Capítulo 22

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PDV DAMON

Demorei um bom tempo, eu não conseguia parar de pensar nas palavras do meu pai:

—Ele me odeia.

Nas palavras da mulher:

—Talvez ele esteja revoltado, com raiva e triste. Mais isso passa.

E nas palavras do V:

—Eu estou apaixonado por você.

[...]

Estava com sono leve e acordava de uma em uma hora.
A última vez que acordei dei de cara com V. Ele tinha acabado de sair do banho..

Só que meu olhar logo repousou em seu machucado no braço. E comentei que ele estava sangrando e dali começamos a conversar.

Diante desse momento sozinho de dorme e acorda, resolvi aceitar o que sou, minha descendência e de onde faço “parte”.
E com isso é claro tenho que ter bom convívio com todos.

Também não nego que é porque eu estava o infernizando por não conseguir esconder de mim mesmo que estou a fim dele.

Mas tenho que dizer que é bom conversar com ele. Senti-me bem, feliz. E ele também me pareceu da mesma forma. Então isso que importa.

Quando disse a ele que estou tentando aceitar de onde sou e essas coisas, ele estava de frente pra mim e começou a acariciar meu rosto.

Seu toque era tão suave e gentil, que era inacreditável que vinha de um homem grande, forte, tatuado, e com cara de mal.

 Quando passou pro meu pescoço, arrepiei. E ele segurou minha nuca com força.
Sabia o que veria... Minha respiração fraca ficou ofegante, a dele se encontrava da mesma forma.

Pude sentir seu rosto se aproximar, mas quando faltava pouco pra nossos lábios se tocarem, a porta do PIT foi aberta com um baque.

Afastamos na hora e logo dois caras traziam um que estava com a pele acinzentada, com cara de doente e com olhar de maldade.

Na hora V mandou o colocarem na cama e os ajudei. Eles foram embora e V ficou um tempo nos encarando. Eu não entendi o que ele poderia fazer por aquele homem.

Mas logo descobri...
Ele caminhou até a cama se sentando.

—Vejo que você se divertiu muito hoje, hein poli?

Poli? Policial? Apelido, intimidade?

—Verdade. Mas agora não estou me divertindo... -ele sussurrou.

Eles riram brevemente.

—Quantos, você sugou?

Sugou? Como assim? Estão falando dos lessers?

—Seis.

—Muitos.

—Sim. Isso dói de mais.

V pegou a camisa do cara e levantou e ali fiquei chocado. Havia uma marca redonda preta elevada em sua barriga.
Horrível, sinceramente...

—Vou acabar com sua dor. -Ele disse começando a tirar a sua luva.

E o que foi revelado me surpreendeu ainda mais.

Ok... Eu já tinha percebido que ele não tirava a luva, pelo menos nunca quando esteve perto de mim. Mas claro, acreditei ser mania, essas coisas.
Mais não, ele escondida a sua mão brilhante.

Brilhante ? Simm.

 Ta legal, não é tão assustador assim não é mesmo ?

Eu consigo fazer névoa, controlar pessoas, entrar nos sonhos delas, sou morto-vivo, sou super rápido e forte, e quando estou com sede meus olhos mudam de cor, veias aparecem debaixo dos meus olhos e grandes presas crescerem, então tudo bem...

Amante Sofrido -  { Concluído }Onde histórias criam vida. Descubra agora