Capítulo 4 - Entre Eros e Philia (parte 2)

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Sejam gentis nos comentários e boa leitura!

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Ok, QUE MERDA QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? O que caralhos o girassol que eu beijei no carnaval está fazendo na minha sala com uma mala e uma mochila nas costas e a mesma cara de surpresa que a minha? Sinceramente, sendo EXTREMAMENTE honesta eu não faço o caralho da menor ideia do que eu estou sentindo agora. Euforia claro, o destino me fez encontrar a garota que eu sentir muitas coisas, com o melhor beijo que eu já experimentei e decididamente me parece uma pessoa incrível. Medo, eu a encontrei, mas ela é irmã da minha amiga que por acaso esconde da família, incluindo ela, que é trans, então sua reação é incerta. Esperança, obvio, pois, ela me pareceu sensata com o pouco que conversamos aquele dia, então provavelmente ela não vai magoar Marsha. Confusão, por que meu deus do céu como alguém pode sentir tudo o que eu estou sentindo de uma vez?

Ficamos nos encarando por um tempo incerto e Amália olhava a situação tentando analisar o que estava acontecendo.

- Girassol? – Pergunta Mel, parecendo confusa, mas dura muito pouco. Mel é inteligente e logo entende que ela é o girassol do carnaval. Claro, sua expressão muda na hora e ela leva a mão a boca e quase grita – VOCÊ TÁ ZUANDO COM A MINHA CARA! Ela é...

- Sim – Respondo direta, saindo dos meus pensamentos e olhando para Mel com um olhar duro, fuzilando-a como se mandasse ela calar a boca

- Isso é maravilhoso!

- ...

Eu quero desmaiar. Não estou nem brincando. Amália fecha a porta e ela permanece paralisada. Sem reação. Ela não parece ouvir ou perceber nada ao seu redor. Já mais ou menos recuperada do choque eu levanto do sofá e me aproximo, mas ela recua. Ok, eu compreendo o receio dela. Pego a mala e levo até o meio da sala. Mel traz água para ela enquanto esperamos pacientemente ela dizer alguma coisa. Como ninguém diz nada, Mel quebra o silêncio:

- Então Cecília – Então esse é o nome dela – Como eu estava dizendo para você, nosso apartamento...

E Amália não finaliza a frase por que Cecília vem em minha direção, agora com muita raiva e me um tapa na cara. Tipo, vocês não estão entendendo. O TAPA. Não só pela dor, mas meu rosto arde e minha face é pura confusão, assim como o de Mel. Sério, que merda está acontecendo? Eu estou em choque, pela segunda vez em 5 minutos. Cecília se afasta e vai na direção de Amalia e dispara:

- Amália me perdoe, eu juro que eu não sabia, mas no carnaval eu... – Ela fala com ansiedade e arrependimento – Eu beijei sua namorada. Mas eu pensei que ela estava solteira. Ela me olhava... ai como eu fui burra

- Mas é o que? – Eu disse

- Você sua... – Cecília ia dizendo, mas a interrompo

- Tá ficando doida mulher? Da onde você tirou que eu e Mel namoramos? – Nesse momento só escutamos a gargalhada alta de Amália. Olha, se não fosse minha melhor amiga eu dava uma surra. A filha da puta está rindo da minha cara – Mel, que porra você falou para ela?

- Mas... – Cecília tinha um olhar de confusão

- Nada, nada, eu juro. Ela deve ter ouvido eu chamando você de amorzinho ou algo do tipo. Eu falei sobre eu ser lésbica e você ser pansexual e que moramos juntas e fui incluindo ela nos assuntos lgbt+ para ver a reação dela sobre isso para amenizar a noticia

- Oh, inteligente! Mas caralho... precisava desse tapa? – Direciono minha atenção para Cecília – Podia ter perguntado

- Me desculpe! Eu pensei... – Ela agora tinha a cabeça abaixada e parecia envergonhada

Em busca de ÁgapeOnde histórias criam vida. Descubra agora