Princess Elizabeth and Peasant Will

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E lá estava Elissia, arrumando sua irmã para dormir. Depois de receber a notícia que teria que cuidar do Schnapp, ela não tirou aquilo da cabeça.
A garota sabia que não precisaria ser babá tão cedo, mas provavelmente seria. Seu maior medo era fazer um trabalho ruim e Noah omitir parte dos fatos e fazer com que sua vida virasse um inferno.
Mia: Conta um história?
Pede a menor se ajeitando debaixo do cobertor e fazendo o clássico "olhar de cachorrinho".
Elissia: Que tal amanhã, hoje eu tô cansada...
Mia: Por favor Elís - fala com voz manhosa e a mais velha ri.
Elissia: Está bem, mas depois a senhorita vai dormir!
A mais nova assente animadamente...

Era uma vez uma linda garota, ela tinha aproximadamente 15 anos, cabelos castanhos e olhos azuis, sua pele era negra, sardas levemente avermelhadas com bochechas cheias e rosadas.
A jovem Elizabeth era uma princesa, vivia em seu castelo com seu pai, o Severus. Sua mãe, a rainha, havia sumido a tempos atrás, não existiam boatos sobre ela.
A garota Elizabeth tinha um único sonho, ser uma forte guerreira, que lutaria pelo seu povo e protejeria com todas as forças sua coroa, mas seu pai, Severus, achava muito perigoso esse extinto da princesa, tinha medo da garota sumir também, como a mãe.
Então, Severus decidiu que, para a garota não se aventurar a desrespeitar suas ordens de não lutar, ela teria que se casar. Obviamente a princesa detestou a ideia, mas seu pai não ouviu suas presses.
   - Mas papai, eu não quero me casar, quero ser uma guerreira destemida!
   - Não Elizabeth! Já foi decidido! Vamos fazer o baile para você escolher o futuro rei!
   - Mas e se eu for o rei?
   - Princesas não podem ser reis, Elizabeth!
   - Quem disse?
   - Todos!
   - Então... Deixe os não-nobres virem ao baile!
   - Por quê?
   - Se não deixar, eu não irei a esse baile!
   - Ok! Convidaremos os camponeses!
A princesa, na verdade, sempre teve o desejo de fazer com que não existisse riqueza e pobreza.
Ela ia escondida todas as noite à biblioteca para alugar livros que explicassem sobre isso e sempre achou muito injusto pessoas terem mais dinheiro que outras, sendo que todos são humanos.
Tendo esse ponto, ela decidiu chamar à todos, pois um camponês poderia ter o mesmo ponto de vista dela, já que provavelmente nenhum nobre teria esse ponto de vista.
Os dias foram passando e a data do baile já havia sido informada a todos os camponeses e lá estava ele, Will, o camponês que realmente não queria ir ao baile.
   - Ainda não sei porquê temos que ir à esse baile, está óbvio que a princesa escolherá a um príncipe nobre!
   - Will, não perca essa oportunidade, está bem?
   - Sim mãe, não irei perder a oportunidade.
Depois de tudo já organizado, todos os convidados do baile real foram até o castelo do reino em que viviam.
A princesa já estava arrumada com seu longo vestido, com o corpete rosa e saia verde, decorado com rosas vermelhas levemente rosadas delicadamente bordadas no porpete e na barra de saia.
O castelo estava lotado de pessoas, tanto nobres como camponeses, todos estavam curiosos para ver a princesa e Severus estava furioso com a filha, que havia sumido.
O jovem Will estava cansado de ficar em pé, então decidiu ir para fora do castelo. Na entrada, viu algo que não esperava, a princesa acariciando um cavalo, que estava com a cabeça para fora do portão, que o prendia no estábulo. Ele foi se aproximando da Elizabeth, não querendo chamar atenção da mesma, mas ela já sabia que havia alguém se aproximando.
   - Eu sei que tem alguém se aproximando!
O garoto ficou surpreso com isso, então viu ela se virar e o avistar. Ao ver a garota sorrir docemente, ele estranhou, não era acostumado com nobres sendo gentis com o povo.
Logo fez uma reverência em sinal de respeito.
   - Não precisa fazer reverência para mim!
   - Mas você é a filha de um nobre e o baile se trata de você, my lady.
   - Bom, realmente, mas não e necessário, pelo menos não aqui, senhor...
