NOVE

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Juliette Freire.

Enfiei os dedos entre seus cabelos macios e o desejo espalhou-se quente e lento entre nós duas. Sarah trouxe-me para mais perto de si e desceu as mãos por minhas nádegas, colando-me ao seu sexo duro sob o jeans. Rocei-me nela, ansiosa, ardente, trêmula. Devorávamos a boca uma da outra, arfando baixinho.

Por fim, ela afastou a cabeça e parou de me beijar. Olhou-me no fundo dos olhos e, sem dizer uma palavra, me pegou no colo e deitou-me sobre a cama coberta com seda. O início da noite deixava o quarto em uma suave penumbra, mas dava para vê-la. E eu fiquei a olhando, enquanto ela se ajoelhava entre minhas pernas e se inclinava sobre mim.

Gemi ao sentir seu peso sobre o meu corpo e sua língua deliciosa na minha boca. Na mesma hora abracei-a, retribuindo o beijo, sentindo-me pegar fogo. Eu a deseja desesperadamente.

Acariciei suas costas sob a blusa, louca para sentir a sua pele quente e nua sobre a minha.

Ela espalhou beijos por todo o meu rosto e por meu pescoço. Abri os olhos, muito consciente do que acontecia e de quem estava naquela cama comigo. Mas o desejo que eu sentia era mais forte do que tudo.

Sarah levantou minha camiseta e tirou-a por minha cabeça. Olhou para os meus seios que subiam e desciam dentro do sutiã de algodão branco. Depois se afastou um pouco mais e abriu minha calça jeans. Ela estava larga e saiu fácil por minhas pernas. Somente de calcinha e sutiã, sob o olhar intenso dela, senti vergonha. Eu era casada, e não era com ela.

O arrependimento por estar sentindo prazer me engolfou e tive vontade de esconder o corpo. Como eu podia estar gostando de ser beijada e tocada por uma pessoa que me via como uma prostituta? Como podia me esquecer Bil?

Quando Sarah me fitou nos olhos, desviei os meus e virei a cabeça para o lado. Fiquei quieta, decidida a ser fria, a não gostar ou corresponder com o que ela fizesse. Se ela percebeu a mudança no meu comportamento, não disse nada. Simplesmente saiu de cima de mim e me fez deitar de bruços na cama. Imóvel, com os cabelos sobre o rosto, tentei não sentir medo pelo que ainda estava por vir.

Sarah abriu o fecho do meu sutiã e despiu as alças sobre os meus braços, sem pressa. Depois segurou as barras da calcinha em meus quadris e começou a descê-las, até despi-las totalmente por meus pés. De olhos arregalados, eu olhava a parede, mal respirando. Podia imaginá-la passeando o olhar por meu corpo nu. Então, ela começou a me tocar.

Primeiro foi nos pés. Acariciou-os suavemente e subiu os dedos por meus tornozelos. Mordi os lábios quando senti sua boca beijar minhas panturrilhas e subirem, as mãos, lábios e língua por minha pele. Quando mordiscou a parte de trás dos meus joelhos, todo meu corpo se arrepiou e uma sensação deliciosa tomou conta de mim. Tive vontade de me contorcer na cama, mas me contive. 

Manter o controle estava se tornando mais difícil. Sarah dava atenção especial a cada pedaço de pele que beijava. Suas mãos e boca eram lentas, seguras e precisas. Saboreou as minhas coxas como nunca julguei que fosse possível. Quando senti a língua subir mais, entre elas, enrosquei os dedos no lençol e fechei os olhos, fazendo o impossível para conter minha excitação.

Seus dedos enterraram-se suavemente na carne macia e arredondada de minhas nádegas e sua boca parou a milímetros do meu sexo. Desviaram-se e mordiscaram o bunda. Foi impossível resistir e eu gemi baixinho, remexendo-me sob ela. Sentia-me quente e meu sexo latejava. Sabia que estava toda molhada, pronta. Mas Sarah não tinha pressa. Espalhou beijos e mordidas por minhas costas, subiu a língua pela linha da coluna, afastou meus cabelos e saboreou novamente minha nuca.

Arrepios sem fim percorriam meu corpo. Sua boca e suas mãos pareciam estar em toda parte. Quando pensei que fosse enlouquecer com aquela torturante sedução, ela segurou-me pelos ombros e me fez virar de barriga para cima. Ajoelhada na cama e totalmente vestida, ela deixou o olhar semicerrado percorrer meu corpo nu. Era como se me acariciasse. Minha pele estava arrepiada, os mamilos duros, a respiração irregular. Sem dizer uma palavra, ela abriu as minhas pernas e ajoelhou-se entre elas. Senti seu olhar sobre o meu sexo descoberto. Quando me fitou nos olhos, contive a respiração.

CHANTAGEM - SARIETTEOnde histórias criam vida. Descubra agora