Minha Salvação!

Capitulo 36 :

CARLA DIAZ

Eu entro na chácara e vejo o carro de Felipe Lombardi ainda ali para minha total frustração. Assim que ponho meus pés na casa vou direto ao quarto de Maria Clara, minha princesinha dorme tranquilamente.

Eu fico a olhando e imaginando como seria se Arthur descobrisse que tem uma filha e que ela é sua cópia. Ele seria um ótimo pai para ela eu tenho certeza, mesmo com todas suas palavras eu sei que assim que batesse os olhos em Clarinha ele se apaixonaria.

Mara: Filha? Eu trouxe a mamadeira da Clarinha. — Minha mãe me olha de cima abaixo provavelmente estranhando minha roupa, Arthur disse que "nem fodendo" eu iria voltar pra casa só de roupão, então me deu uma box e uma camisa sua — Carlinha que roupas são essas?

Carla: São do Arthur.

Carla: O pai da Clarinha? — eu aceno concordando.

Mara: Filha você mentiu pra mim, a Maria Clara não é fruto de uma inseminação?

Carla: Shiuu! Fala baixo eu vou explicar tudo para senhora. — Então eu conto tudo para minha mãe.

Mara: Meu Deus filha que loucura! Se esse homem descobre ele pode te colocar atrás das grades, você tem noção do que fez?

Carla: Tenho mãe, mas eu não suporto mais ver o sofrimento da minha filha, suas mãozinhas ou pés inchados o choro pela dor. Minha filha tem menos de dois anos e já teve pneumonia duas vezes. E-eu não quero mais isso pra ela. — eu já soluçava eu me fazia de forte, mas só Deus sabia quantas noites de sono perdi pensando na vida da minha pequena.

Mara: O transplante de célula tronco e a única chance de cura.

Carla: Sim mãe e eu vou até o final, e sofrer qualquer consequência pela melhora da minha filha.

Mara: Shiiiu filha tudo vai dar certo nossa princesinha vai sair dessa, sua mãe está aqui pra tudo que precisar. Tudo.

DOIS MESES E MEIO DEPOIS.

O prazo pra permanecer em Conduru havia acabado.

Semana que vem inicia as gravações do programa e o meu objetivo aqui foi concluído, mas então por que a sensação de deixar algo pra trás?

Sim eu estou grávida precisamente de dez semanas, engravidei no dia em que Felipe dormiu aqui na minha chácara e eu dormi na chácara do Arthur, e sim eu estou irremediavelmente apaixonada pelo Grosseirão.

E como não estaria?

Arthur apesar de seu jeito bruto e de ser um total depravado estava sendo um fofo comigo, como vez em que foi em sua fazenda dizer ao piloto do helicóptero e seus empregados que eles ficariam a minha disposição.

A Maria Clara estava tendo febre frequentemente e os sintomas estavam ficando mais  agressivos, eu sabia que ele se ressentia com o fato de nunca apresentá-lo a ela, mas ainda assim ele foi maravilhoso conosco.

Nesses dois meses e meio aconteceram algumas coisas. Perola engatou um romance com Rodolffo, segundo ela um relacionamento aberto mas bastava um ver o outro com outra pessoa que eles davam um jeito de espantar a concorrência.

Já a Keh enfim havia perdido sua virgindade mas se recusava a contar o nome do sujeito, agora Perola a chamava de desvirginada do pau oco.

Keh e eu analisamos alguns modelos de Dona Marta e eram incríveis claro precisavam serem lapidados mas incríveis.

Eu imediatamente, resolvi lançar uma nova coleção nas minhas lojas CD com a assinatura das estilistas Keh Correia e M Moraes, isso mesmo esse é o nome "artístico" de M de Marta.

As malas já haviam sido feitas e Arthur havia acabado de colocar a última no meu carro.

Arthur: Prontinho Madame a última já foi.

Carla: Você foi rápido eu sabia que queria se ver livre de mim, mas não imaginei que fosse tanto. — ele dá um sorriso mas o mesmo não alcança os olhos.

Arthur: Eu não vi a Maria Clara.

Carla: Ah, ela foi ontem a tarde com Dona Mara.

Arthur: Humm... Eu pensei que antes dela ir você me deixaria... Deixa pra lá. — Deus! Ele achou que conheceria Maria Clara, seu desapontamento é nítido.

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