  - Byers, Willian Byers.
  - Bom, Willian Byers, é um prazer em conhecê-lo.
  - Igualmente e, se me permite perguntar, o que faz aqui? A muitos nobres lá dentro que estão a espera da princesa.
   - Muitos nobres estão lá dentro, porém eu tenho o direito de estar aqui e além disso, os nobres não me importam.
   - Mas... Perdoe-me perguntar.
   - Não pessa perdão, é apenas uma pergunta e assim você me lembra aos nobres lá dentro.
O garoto riu levemente e ela sorriu, gostava de fazer as pessoas rirem.
   - E a dança?
   - Ainda tenho 8 minutos para entrar, já que a dança começará em 10 minutos.
   - E você vai ficar aqui?
   - Sim, gosto de conviver com seres que não me julgam, os cavalos fazem isso.
A curiosidade do garoto Byers foi ainda mais atiçada, afinal, Elizabeth era uma princesa, não havia sentido a mesma ser julgada.
   - Se me permite, vou voltar para o castelo, my lady.
   - Foi um prazer em conhecê-lo Willian, ao meu ver parece um ótimo rapaz e também... Justo.
   - Obrigada, princesa Elizabeth!
Fala e se retira, a garota sorriu boba, algo naquele rapaz lhe dizia que o mesmo era de confiança e foi a primeira vez que alguém havia lhe perguntado sobre algo diferente de seus fatores nobres.
O garoto ficou curioso, achava que Elizabeth seria grossa e arrogante, mas não, ela foi gentil e educada, além de ter atiçado a curiosidade do garoto sobre a mesma.
Agora era a hora do baile, nobres anciavam em ver a princesa os escolhendo, porém a garota não queria um nobre.
Seu pai, Severus, não a obrigaria a escolher um nobre ou príncipe, pois sua falecida esposa era apenas uma camponesa quando eles se conheceram, queria que sua filha tivesse mais iberdade.
O sistema do baile funcionária assim, os jovens que quisessem a oportunidade se apresentariam e a Elizabeth falaria se gostaria de dançar com ele ou não.
Ao longo das apresentações, vários garotos se apresentavam, desde os mais nobres até os com menor condição, todos eles eram ambiciosos e orgulhosos.
Até que chegou o que ela tanto anciava ver, o jovem Will fez a reverência à Severus e Elizabeth, logo comentou que era um camponês e que não via problema em não ser escolhido para dança, já que as chances eram mínimas.
Só pela sua fala, Elizabeth conseguiu afirmar que era um garoto fofo e humilde e estava ali por sua família, exatamente o perfil que ela queria encontrar.
Logo depois que todas as apresentações acabaram, a jovem disse quem seria escolhido para a dança.
As cornetas soaram alto por todo o salão.
   - Eu vos anuncio que a princesa escolhera o jovem Willian Byers para a valsa principal - anunciou os guardas.
O jovem ficou extremamente surpreso com a notícia e ainda mais curioso, o que ela pensava sobre ele? Como ela pensava?
O camponês foi até o centro do salão principal rapidamente, onde a garota de olhos azuis o esperava.
O mesmo reverenciou a mesma e ela retribuíu a reverência.
E então, a música soou e os dois começaram a dançar.
   - Se me permite perguntar, por que vossa alteza me chamou para dançar?
   - Primeiramente, pode se referir a mim normalmente, não como "vossa alteza" e segundamente, você não me pareceu ser orgulhoso ou ambicioso.
   - Obrigada...?
A garota riu levemente e o garoto ficou hipnotizado por alguns momentos em seus movimentos, ver ela dançando como se flutuasse sobre o ar era... Apaixonante.
Quando a dança acabou os dois jovens se reverenciaram novamente e foram cada um para seus lados.
Depois de um tempo, Elizabeth decidiu dar um tempo nas apresentações e foi até o outro lado do salão, onde estava o jovem camponês que havia dançado com a mesma.
   - Willian?
   - Princesa Elizabeth - comprimentou ela, levemente surpreso com sua presença.
   - Quer dar uma volta?
   - Como não aceitar esse pedido?
A garota riu e o Byers lhe deu a mão, logo sendo puxado pela princesa até um enorme jardim, onde no centro havia um banco, no qual os mesmos se sentaram.
   - Esta noite está sendo mais agradável do que eu imaginei, my lady.
   - Eu concordo, Willian.
...

Mia: Só isso?
Elissia: Óbvio, já passou da hora da senhorita dormir.
Mia: Mas e o beijo?
Elissia: As pessoas não precisam se beijar para gostar uma da outra.
Mia: Uou...
A mais velha riu e ajeitou a menor na cama da mesma.
Elissia: Boa noite Mia - fala dando um beijinho na testa da que estava deitada.
Quando ia sair do quarto, ouviu um "boa noite" bem baixinho, sorriu com isso e apagou a luz.
Elissia desceu as escadas e lá em baixo encontrou sua irmã, bebendo uma xícara de chá. Foi até ela e se sentou, logo colocando o mesmo chá em uma xícara e pegando-a para si.
Jenevive: Qual foi a história do dia?
A de cabelos mais claros riu e disse:
Elissia: A história da princesa Elizabeth e do camponês Willian - interrompe sua própria fala para rir - eu devia para de contar histórias assim - fala e ri mais um pouco.
Jenevive: Eu não acho!
Elissia: É porquê você sabe que nada disso vai acontecer na vida real, mas a Mia não!
Jenevive: Você mesma diz para fugirmos um pouco da realidade!
Elissia: Mas eu sei quando é ou não é a realidade!
Jenevive: Elís, a Mia adora suas histórias, você cria elas na hora, não desiste delas, você é fantástica as contando!
Elissia: Ok, ok...
Jenevive: E eu não tô te obrigando, estou falando por conta que eu sei que contar essas histórias te deixa feliz - a menor sorriu e tomou mais um gole do seu chá.
Elissia: Mudando de assunto, como foi seu dia, chegou tarde hoje.
Jenevive: Me embolei em um trabalho em grupo para a faculdade, o meu dia foi corrido.
Elissia: Eu percebi, você me deu a notícia que eu ia ser babá do Schnapp e saiu correndo, e era só 11:00 da manhã, normalmente sai lá por 12:30 ou 13:00.
Jenevive: Pois é! E na faculdade, os alunos não ajudam e chegam atrasados, fazendo o professor explicar 300 mil vezes a mesma coisa!
Elissia: As vezes tinha um bom motivo para eles se atrasarem.
Jenevive: Você e a sua mania de ver o lado bom das pessoas sempre.
Elissia: Mas eu falei alguma mentira?
Jenevive: Ai deus, daime paciência!!!
Elissia: Você é ateia Jeny!
Jenevive: Essa é a ideia!
Elissia: Aí cristo!
Jenevive: Ahh que saco, você não é ateia - fala e eu rio.
Elissia: Meu deus Jeny...
Jenevive: Também te amo maninha, agora eu vou dormir!
Elissia: Boa noite Jeny!
Jenevive: Boa noite Elís!
E a mais velha subiu.
A mais nova, vendo que ficaria sozinha na cozinha, pegou sua xícara e subiu silenciosamente as escadas, logo abrindo a porta do seu quarto compartilhado, deixando sua xícara com cuidado em sua cômoda e ligando a lanterna do seu celular.
Pegou na sua estante o livro "Peter Pan", versão comentada e ilustrada com a história original de James Barrie. A garota estava lendo e estudando o livro, era um dos seus contos favoritos.
Enquanto isso...
O jovem Schnapp estava em uma chamada de vídeo no aplicativo "Discord" com alguns dos seus amigos escolares.

⬜⬜⬜⬜⬜⬜Discord ⬜⬜⬜⬜⬜⬜

(Todos estavam com as câmeras abertas)

Finn: Mas então, ela é bonita?
Millie: Por que o interesse?
Lizzy: Vocês podiam se assumir logo, ia facilitar a minha vida!
Noah: A vida de todos nós...
Finn: Eu só quero saber, vai que o Noah arranja alguém!
Noah: Eu não estou interessado em alguém que trabalha de babá!
Gaten: Metido...
Noah: Não sou, só falei.
Sadie: Sim! Você é metido e isso é influência!
Noah: Você não conseguem não implicar com aquela galera né?!
Millie: Gente!!! Deixa ele com os amiguinhos e foca no que importa!
Caleb: Eu nem sei de que pessoas que vocês estão falando, mas já não gosto!
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E assim foi boa parte da noite e da madrugada do garoto de olhos verdes, conversando e dando risadas, mas a questão que ele teria de ter um estilo de babá era perturbadora.
Acontece que, com certa influência, ele se tornou um jovem metido e preocupado com a sua reputação, então ele evitaria a todo custo que as pessoas saibam que o mesmo teria uma "babá".

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