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Karol

— Lógico que não — rosna já no clima.
Daquele jeito bem quente e gostoso, ele enfia a mão nos meus
cabelos na minha nuca e me puxa para beijar.
Pode me julgar, mas foi o melhor sexo de todos, porque agora
eu sei tudo sobre ele, agora eu sei com quem estou lidando. E, acima
de tudo, porque eu gosto desse cafajeste. Estávamos há quase duas
semanas sem sexo, e isso nos levou às alturas, aos gritos e gemidos.
No início, eu tomei a frente, fui descendo meus lábios pelo peito
dele, cheirando e dando beijos. Nossa! Estava com uma saudade
terrível desse corpo. Desci minha boca até o umbigo, abri a calça dele
e a visão que me recebeu foi extraordinária. A cueca estava
recheada, seu pau duro e vigoroso. Mordi os lábios e soltei um
suspiro. Todo meu. Só meu. Me pergunto como minha irmã pode ter
jogado um monumento como esse fora.
— kah ! — Ruggero  exclama.
Levanto o rosto e, com um olhar malicioso, digo:
— Eu ainda não te provei por inteiro. — Ele arfa, e eu puxo a
cueca para baixo, revelando uma ereção magnífica.
Não avanço imediatamente. Antes, eu dou uma lambida por toda
a ereção e depois chupo só a pontinha. Ruggero  geme e mexe as pernas.
Eu seguro-as e faço uma massagem no interior da coxa, como valu
me deu a dica, enquanto mantenho um vai e vem do pau em minha
boca. Minha boca escorrega cobrindo a cabeça redonda e pulsante;
um gemido sai dos lábios dele e isso me faz ver estrelas de pura
excitação.
Mal deu para começar, e ele já me puxou e disse:
— Estou adorando, mas vai ficar para outra hora. Quero logo
estar dentro de você.
Já que é assim…
Empurro-o para cima da cama, Ruggero  deita, eu arranco meu sutiã,
a calcinha e pulo em cima dele. E pronto, começou. Ele mordeu os
lábios e fechou os olhos quando deslizei me sentando sobre ele
engolindo com minha vagina cada pedacinho do seu pau. Cheguei
até o fim e gemi feito louca a cada rebolada que dei sentindo-o se
acomodar perfeitamente dentro de mim. Me recheando, me
preenchendo tão gostosamente que eu queria chorar de tanta alegria
e satisfação.
Todo meu corpo estava em puro êxtase e quando Ruggero  começou
a mexer, segurando no meu quadril e forçando as arremetidas,
parecia que eu estava ligada na eletricidade. Meus nervos e músculos
tremeram, senti minha pele em combustão.
Segurei em suas coxas musculosas forradas com uma fina
camada de pelos negros e intensificamos as socadas: ferozes, fundas
e bem extravagantes.
Ruggero  me puxou para cima do peito dele, o agarrei esfomeada e
nossas bocas se encontraram quase em cólera; eu queria saborear
cada pedacinho dele, chupando seus lábios e sua língua e tento ele
todo vigoroso me penetrando e acabando com minha racionalidade. E
então me segurando contra ele, flexionou suas pernas e forçou
bastante, seu pau chegou no limite do meu interior e eu gritei quase
gozando. Ruggero  não parou de me apalpar deliciosamente e mandar ver
com pressa, indo e voltando várias vezes; produzindo o choque de
nossos corpos e o delicioso atrito de minha vagina sedenta e húmida
suga-lo por inteiro, tão groso e grande e que me fazia ir nas nuvens.
Era delirante todo o pacote: o cheiro, a pegada, o beijo, o corpo
forte me levando ao mais alto nível do prazer.
Gritamos, suamos, rolamos e caímos no tapete.
Ficamos de pé, Ruggero  me jogou contra a parede, abriu minhas
pernas, segurou forme na minha cintura e empurrou tudo dentro de
mim, de uma única vez; seu pau me tomou por inteira e eu rosnei
descontrolada, puxei a cortina e quase rasguei, tamanha foi minha
euforia. Assim, de pé, com ele atrás, em um ritmo delicioso, sentindo
seu quadril arremeter contra minha bunda e suas bolas pesadas
contra minha entrada, era a coisa mais carnal, erótica e deliciosa que
tinha, que já tinha acontecido em todos meus anos de vida. Gozei me
debatendo maravilhada, até senti meus olhos rolarem tamanho foi o
prazer de cada estocada; as mãos dele nos meus seios, a boca na
minha nuca sem deixar um pedacinho pra trás.
Sentamos na poltrona para um segundo round; ele ainda não
tinha gozado e inacreditavelmente eu queria mais. Dessa vez quase
gozei novamente pois ele chupava meus seios enquanto não parava
de ir e vir bem fundo dentro de mim. Só que o safado não permitiu
que eu gozasse, me levou para a cama, se jogou em cima de mim e
nessa maravilhosa posição, com seu corpão grande e forte sobre
mim, eu gozei rios pela segunda vez, fazendo ele vir logo em seguida,
gozando também.
Ficamos quase dez minutos sem fala e sem reação depois de ter
gozado.
— Aproveite o gostinho, querido marido, pois a próxima vez será
quando eu estiver disposta — aviso em um timbre feroz, quebrando o
silêncio.
— kah, não fizemos as pazes?
Me sento na cama e dou um sorriso maldoso disfarçado de
simpatia.
— Como assim fizemos as pazes? Isso só foi o prelúdio da
minha vingança contra você.
Ele sorri largamente.
— Eu gostei dessa sua vingança.
— Quero ouvir você falar o mesmo amanhã — digo de imediato
e me levanto.
Dentro do banheiro, tomando uma ducha, eu sorrio sozinha.
Estou conseguindo ser durona na frente dele, mas pelas costas eu
sou pura gelatina.
Nunca estive tão apaixonada por um cara. E eu só tenho que
sorrir mais ainda porque o tal cara é meu marido, e está em minhas
mãos.

RUGGERO

— Como assim vai trabalhar? — Com Bernardo no meu colo, eu
olho perplexo para karol , que se olha no espelho, me ignorando.
Hoje é um novo dia, transamos ontem a noite e dormimos relaxados,
e felizes, pelo menos eu estava feliz. Tinha ela de volta e já podia
visualizar um bom futuro em família.
Mas agora, depois de termos almoçado juntos e passado um dia
tranquilo, ela vem com essa novidade.
São sete da noite, e ela está toda linda dizendo que tem um
jantar com o futuro chefe dela.
— É o que ouviu, Ruggero . — karol  aperta os lábios em um papel,
acho que para tirar o excesso de batom, e continua sem olhar para
mim: — Hoje vou jantar com meu futuro chefe e negociar o trabalho
que arrumei.
— Você não me contou… — começo a dizer, e ela me
interrompe bruscamente.
— Você também não me contou que eu estava me casando com
um dissimulado. — karol  se levanta, pega a bolsa e começa a
colocar várias coisas dentro.
Ela está muito linda, e meu peito está pesado de ciúmes maciço.
Eu não quero que ela saia e vá jantar com alguém, por que jantar? Se
é uma entrevista de emprego teria que ser no local de trabalho.
— Poxa, karol , eu achei que tínhamos superado isso…
Passamos o dia tão bem.
Ela olha a carteira, fecha, coloca na bolsa e me encara com uma
pose irônica.

Minha perdição   (Terminada )Onde histórias criam vida. Descubra agora