𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖔𝖎𝖙𝖔

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Seul, Coreia do Sul - 02:04 a.m.
Jungkook

- Quem foi que mandou você aqui? ― Encarei a cara do desgraçado. Ele permanecia calmo e sério; é assim que se coloca medo, é assim que se tem o prazer de sentir a angústia subindo pelas veias alheias e consequentemente subindo até os olhos, fazendo-os ficarem arregalados pela calmaria indesejada. O homem de barba rala me encarava com medo, mas querendo aparentar estar ótimo. Então o sorriso em sua face prevalecia. ― Eu não costumo fazer perguntas duas vezes! ― Bati em seu rosto com um taco de baseball, fazendo ele cuspir sangue e quebrar uns dois dentes. Apesar da adrenalina, extravasar um pouco da minha raiva era divertido.

- Você deve saber que eu não vou falar nada ― disse ele, engasgando-se com o próprio sangue.

- Mesmo? Creio que nunca foi pego por mim. Saiba que eu não sou igual ao Min que termina as coisas rapidamente. Eu gosto de ver as pessoas sangrarem até a morte. Sabe como algumas pessoas costumam me chamar? Psicopata ― sorri, pegando o isqueiro. Havia técnicas que precisavam ser usadas, técnicas que não matariam, mas que certamente lhe fariam sangrar ou estremecer de dor até seu sistema imunológico apagar de vez.

- Se já sabe quem me mandou aqui, por que isso tudo? ― Perguntou, confirmando que foi realmente o Min quem o mandou aqui.

- Você é tão idiota que confirma. Caso não saiba, sou muito poderoso e, consequentemente, tenho muitos inimigos. No entanto, isso não te assusta. O que quero dizer é que o meu poder incomoda. ― Segurei o isqueiro aceso perto da orelha dele. ― Segurem a cabeça dele.

Os dois seguranças seguraram os ombros e a cabeça, e sorri vendo sua cartilagem começar a queimar e os gritos de horror vindo do homem. A gordura amarelada e nojenta apareceu logo e parei com os movimentos. Aquilo, para mim, não passava de uma breve introdução.

- Meu chefe vai acabar com você! ― Dei uma risada. O Min acabar comigo...

Seria uma piada.

― Me responda, qual é o seu nome?

- É Dong Han-Sa, merda!

- Muito bem, Dong Han-Sa. O que pretendia vindo aqui em minhas terras? ― Peguei um material de choque e pus na coxa alheia, ligando-o. ― Quanto mais demorar, mais torturador vai ser.

- Ah, pare! ― Arfou ele. ― O Min me mandou para apagar o sistema de segurança daqui. Ele pretendia invadir aqui durante a troca da ronda de seguranças. Sem o sistema de segurança, seria mais fácil.

- Está mentindo ― sorri. Ele não seria burro de continuar com a mentira. As pessoas testavam a minha humilde benevolência, ousando acreditar que eu cairia em uma conversa dessas. Como se eu não visse a mentira estampada na cara alheia.

- Por que estaria? Pare com isso! ― Retirei o choque, dando-lhe um murro e vendo o osso do nariz deslocar e ficar gradativamente torto. Sorri com isso.

- Você olhou para o nada enquanto falava comigo e suas mãos tremiam, mesmo estando fechadas. Você não falou toda a verdade, Dong. Às vezes acho que as pessoas não me conhecem. Acha que sou burro para não sacar uma mentira?

Meu celular toca e vejo que é uma mensagem de Namjoon, avisando que chegaram novas mulheres em uma das minhas boates. O tráfico de mulheres, sem dúvidas, é algo que me dá muito dinheiro, ainda mais quando se trata de mulheres um pouco mais maduras.

As mulheres que chegam para mim têm no mínimo a maioridade, e, para minha surpresa, meus clientes gostam bastante dessas mulheres de trinta anos siliconadas.

De fato, tenho plena consciência de que nada que faço é algo que um homem bom faria. No entanto, o que posso fazer? Digo, nasci dentro da máfia e fui criado como um maldito robô feito para mandar e matar. É difícil negar certas coisas para o meu trabalho sujo. Se tornaram coisas do dia a dia que já nem me importo mais, como comer pão toda manhã. Mas na vida daquelas pessoas, é como decretar morte na sua rotina, e não comer um simples pão.

DANGER | Livro I • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora