"Você já tentou correr de um furacão? É impossível. É ainda mais difícil quando a vida é uma puta mal comida que te odeia. Eda Yildiz entrou na minha vida como um vento, mas o que eu não esperava é que ela cresceria para se tornar um furação de esca...
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Serkan Bolat Dias atuais...
Eu queria que fosse especial para a Eda, mas nunca esperei me sentir assim. No momento em que as portas se abriram e nossos olhares se encontraram, senti o mundo inteiro girar por um segundo, então tudo se encaixou e nós estávamos exatamente onde deveríamos estar. Quando aquelas pequenas luzes se acenderam, iluminando seu caminho até mim, a sensação que eu tive foi que todas as coisas que vivemos até hoje, boas ou ruins, foram como pequenas pedras, que embora possam ter nos ferido um dia, pavimentaram esse caminho.
— Você sempre me surpreende, Serkan Bolat... — Eda disse quando finalmente ficamos frente a frente.
— Está pronta para o primeiro dia do resto das nossas vidas, Eda Bolat? — Eu pergunto e ela me reponde com um sorriso que iluminaria o mundo em segundos.
A cerimônia em si não é algo demorado e não é tão desconfortável como eu imaginei que seria, mas definitivamente é o completo oposto de um casamento oficializado por Elvis. Não que eu esteja reclamando do outro. Apesar de serem dois eventos fundamentalmente diferentes, de alguma forma, ambos são bem a nossa cara. Do momento em que nos sentamos á mesa até o momento que o juiz de paz entregou a Aile/Evlilik Cüzdanı, a Certidão de Casamento/Família, levou talvez uns 10 minutos. É só uma questão de nos fazer confirmar os nomes dos nossos pais e o nosso desejo de nos casar, então as duas testemunhas, vulgo Kaan e Melo, concordarem com nossa união, todos nós assinarmos a certidão e ele dizer: "Vocês estão casados".
A impressão é que, tanto Eda quanto eu, passamos esses dez minutos inteiros prendendo a respiração e com as mãos dela agarrando as minhas em um enlace apertado. Quando ela pegou aquela certidão, olhou bem nos meus olhos e disse:
— Fucking finally!! — Nós dois começamos a rir descontroladamente e era uma piada só nossa porque além de nós dois, Semiha hanım e Kaan, ninguém mais sabia que já éramos casados.
— Nós já podemos ir para a Lua de Mel? — Eu pergunto me agarrando a esperança.
— Sim, por favor! — Ela responde quase antes de eu terminar de falar.
— Hayir... — Sim... É a voz dela... Quem convidou Semiha hanım? — Vocês não vão me passar vergonha. Vão ficar pelo menos um pouco na recepção. Que mania mais feia de sempre fugir nos eventos... — Ela repreende.
— Se depender da senhora eu vou ter quinhentos casamentos e nenhuma lua de mel, né? Poxa babanne, assim fica difícil! — Diz minha esposa, indignada.
— Sossega. Quanto mais rápido começarmos essa festa, mais rápido vocês dois podem ir. Tenho certeza que ninguém aqui quer ver a bunda do Serkan! — Ok... Ela não vai esquecer nunca.
— Eu quero babanne! Eu estou doidinha pra ver! — Eda reclama batendo os pés e cruzando os braços igualzinho a Çağla e eu não consigo mais segurar o riso.
