Capítulo 1

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S/n Pov

1. 2. 3. E....

– Oi pessoal! - eu havia acabado de iniciar umas das minhas enormes lives - Curtimos habitualmente uma música do momento, agora, cadê a bendita da Rita?! - brinquei e ouvi o pessoal da call rir - Eu tô aqui com um pessoal do meu Discord pra jogar comigo, fala aí tropa!

Todo mundo se apresentou, eram meus amigos das antigas, O Felipe, a Max e o Pedro, formavamos um squad e ficávamos a live inteira jogando

Minha vida era literalmente assim, fazer lives, e tentar algo na internet, eu amo trabalhar com a internet, tanto que fiz um curso avançado de programação e hoje sei programar, é bem top mesmo.

Meu nome é S/n Garcia Duarte, eu tenho 26 anos e ainda moro com a minha mãe infelizmente, eu sempre fui a 'ovelha negra da família', enquanto todas as minhas primas fizeram uma faculdade, eu fico fazendo lives o dia inteiro, é minha vocação, não fazer alguma merda de faculdade.

Minha mãe sempre me apoiou muito e disse que se isso desse certo, iria ficar muito feliz por mim, só que meu pai é bem diferente, ele vive jogando na minha cara e dando indiretas, dizendo que eu tinha que arranjar um emprego e não trabalhar na loja de mangá. Não me julguem. Já meu irmão, foi sempre o filho favorito, o orgulho da família, ele tem 17 anos e é o melhor da sala, se acha demais, eu não culpo ele foi meu pai que fez ele assim, foi meu pai que falou pra ele que eu era uma vagabunda.

Continuei fazendo live até às umas 5 da manhã, acho que deu umas 15 horas de live, eu já estava caindo de sono

– Bom tropinha, vou encerrando por aqui, muito obrigado a quem aguentou essas 15 horas comigo! - acenei pra webcam e fechei a Stream.

Sai da minha mesa do computador e me joguei na minha cama bagunçada cheia de roupas, sujas e limpas, me ajeitei de baixo das cobertas e deitei normalmente, sinto meus olhos pesarem e eu finalmente adormeço...

(...)

Abri meus olhos com cuidado, até que já ouvi meu pai gritar, bom dia é o caralho! Fui no banheiro e apenas lavei meu rosto e óculos, coloquei meus olhos na cara e caminhei apenas de Calcinha e um blusão, até a cozinha, até que vi minha mãe, meu pai, meu irmão e minha irmã, eu amo aquela praguinha

– Bom dia. - desejei pegando uma caneca e me sentando na mesa

– Blom dlia, manila! - desejou minha irmã pequena e banguela me fazendo dar um jeito estralado na bochecha dela e ela deu uma gargalhada gostosa

– Bom dia, filha. - papai e mamãe desejaram juntos, o mal educado do meu irmão, Nathan, não vai dizer, como sempre, revirou os olhos e começo a comer.

Todos estavam comendo em paz até meu irmão quebrar a paz quase inexistente de todas as nossas manhãs

– Pai, mãe! - chamou e tomou a atenção - eu tirei 10 na prova de novo! A professora disse que eu sou o melhor da escola! - se gabou e eu revirei os olhos denovo

– Devia ser como seu irmão, ele sim tem futuro! - sempre falando, papai nunca cansa, mas logo tomou um tapa estralado da minha mãe

– Pare de diminuir a sua filha, Roberto! - repreendeu minha mãe, e eu dei um sorriso pra ela

– Mas é verdade não é mãe? - falou Nathan maldoso - A S/n realmente fica fazendo e jogando Live o dia inteiro, ela não devia já ter saído daqui? - provocou, revirei os olhos

– Nathan, o que você de cuidar da sua vida? - perguntei sorrindo cínica - afinal, eu pago a merda do seu curso de profissionalismo! - rosnei pra ele e ele se encolheu - Eu sempre te tratei como um príncipe, se você precisa de algo, eu compro, eu sou uma trouxa mesmo! - falei revoltada

Nathan antes não era assim, mas não sei como meu pai conseguiu enfiar essas coisas na cabeça do muleke, mas é irritante de certa forma ouvir isso todo dia, afinal sou eu quem pago aquela merda de curso de quase mil reais e não tenho dinheiro pra nada, já que papai e mamãe não tem como pagar o curso.

– Fale direito com o seu irmão! - falou meu pai sério - Você já devia ter saído dessa casa, já tem quase 26 anos! - falou decepcionado - Eu não criei uma filha pra ser uma vagabunda!

E esse era o meu amado café da manhã em família, isso me afetava e eu fico triste, as vezes eu realmente nem quero mais fazer live, afinal eu que cuidei dele enquanto o Nathan não estava nem aí

– Quem cuidou de você, pai? - debochei - porquê o mesquinho do seu filho não foi! -

Eu vou continuar a fazer live, é o que eu tenho, o que eu amo e gosto de fazer. Abri as cortinas do meu quarto e arrumei ele todo, faz uma semana que eu não arrumo, melhor deixar tudo em ordem.

Suspirei quando acabei de limpar meu quarto e fui até o guarda-roupa, coloquei uma camiseta estampada da Akatsuki, e um shorts preto normal, fui no banheiro, pentei meu cabelo, e fiz um coque bem frouxo mesmo, eu não ligava muito pro meu cabelo, escovei os dentes, eu geralmente tomo banho quando eu começo as lives, eu já tinha acordado uma hora antes e tomei um banho.

Fui pra cadeira do computador, peguei meus fones e comecei a navegar pelo Instagram, eu vivia vendo publicação de guildas grandes de FF, eu já fui da Red, mas não deu certo, o pessoal que eu conheci não era muito legal.

Até que vi um post da loud que me interessou bastante. "Olá pessoal! Estamos querendo uma nova contratada da loud em família! Por isso, abriremos um concurso só pra meninas! É bem fácil mesmo, só você posta no seu insta, você jogando e marcar o perfil @loud_gg, e tentar a sorte! Iremos anunciar a vencedora em live! Tamo junto meu parceiro, faz o L!" - o vídeo do playhard terminava

Eu me enchi de esperanças, se eu passasse, de 800 problemas, resolveria 1000 deles, sorri e li a legenda para saber melhor sobre isso, e é realmente muito fácil! Minha chance de sair dessa casa!

LOUDOnde histórias criam vida. Descubra agora