Segundas Intenções

Capítulo 1

-Me espera, to chegando!- digo desligando a chamada com Verônica minha melhor amiga, aparentemente ela encontrou o cara que ela gosta aos beijos com uma vadiazinha da escola, agora ta enchendo a cara em um bar que não pede identidade, bando de sem noção.

Chego ao bar e vejo Verônica praticamente desmaiada no balcão do bar, chego até ela e ela não ta falando nada com nada, quanto será que essa doida bebeu?. Pago sua conta peço um carro por aplicativo e a levo pra fora do bar quase que carregada, ficamos cerca de cinco minutos esperando o carro, quando ele chega coloco Verônica no banco de trás e entro junto com ela.

Quando chegamos na sua casa pago o carro e a levo até a porta, procuro as chaves em sua bolsa e abro a porta, ágora vem a pior parte, subir com essa garota pro andar de cima onde fica seu quarto.

-Juro que amanhã eu vou te matar.- Falo para minha amiga. Graças a minha força um pouco fora do comum eu subo com ela com certa facilidade, mas juro que ela me paga por isso.

Quando eu chego na porta do seu quarto deixo um vaso que estava em uma mesa no corredor, quando cair e quebrar fazendo um baita barulho, por sorte seus pais estavam viajando e estávamos sozinhas, eles a matariam se a vissem assim.

Entro no seu quarto e a levo até o banheiro a colocando de roupa e tudo embaixo da água fria, ela começa a gritar e a se debater. De repente escuto um barulho de porta batendo e logo depois uma voz masculina bem grossa e aparentemente nervosa.

-Mas que porra está acontecendo aqui Verônica?- o homem dono da voz invade o quanto e logo depois o banheiro onde estávamos, seu olhar vai da garota praticamente desmaiada no box do chuveiro para mim.- Quem é você e o que você fez com a minha irmã?.- Hum então esse é o irmão que ela me falou. Só não tinha falado que era gato assim.

-Em primeiro lugar abaixa o tom pra falar comigo, não sou suas putas pra você falar comigo assim. Em segundo lugar não é minha culpa essa maluca estar assim não, ela vai se vê comigo amanha. E em terceiro, eu me chamo Fa...

-Deixe-me adivinhar, Fanny a melhor amiga irresponsável da minha irmã, meus pais me avisaram que você apareceria por aqui mais cedo ou mais tarde, só não esperava que seria tão rápido e tão tarde da noite.- Diz me interrompendo. Poxa os tios me acham irresponsável. Magoei.

-Você poderia ser um pouquinho mais útil e me ajudar com essa maluca aqui, ela é mais pesada do que parece.- Digo seria a ele, claro que se estivéssemos sozinhas e eu tivesse certeza que ela não se lembraria de nada eu faria isso com muita facilidade.

Ele pega a irmã no colo como se ela fosse uma pena, a levou para cama, me ajudou a seca-la e saiu do quarto para que eu pudesse trocar a roupa dela. Tirei a roupa molhada e coloquei um pijama quentinho e confortável, a deitei e cobri. Sai do quarto apaguei as luzes e fechei a porta, desci as escadas e lá estava ele, de costas pra mim, apoiado no balcão da cozinha com a cabeça baixa deixando os músculos de suas costas mais tensionados, estava sem camisa apenas com uma calça de moletom cinza, bem dito seja quem criou o moletom.

-Vai ficar ai me olhando até que horas?- diz virando-se para mim- Olha cuidado, tem uma babinha escorrendo ai- diz com um sorrisinho safado de lado. Termino de descer as escadas e ele se aproxima mais de mim.

-Eu? Babando por você? Acho que não, ja vi e estive com homens muito melhores que você.- Digo imitando seu sorriso de lado.

Seus olhos escureceram, ele estava irritado, que divertindo. Seus olhos foram dos meus para meu corpo, mais precisamente para minha blusa, que so ágora eu reparei que estava molhada ficando transparente por ser branca.

- Gosta do que está vendo? Ve se não baba em.- digo com um sorriso de lado.

- Sabe que não! Já vi e estive com mulheres de verdade e melhores que uma simples adolescente petulante.- diz com um leve sorriso mas ficando completamente sério depois. Ficamos nos encarando por alguns segundos até meu celular tocar, o pego e atendo.

*LIGAÇÃO ON*

-Mamãe?

-Fanny Arvid! Onde a senhorita pensa que está a essa hora da noite?- Diz aos berros, Matteo escuta e sorri e fala apenas enchendo os lábios sem emitir nenhum som (ja vai tarde), isso me irrita de um modo surpreendente.

-Mamãe estou na casa da Veronica, ela passou um pouco mal e estou aqui ajudando ela, acho que comeu alguma coisa estragada, esta vomitando até as tripas. Tudo bem se eu dormir aqui hoje? Não quero deixa-la sozinha.- peço com minha voz mais manhosa possivel. Matteo me olha irritado, um olhar de quem seria capaz de me matar agora. Bem que eu gostaria de o ver tentar.

-Nossa filha, espero que a Veronica melhore logo, ela é uma boa menina. Pode dormir ai sim. Juizo e me de notícias.

-Obrigada mamãe, amanha ela e o irmão dela me lavaram para casa, não se preocupe. Beijos tchau.- desligo o celular.

**LIGAÇÃO OFF**

Matteo me olha irritado, se aproxima devagarinho de mim, como um leão prestes a dar o bote.

-como você se atreve? Garotinha petulante.- diz chegando perto de mim tão perto que o cheiro do seu perfume amadeirado invade minhas narinas.

-Eu não sou nenhuma garotinha, petulante talvez, mas garotinha nem pensar.- digo chegando mais perto dele estávamos cara a cara ágora, nossos rostos a centímetros um do outro.

-Pois eu digo que você é uma garotinha sim, uma criança irresponsável. Se não fosse não teria deixado minha irmã chegar naquele ponto.- diz com a voz mais rouca e baixa perto do meu rosto.

-Já disse que não estava com ela. Eu apenas a busquei. Ela estava sozinha. Encheu a cara por que viu uma coisa que a machucou muito.- disse no mesmo tom baixo, estavamos quase sussurrando. Seus olhos desceram dos meus para a minha boca. Repeti seu movimento, e cara que boquinha gostosa, a vontade de beija-lo ágora é grande mas me contenho. Ele voltaa olhar nos meus olhos e se afasta.

-O que ela viu? Com certeza foi algo bem grave, minha irmã não é irresponsável a esse ponto.- diz passando as mãos nos cabelos bagunçados e levemente molhados, se virando de costas para mim.

-Viu o cara que ela é afim desde novinha praticante comendo uma vadia da nossa escola. Um tal de Michel, Michel Forbs.

Matteo se vira de frente pra mim bruscamente de olhos arregalados.

-Ta de sacanagem.