudo bem". – disse trêmula, limpando as lágrimas.
Liguei tão rápido para minha mãe, que nem sei como eu encontrei meu celular tão rapidamente.
A tarde, entrei num carro a mando do senhor Hiddleston. Fomos buscar a vovó para ela fazer a cirurgia imediatamente. Era um milagre o que estava acontecendo. Era quase inacreditável.
Mamãe e Isabella foram ficar lá. E eu estava me preparando para fazer uma visita. Ouvi batidas na porta do meu quarto, era ele.
"Vamos?"
Vamos?
"Ergh... O senhor também vai?"
"Óbvio. Tenho que ir para conversar com o médico. Afinal, eu sou o único que visito aquele hospital da minha família. Assim eu posso aumentar o plano familiar caso mais alguma coisa aconteça com alguém desta casa".
Ele disse e eu sinto vontade de abraça-lo outra vez. Eu não sabia o que estava acontecendo com ele, mas não quero que mude nunca mais. Eu não estava me aguentando de felicidade. Pelo menos eu teria a vovó por mais alguns anos, e assim ela poderia continuar a contar as histórias que ela sempre conta de quando ela era jovem.
Quando chegamos no hospital, especificamente no corredor da sala onde me abracei com a minha mãe como se tivéssemos ganhado na loteria.
"É um milagre!" – ela diz sorrindo. "Muito obrigada senhor, eu nem sei como agradecer".
Ele dá um sorriso fechado. Minha mãe o abraça. Pelo visto, o senhor Hiddleston não era acostumado com abraços. Mas a Situação estava boa demais para ser verdade. Logo Isabella chegou com uma lata de refrigerante na mão, e os olhares que eles trocaram não foram nada felizes. Minha mãe nunca soube o que aconteceu, e nem deveria. Nem eu precisava saber.
"S/n, posso conversar com você em particular?" – Ela diz de cara fechada. A gente deu alguns passos para longe deles. "Qual é a sua com o Tom?"
"A minha?" – ah não, ela está entendendo tudo errado.
"Para de ser cínica. Vocês estão tendo um caso?"
"Não! Não é isso Isa. Jamais". – disse ela revirou os olhos.
"Para de ser mentirosa. Ele nunca faria uma coisa dessas para um funcionário. Eu te avisei para não se envolver".
"Eu não estou tendo nada com ele!" – insisti.
"Você mente muito mau".
"Eu não sou você". – normalmente eu nunca jogaria verdades na cara de ninguém, principalmente da minha irmã. Mas eu já estava de saco cheio. "Não é por que você deitou com ele que eu tenha que fazer o mesmo. Eu ainda tenho dignidade".
"Q-quem te disse isso? Foi ele?!!"
"Não. Isa eu te conheço. E não precisa mentir, eu não vou ficar brava, não tenho motivos para isso".
"Eu nunca fiz nada com ele! Ou seja lá o que ele enfiou em sua cabeça. É melhor você pegar as suas coisas e sair daquele hospício o quanto antes".
"Isa, eu não estou te reconhecendo". – realmente não estava. Nunca a vi nesse estado.
"Que? Pelo amor de Deus. Não vem com essa. Eu não o que vocês estão fazendo debaixo do mesmo teto, como conselho de irmã, é melhor parar".
"Eu não transei com ele!!!"
Mas quase. "Isabella eu sei que você dormiu com o Tom e eu não me importo. Você está fazendo pouco caso por que ele está sendo solidário com a vovó. Você está sempre me acusando, desconfiando e sendo pessimista. Será que você pode ter um pouco de empatia de vez em quando? Pelo menos com a vovó"."Você está ficando igual a ele, e eu não vou ficar aqui vendo você agir como uma tonta". – ela diz se afastando.
Eu não acredito que a gente brigou por causa dele. Não acredito que ela está contra mim. A gente nunca brigou assim antes. O que eu fiz?
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Blank Space [Tom Hiddleston × You]
Fanfic(Essa história contém erros ortográficos constantes, e gatilhos). Tom leva uma vida reclusa em uma mansão distante da cidade. Isabella chama s/n para substituí-la nos trabalhos do patrão, cansada de ser tratada com falta de respeito e ignorância ela...