Capítulo XII - "Não nocauteou só a menina"

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  No dia seguinte os irmãos junto de Sasori e Deidara foram à delegacia denunciar Rasa por tudo que o mesmo fez ao longo dos anos, mesmo que tendo sido informados que não era necessário. Ao saírem foram para o antigo local onde viviam— Que estava mais perto de ser o inferno na terra do que um lar para eles— e pegaram algumas roupas e pertences pessoais.

Gaara ficou imensamente feliz por finalmente ter seu urso de volta para si e, mais feliz ainda, ao ver que seu cacto— mesmo tendo perdido terra, ter rolado para longe e perdido sua florzinha— estava, em parte, inteiro. Fez uma nota mental de pedir ajuda para Kushina ou para sua Tia-avó Chiyo.

Todos foram atrasados para escola, incluindo Kankuro que sentia a ardência dos cortes feitos na noite anterior em suas costas. Seguiram para suas salas de aula. Sasori para a sala do terceiro ano, Temari para a do segundo, Kankuro e Deidara para a sala do primeiro e Gaara para a sala do quarto ano do fundamental.

— Kankuro! Que merda foi aquela?!— Pergunta se aproximando do moreno e do loiro que acabavam de entrar na sala— Passou na TV sua casa pegando fogo e você sendo levado na ambulância.

— Não lhe devo explicações Inuzuka—Tentou se afastar, mas foi parado por Kiba segurando seus ombros.

— Sei que não deve, mas fiquei preocupado, seu imbecil.

Se encararam por um tempo. Kiba não sairia sem uma resposta convincente e Kankuro não falaria nada. Deidara, que já havia ido para sua mesa, apenas observava tudo com um sorriso. Fez uma nota mental de usar isso contra seu amigo.

O professor entrou na sala e mandou todos se sentarem. "vou fazer esse idiota falar nem que eu tenha que usar um 'golpe baixo'. Me aguarde.." pensava enquanto se dirigia emburrado à sua cadeira.


[Mais tarde]


— Ele vai ficar puto comigo se eu desmarcar ou simplesmente não aparecer— Reclamou— E tem mais, isso é minha responsabilidade também.

— Poxa, ok então...— Olhou para o lado e tomou um gole de café— Só não venha reclamar que não tenho tempo quando eu estiver na faculdade— encarou os olhos azuis do outro— E sabe.. logo, logo vou estar ocupado ou cansado demais p'ra esse tipo de coisa. Só queria aproveitar mais meu tempo com você.

— A-ah— Virou levemente o rosto para o lado e puxou uma mecha do próprio cabelo, com delicadeza, até estar próxima ao nariz. Sentiu o cheiro do próprio shampoo— Você é horrível, sabia?

— É, eu sei. Mas então isso é um "sim" ou um "não"?— Cutucou Deidara o ombro esquerdo.

— É um "sim, mas se uma fuinha revoltada vir brigar comigo vou tirar o meu da reta e falar que a culpa é, inteiramente, sua", Danna.

— Vai mesmo me entregar, seu X9?

— Vou!

Riu um pouco— Vale a pena— disse por fim. Deixando sua caneca, agora vazia, no chão da varanda e se aproximando do Uzumaki.

Encostou a cabeça sobre o ombro do loiro e pegou uma das mãos do mesmo. Fez um leve carinho sobre ela, passou devagar o dedão sobre os nós dos dedos da mão pequena do outro.

Deidara recostou sua cabeça sobre a de Sasori e fechou os olhos sorrindo.

Passaram o resto do dia apenas sentados no chão da varanda, da casa do mais velho, jogando conversa fora, observando a movimentação da rua ou apenas trocando carícias em silêncio

Remédio - (Gaanaru - Narugaa)Onde histórias criam vida. Descubra agora