Capitulo Cinco-Quebrando as regras

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Amor não é se colocar refém dos outros, é ter a liberdade de compartilhar a vida com alguém sem medo. - Beatriz Mello

Respiro fundo tentando pensar nas atitudes que estou preste a tomar,se há alguma forma de contornar a situação e voltar atrás, nós não somos mais desconhecidos,mas deveríamos ser

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Respiro fundo tentando pensar nas atitudes que estou preste a tomar,se há alguma forma de contornar a situação e voltar atrás, nós não somos mais desconhecidos,mas deveríamos ser.Deveríamos ser pelos mais diversos motivos,mas principalmente para evitar dores de cabeças como essa.

Há uma garota no banco traseiro do meu carro,que recebeu uma carta e uma rosa encharcada de sangue,e mesmo que não seja,a pessoa tentou muito parecer que fosse.O cheiro de ferrugem,a textura e a cor são algo que não passam abatido,e visivelmente Dean e Matteo tiveram maior problemão para limpar o líquido do chão.

Penso o que devo fazer agora,se desisto e mando ela sair e se virar com tudo isso,se sento e ajudo-a como puder.Ou talvez eu devesse sequestra-la assim como ela alegou antes,e sumir com seu corpo, fim da história e do meu tormento.

-A ideia de te sequestrar está se tornando tentadora-digo ainda de costas para ela,mas sabendo que ela está prestando atenção.

-Faça então -ela instiga,e posso imaginar exatamente seu queixo erguido e olhos apertados me desafiando,e isso acaba me fazendo sorrir.

-Você é impossível - relato ainda em um tom de zombaria, mas agora com os pensamentos caóticos bem longes e com muita certeza, que não quero estar em outro lugar, mesmo que isso me enlouqueça.-To tentando te ajudar porra,mas você faz isso se tornar uma das maiores loucuras que já fiz.

-Talvez devesse parar de tentar - retruca como sempre,mas agora não recebo uma resposta fervorosa e irritada,mas uma baixa e implicativo,como se fosse um pensamento seu dito em voz alta.

Me viro para trás,e me deparo com ela abraçada com os próprios joelhos, a cabeça encostada no banco e os olhos fechados.

Me aproximo lentamente, sentindo sua respiração se tornar mais pesada.Retiro a mochila para me sentar no banco ao seu lado com mais leveza e facilidade.

Observo-a por alguns segundos, sua postura parece tão necessitada de proteção e seu rosto tão leve,com uma mecha de cabelo sobre os olhos,que me fazem estender a mão e retirá-la, colocando-a atrás da orelha, e demorando mais do que o necessário ali naquele local.

-Eu queria ser como elas-desabafa.Eu só fico em silêncio, tentando processar o que ela acabou de dizer e esperando que continue -Eu olho para as personagens de filmes e séries,ou até mesmo para minhas amigas,e vejo mulheres duronas,que resolvem seus problemas sozinhas,colocam machos escrotos em seus lugares....e eu...eu só-ela fica procura palavras para se expressar- Desabo sabe?Eu pareço fraca.

Seguro seu queixo levemente com as pontas do dedo, inclinando-o em minha direção e fazendo com que ela abra os olhos nublados de lágrimas.

-Nunca mais se chame de fraca Isabelly. Principalmente quando se tratar de como lida com seus sentimentos. -mantenho meu olhar firme no seu,sem desviar.

O Caos Que Nos DestruiuOnde histórias criam vida. Descubra agora