Capítulo 3

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Maia Bertinelli

Já estamos cerca de 40 minutos na estrada, o vento batendo em meu rosto a brisa fresca... era pra estar me acalmando mas cada minuto na estrada sinto calafrios, não entendo, devia estar aliviada, agora vou poder viver a minha vida da maneira que quiser mas não, sinto culpa e remorso, pois sei que mesmo meu pai sendo rigoroso e ranzinza ele gosta de mim.

Minhas mãos estão badalando no volante sem parar demostrando toda a minha ansiedade, bom agora não tem volta, seja o que Deus quiser daqui para a frente.

Respiro fundo e aumento a velocidade Maria me olha preocupada ela já deve saber o que se passa em minha mente perturbada.

- Você trouxe seus medicamentos filha?
- Como eu poderia esquecê-los?

Desde muito nova comecei a carregá-los para onde quer que eu fosse, já são parte de quem eu sou, mais um presente de meu pai, por isso eu não sinto culpa em culpá-lo, por que é a verdade, se não fosse ele eu não estaria aprisionada a todos esses medicamentos.

- Bom, não esqueça de tomar todos os dias nos horários certinhos esta bem? Eu sei que não é justo, mais assim é a vida, e nada nela é justo, um dia você não vai mais precisar de nenhum, quero que se lembre de mim e das minhas palavras quando isso acontecer e você estiver realizando seus sonhos.

Ela pega em minha mão com carinho sua voz mas uma vez cheia de emoção o que teria sido de mim sem ela?.

Olho para trás, tudo deserto senão por um carro logo atrás, fico ainda mais aflita pois já tem um tempo que o observo sempre atrás da gente.
- Maria, você está vendo?
- Sim, já tem um tempo, dirija mais rápido.

Tento ir mais rápido mas tenho que reduzir, à outro carro vindo a nossa frente, o medo nos atinge com tudo, minhas mãos agora estão trêmulas, tento ir para o outro lado mas eles me impedem, estamos cercadas numa estrada totalmente escura e deserta.

Uma batida nos faz sair da estrada e bater em uma árvore muito grande sinto sangue escorrer pela minha testa, viro a cabeça lentamente para olhar para Maria, ela está desacordada vejo muita fumaça, preciso sair daqui e ajudá-la a sair também, alguém me puxa para fora com tanta força que fico tonta.

Elevo a visão e vejo vários homens mascarados e
raivosos, reúno coragem para perguntar o que
querem comigo.
- O-Oque vocês querem?
Um deles tira a mascara e sorri para mim um sorriso
amarelo e sem dentes.
- Você é filha de Domenico certo?
Penso por um tempo, o que será que meu pai fez
agora, e por que eu sempre pago por seus atos
repugnantes.
- Responda! Ele grita.
- Sim.
Não nego, não tem jeito.
- Vamos levar você para passarmos um tempo
juntos o que acha? Assim você me conta algumas
coisas sobre ele.

Abro a boca para dizer bem alto e em bom som que prefiro morrer à ir com eles, Quando a cabeça do homem a minha frente é explodida com um tiro seguido os outros e então uma voz me faz tremer ainda mais.

- Boa noite ovelhinha.

🌚🖤 Boa tarde Amores!.

A MENINA DO MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora