Capítulo 11

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Sei que devem estar querendo me matar, mas a vida continua e Raf está viúvão rsrsrs. 

Quem fez a aposta para saber quem é a personagem principal preparem. Ela vem contando um pouco da sua história e mostrando o quanto ela é diferente e especial. 

Bom... Agora vou a mimir rsrsrs e ficarei um pouquinho no grupo do whats... 

Vejo vocês por lá. 

Boa leitura e até semana que vem!!!


MARCÊLLY

Sempre que eu podia gostava de ficar olhando o mar no fim de tarde. Essa sensação de que ele era infinito me deixava esperançosa de que tudo um dia daria certo. Ao menos, precisava me alimentar de sonhos que ultrapassavam o meu alcance. Ainda mais para alguém como eu, que os sonhos eram o combustível essencial da vida.

Filha de um pai irresponsável e órfã de mãe, eu só tinha duas coisas na vida para me agarrar. Minha irmã e a esperança de que tudo algum dia iria se resolver.

Desde que me entendo por gente presenciei a destruição de uma mulher por causa de um homem. Sim... Minha mãe tinha tudo para ter tido uma família feliz e unida, mas foi se apaixonar por um viciado em jogos. Um beberrão egoísta que não pensou duas vezes em abandoná-la com uma criança de cinco anos e a sua filha de 15 anos do primeiro casamento.

Mackenzie era minha meia-irmã, mas não nascer da mesma mãe nunca foi parâmetro para eu achar algo que desabonasse seu amor por mim. A prova disso foi que ela ficou quando mais precisei, se anulando dos seus sonhos para um dia eu realizar os meus.

Mitchel Shunter era um homem lindo. Se parecia com um desses deuses nórdicos. Loiro, alto, de olhos incrivelmente azuis e com uma virilidade que fazia qualquer mulher se jogar aos seus pés. Exatamente como foi com minha mãe. Ela o amava, sua adoração era doentia e abusiva, tanto que quando ele se foi fugindo com outra mulher, ela caiu em depressão e ano após anos foi se definhando até se entregar a doença anos depois. Eu tinha apenas oito anos quando a levaram para o hospital e ela nunca mais retornou. Desde então, somos só eu e Mackenzie, que acabou assumindo a responsabilidade de criar uma criança, ainda mal sendo uma adulta.

Meu pai ferrou não só com a vida de Jodie Shunter, mas também com o futuro das suas filhas. Minha mãe era linda, cheia de vida e foi estraçalhada por um desgraçado que infelizmente deixou seu DNA para eu carregar por toda a vida.

A última vez que o vi minha vontade era de que ele morresse e nos deixasse em paz.

Seria pecado eu desejar que o homem que tenho que chamar de pai morresse? Se fosse eu seria condenada ao inferno em primeira instância.

Ele não tinha o direito de ser chamado de pai. Ele só foi um simples procriador que sempre ferrou com tudo. Por sua causa estávamos aqui, sem dinheiro algum para dar o fora e fazer tudo acontecer.

Mack por minha causa não fez faculdade e tudo que ganha vai para pagar as contas da casa e a maldita hipoteca. Ao menos nos sobrou um lugar para morar e, por isso, ela sempre me que tenhoque ser grata. Não reclamar do que Deus ainda nos deixou. Ao menos temos um teto sobre nossas cabeças. Mas isso não era o bastante para me confortar. Não quando tinha um bastardo de pai, que poderia estar nos ajudando. Mas infelizmente por causa dele meus sonhos e os dela se distanciavam cada vez mais.

Ela não me falava sobre suas frustrações, mas eu tinha certeza de que assim como eu, minha irmã, também queria mais desta vida e não somente s apegar ao que lhe aparece, como se fosse um presente do além.

Rafaello Valentino  - Livro 5 (SEM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora