17. Bem-vindos a Alexandria

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Acordo com o nosso carro parando, Judith havia dormido em meu colo durante o percurso. Coloquei ela banco a pedido de Rick e sai do carro. A minha frente estavam os portões e os grandes muros do nosso novo lar.

- Pronta? - Carl se coloca ao meu lado

- Pra que?

- Pra entrar em casa - Ele diz e ri pelo nariz. Carl entrelaça as nossas mãos e aperta um pouco

- Estou - sorri e olho tudo ao nosso redor, a minha direita tinha uma igreja incendiada com alguns vidros estourados, e dentro dela estava... uma menina? Ela nos encarava, parecia estar assustada

- Carl, Carl... Você tá vendo aquela menina?

- Onde?

- Ali na igreja, olha!

Quando olhamos, ela não estava mais lá, havia sumido.

- Esquece, deve ter sido coisa da minha cabeça - disse frustrada

- Calma, talvez esteja ansiosa pelo que está por vir.

- É, deve ser isso mesmo.

Os portões se abriram e nosso grupo entrou. Havia um homem no portão chamado Nicholas, ele mandou Aaron nos apresentar para uma tal de Deanna.
Fomos levados todos para uma casa, e um a um foi entrando para uma espécie de entrevista. Perguntei a Aaron se Mika poderia entrar comigo por ela ser uma criança e ele disse que não, que queriam conversar com cada um de nós a sós. Carl havia saído com Judith da casa.

- Ela falou que é a sua vez! - Ele me disse dando um beijo na testa - Vai lá.

Eu entrei na casa e ela era bem decorada, um tanto moderna. Uma senhora estava de pé a minha espera e sorriu ao me ver.

- Senhorita Aurora? - Assenti com a cabeça - Sou Deanna, queira se sentar, por favor. Se importa se eu gravar a nossa conversa?

- Não... Mas pra que isso?

- Nós gostamos de transparência senhorita... - ela sorri - Então senhorita Wood, soube que você é sobrinha da senhorita Maggie Greene, isso?

- Isso

- Pode me contar um pouco mais sobre a sua relação com ela?

- A Maggie é muito além de ser minha tia, ela é a minha mãe de verdade. Foi ela quem cuidou de mim quando eu era criança. Tudo que eu sei hoje é graças a ela!

- E os seus pais? O que aconteceu com eles?

- Pais? Aquelas coisas? Nunca se importaram! Fizeram um favor pra mim quando morreram. Aliás, sempre me virei melhor sem eles. Mas, respondendo à sua pergunta, foram comidos por zumbis.

- E o seu irmão?

- Lá fora com os outros, e principalmente, vivo. Ele, Gleen, Maggie e Mika são a única coisa que eu tenho agora. Meu avô, o Hearshel queria que eu vivesse em um lugar assim, onde estivesse segura e protegida, e agora eu estou aqui com a família que me restou e a que eu fui acolhida. Isso aqui pra mim é a esperança final que eu tenho de um dia, tudo isso ser melhor.

- Muito obrigada senhorita, pode se juntar aos outros e pedir para seu irmão e a menininha entrarem, é a vez deles.

Ela desliga a câmera e eu a questiono do por quê Mika não ter entrado comigo.

- Ela precisa do acompanhamento de alguém adulto, pois ainda é uma criança. E como ela é apegada ao seu irmão também, achei razoável ele entrar com ela. Agora se não se importa...

The Final Hope || Carl Grimes (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora