Capítulo 2; "Um feriado odioso"

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O duelo contra Nott não aconteceu

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O duelo contra Nott não aconteceu.

Seja por coincidência ou não, Teodoro foi atingido por um balaço no treino da equipe de quadribol da Sonserina antes do horário que havíamos marcado.

O alívio dos meus melhores amigos com o infortúnio do rapaz me fez sentir uma culpa agradecida.

Uma semana se passou e o tão detestável dia chegou. Minha mãe me mandou uma carta falando sobre o jantar que daria em homenagem a meu irmão e todos os outros que morreram junto dele — as 23h —, e eu não consegui responder, nem mesmo pude pensar em estar lá.

Escutei Herry me chamar e bater algumas vezes na porta, me perguntei de onde ele tirava essa capacidade assustadora de seguir em frente, talvez fosse pelos anos passados naquele armário escuro, ou da perda constante de quem ele amava, seguido de todas às vezes que sua vida estava por um fio fino e não muito longo. Herry Potter, o Eleito, salvador do mundo bruxo, é sem sombra de dúvidas um sobrevivente, o mais talentoso que já se viu.

Não sei quantas vezes me peguei querendo ter uma fração que fosse de sua coragem. Como agora, ele esta, pronto para enfrentar aquilo, junto de minha família, nossos amigos e da comunidade bruxa. Mas eu? Não. Não quero vê-los. Nenhum deles. Nem minha mãe, pai, irmãos e Hermione, muito menos Herry. Quero me afastar de todos, só por um tempo.

Um longo tempo.

— Quando estiver pronto então!?.. — ouvi sua voz exitante e magoada pronunciar — estaremos esperando, amigo.

Seus passos se afastaram e eu me encolhi ainda mais em minha cama, coberto até a cabeça, me abraçando enquanto chorava novamente.

Odeio chorar, odeio todo esse sentimento vazando de meus olhos, me faz sentir tão fraco. Tão não Grifinorio.

Quando o relógio mágico em cima da porta do meu quarto avisou que eram 23:30h decidi que já era seguro sair, todos já deviam estar no jantar, me levantei e andei pelo corredor.

As portas dos outros alunos que retornaram para finalizar o oitavo ano perdido pela guerra estavam fechadas. A maioria preferindo passar esse feriado fúnebre longe do lugar onde tudo aconteceu e os que sobraram assim como eu, se isolaram em seus próprios quartos esperando que o dia logo terminasse.

No final do corredor, no começo da escada para a sala comunal avistei Blasio carregando uma bandeja com pães, frutas e suco de abóbora. Ele também me viu e continuou seguindo sem hesitar ao contrário de mim.

Não nos comunicamos muito depois do episódio do lago, só brevês cumprimentos nas refeições e acenares de cabeça de despedida. Não que diferisse de qualquer interação que eu estivesse tendo ultimamente.

Meu muro estava tão auto. Nem mesmo sei quando o construí.

— Olá — cumprimentou parando em minha frente, seu rosto com bons 6 centímetros mais alto que o meu me fez levantar a cabeça — Pensei que tivesse voltado para casa.

Um amor para Ronald WesleyOnde histórias criam vida. Descubra agora