Boa Leitura!! <3
Eloquentes em um discurso catártico, reprimindo ideias sensacionalistas de algo duradouro. Ferventes como um vulcão em erupção, ferozes em toques e indiferentes em sentimentos.
Piratas em busca do tesouro, há de existir algo mais radiante do que o prazer? utopias de calendários e datas marcadas, Juyeon ousaria marcar apenas a sexta feira, data essa que sempre o levava até o portão verde esmeralda, um husky no embate que sempre o fitava como se fosse uma estalactite fascinante, Lee ousaria rir todas as vezes se em consequência não houvesse um Eric em fulgor através do vidro esfumaçado, com madeixas funambulas, saltitando conforme a brisa da madrugada, provavelmente Éolo aproveitara sabiamente de seu poder dado por Zeus, vendo que despejava seus ares arrebatadores na face mais cintilante dentre um Olimpo.
– Hefesto ousou se apaixonar por Afrodite somente por não te conhecer. – Olhos fechados, um sorriso lapidado pela espuma do mar, Juyeon encantava o loiro emaranhado em sua frente.
– Pelo menos assim ela teria se livrado desse dementador. – Soprou um riso, matar as aulas para estudar mitologia grega com o Lee embaixo da escada no nono ano talvez não tivesse sido tão ruim assim.
– E teria me privado de conhecer meu semi deus hipotético. – Dedilhou suas mãos perante a mandíbula exposta do garoto invejado pelos astros. Ousou atravessar a linha e se escorar no batente do portão, sobrepondo o corpo definido e contemplado pelo eclipse.
– Nem o capitão gancho ousou ser tão perspicaz em sua vida pirata, Juyeon.. – Mãos em um enlace na conjuntura da cintura alheia, volta e meia circulando os dedinhos afim de uma resposta.
– Talvez eu queira me comparar ao Peter Pan, não quero crescer, perder você está fora de cogitação, Son. – Sacana, um semblante sensual, aquele qual apenas o Lee transbordava.
– Você sabe que amanhã seremos apenas conhecidos novamente, não é, Juy? – Amargo, Eric trazia consigo o doce de seus lábios e a acidez de suas refutagens, perambular pelos olhos do tal se comparava a ser descoberto pela máfia.
– Qual foi.. Amores de uma noite ainda são amores. – Sibilou com sua sagacidade, sua mão agora fazia companhia à calça moletom larguinha na parte de trás.
– Eu gosto quando sua boca mente assim.. Você sabe, eu não sou pra você e você não é pra mim. – O transbordar luxurioso através de um passe de olhares. A guerra inconteste de que não eram um do outro era de certo apenas uma guerra para que terminassem o resto da noite fundidos como moléculas.
– Você finge que acredita e consequentemente eu pago pra ver. Não vou mudar sua vida, mas é bom te ter.
Se semana passada haviam se encontrado no colchão, hoje o sofá parecia ainda mais confortável, como uma obra prima os quadros contemplavam os garotos inertes em prazeres e envoltos em volúpia. O som alto e as luzes fortes, esse amor pirata os dois sabiam como fazer.
Se durante o solarengo a população ficasse presa ao engarrafamento, perante a escuridão ambos os amigos se prendiam apenas às roupas como fatalidade. Em uma epifania a metamorfose dos corpos em solavanco se davam ao lúdico poemário, prismas e singularidades, a mistura das madeixas loiras como o precipício de Apollo e o escarlate do tom da sensualidade e bromancidade de Dionísio.
Os corpos dançantes, o estofado como uma pista de dança e dois seres batizados pelo que seria dito como pecado em ondulações de quem transformava uma onda num infinito. Assim como o yin yang, Juyeon despejava um pouco de si ao corpo de Eric que completava o rapaz na mais perfeita harmonia. O equilíbrio daqueles que jamais seriam um só.
Marcas sublinhadas ao corpo do Son, vermelhos e roxos deixados por alguém que jamais seria dono de si, ainda sim, permitia dizer que alguém jamais ousou enlaçar seus batimentos como um talismã. A boca com sabor de permanência e resquício de uma vodka barata deixava Juyeon ainda mais reluzente, o corpo forte com o coração despedaçado, ele fazia seu tipo no fim das contas.
A lua do céu perdia em disparada quando comparada as orbes lunaticas do Lee, o cristal reluzente do sorriso enigmático, ousaria passar horas em fascinação do que de fato passaria na mente opaca do de madeixas vermelhas.
– O quão alto deveria ser um mirante para conseguir de fato contemplar você por inteiro? – Juyeon apreciava o loiro que por hora ressonava exausto, o semblante pacífico de quem revirava as peças do quebra cabeça do Lee.
Se em um amanhecer se dissiparam, no anoitecer se re-apaixonaram. Se ao nascer do sol os corpos se repeliam, no pôr deste ambas as almas se fascinavam. Eis de ser pirataria o amor de brincadeira que em sentimentos durava uma noite inteira.
Talvez Juyeon precisasse da ajuda dos deuses que ajudaram Perseu a derrotar Medusa para então derrotar o amargurado guardião que barrava à entrada até o coração de Eric. Se barreiras existiam, Lee treinaria por décadas o seu salto, saltando diretamente aos fascínios de Son.
Espero que tenham gostado!! deixem aqui o que acharam 🥺🥺🤲🏻 voltem sempre ♡.
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Amor Pirata | JURIC.
RomanceOnde juyeon e eric se apaixonavam ao anoitecer. (+18), baseado na música Amor Pirata do Jão.