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Ainda era inverno, mas o subúrbio de Seoul estava movimentado, e se entrasse em uma das boates aleatórias que tinha ali, poderia ter certeza que a maioria das pessoas não estava com roupas adequadas para a estação. 

Park Jimin se ocupava em apenas olhar o movimento da boate, as pessoas dançando na pista, todas parecendo muito suadas e nojentas, mas bêbadas e ironicamente felizes demais para se importarem com isso, nas laterais onde tinham sofás as pessoas quase transavam ali sem nenhum pudor, mas o Park apenas levava sua bebida recém preparada aos lábios e vez ou outra revirava os olhos com algo extremamente previsível, como as pessoas preferindo uma rapidinha no banheiro ao invés de alugar um quarto que ficava na lateral da boate, ou caras levando foras e até moças. 

Jimin gostava daquilo, de observar a dinâmica da sua boate, o The Sin abria todos os dias menos às terças, as pessoas que iam às segundas era completamente diferentes das que iam às sextas a noite, era até engraçado. 

Mas tinha um que era diferente, ele ia às quintas feiras, tinham um visual e feições andróginas, mas não perdia em nada a sua masculinidade, o Park tinha ouvido falar que ele não era transgênero, apenas se sentia mais confortável em roupas consideradas femininas, era loiro e branquinho, Jimin tinha certeza que por debaixo daquela saia ele era rosadinho, mas longe do moreno pensar promiscuidades de um cliente. 

Era sexta-feira, o tal loiro não tinha vindo no dia anterior, não que Jimin esperasse ansiosamente todas as quintas apenas para ver o lindo garoto dançar até a boate fechar às cinco da manhã e ir pra casa sem tomar um único drink, mas era exatamente isso. Mas por ser sexta que o Park ficou surpreso por ver o garoto entrando ali. 

Ele estava mais lindo que o comum, todo de preto e cinza, quase uma miragem de tão gostoso, o moreno o secou de baixo para cima, um all star simples, branquinho estava adornando seus pés, meias ⅞ era presas por uma cinta liga que sumia pela saia plissada também completamente preta, e Jimin quase sucumbiu a vontade de ir lá e puxar o loiro apenas para descobrir como aquela cinta caia bem na cintura fininha, ele sempre usava croppeds, mas agora ele estava com uma camisa cinza de botões, que cobria metade da saia, os primeiros botões abertos deixavam a clavícula branquinha totalmente a mercê da imaginação do Park.  . 

Jimin sinceramente não sabia dizer se era um anjo ou um demônio incubus, sequer sabia se estava sonhando ou acordado. 

Ainda vidrado no corpo do garoto, não viu o olhar sutil que o mesmo lhe lançava, até que ele veio na direção do balcão de Jimin jazia escorado. De perto ele era ainda mais intenso, o moreno estava com medo de olhar nos olhos do garoto e se perder ali. 

—  Eu vou querer um pouco de conhaque! — disse ao barman. 

O dono do bar quase derreteu no banco ao ouvir a voz grave do outro, era totalmente divergente a si, era forte e decidido, tinha confiança ali. 

— Você não tem perfil de quem toma conhaque. — Jimin tomou coragem para comentar, quase, mas quase mesmo, se arrependeu de ter chamado a atenção do outro, porque os olhos felinos foram até si como quem caça uma presa e precisa estar sempre bem atento. 

— Preciso de um perfil para beber? — se virou completamente para o Park. 

— Não, é só que, as pessoas que mais pedem esse tipo de bebida parecem empresários. — Jimin quase se enrola na sua explicação, ele não conseguia pensar em muita coisa com os olhos afiados do garoto em si. 

"Dance Again"Onde histórias criam vida. Descubra agora