•Capitulo 19:(Não) era para sempre•

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A cada semana que se passava, mais Mia se sentia adaptada no castelo e como princesa. Já não sentia falta da vida que tinha antes e estava feliz.

*Mia dando uma olhada nas correspondências deixadas em seu quarto*

Mia-Ué, essa tá sem nome... Quem será que...

Ela abre a carta e imediatamente reconhece a letra, seus olhos se iluminam, ela se sente confusa e um sentimento de culpa vem a tona, mil pensamentos vem em sua cabeça. Era uma carta de Peter.

"Oi... Já que você não fez questão de vir atrás de mim como havia prometido, resolvi mandar essa carta. Precisamos conversar e eu não estou com brincadeira. Dê um jeito de sair do castelo e me encontre na floresta dos cogumelos. Acho que se ainda existe o mínimo da sua consideração por mim, você deveria comparecer"

Mia-Eu... Eu tinha me esquecido da importância dele na minha vida. Eu andei tão ocupada esse dias que nem me importei com os meus amigos, que sempre estiveram do meu lado e me apoiaram... Nem o meu namorado que a essa altura do campeonato já deve ter me superado.

Lágrimas escorrem dos olhos de Mia e ela cai ao chão levando as mãos ao rosto.

Enquanto Mia refletia no castelo sobre tudo o que acontecia na sua vida, seus amigos estavam desesperados por uma chegada inesperada.

Peter-Então você conseguiu fugir do castelo com a ajuda da Mia e se escondeu por esse tempo por medo de que fosse descoberta?

Luna-Correto.

Han-Você que a gente nunca deixaria você ser descoberta né?

Runa-Isso não vem ao caso agora. Devemos nos preocupar em procurar um lugar para ela ficar.

Marinette-Minha casa é muito suspeita, resolvam vocês aí.

Peter-Eu já estou com a Jade.

Han-Eu p--

Runa-Ela pode ficar na minha casa, sem problema nenhum, tem tudo que ela precisa lá.

Marinette-Combinado então, mas tente sempre ser cautelosa, acho que o rei já desconfia de nós.

Runa-Isso é óbvio mas ele não está preocupado com isso, é claro. A preocupação dele vai ser sempre a Mia agora.

A lua iluminava a noite, onde o único barulho era das corujas e grilos no jardim do castelo. Mia estava pensativa e se preparando para sair do castelo as escondidas.
Quando finalmente chega na floresta dos cogumelos, ela avista uma silhueta conhecida.

*Mia senta no banco ao lado de Peter e fixa o olhar nas folhas caídas no chão"

Peter-Você não vai falar nada?

Mia-Eu... Me desculpa, eu sei que errei mas eu estava com tanta coisa na cabeça que eu nem me dei conta do que eu tinha aqui fora.

Peter-Se você não tem tempo para o seu namorado eu acho que você não o merece então.

Mia-Não, não é isso, é que você não me entende. Se você estivesse no meu lugar você me entenderia.

Peter-É, você tem razão, eu não te entendo.

Mia-Por favor, não faz isso com a gente...

Peter-Está decidido, era só isso que eu queria falar com você. Acabou.

Mia-Mas...

Peter-MAS NADA MIA. VOCÊ SABE O PORQUE QUE EU TE CHAMEI AQUI? VOCÊ SABE QUEM ESTÁ ENTERRADA AQUI? VOCÊ SABE? NÃO, NÃO SABE, PORQUE ENQUANTO NÓS ESTAVAMOS FAZENDO A PORRA DE UM VELÓRIO ONDE ERA SUA OBRIGAÇÃO DE ESTAR, VOCÊ ESTAVA COM A SUA VIDA DE MERDA NAQUELE CASTELO!

Sem dizer mais nada, Peter se levanta e vai embora sem olhar para trás. Mia fica alguns minutos sentada com os olhos fixados na terra enquanto lágrimas escorrem pelo seu rosto.

Pela manhã, Mia acordará com uma tremenda dor de cabeça e nariz entupido, consequência do choro que durou a noite toda. Peter não demonstrava estar afetado ou chateado, ele sabia esconder muito bem o que sentia.

Mia-Eu... Eu preciso da Runa, a Runa é minha amiga e eu sei que ela nunca me deixaria na mão, mas antes eu preciso acabar com o meu plano, no momento não estou em posição para ir contra as decisões do rei. Eu só queria que tudo voltasse ao normal, eu não aguento mais ter que saber lidar com duas vidas completamente diferentes.

Luna havia passado a noite na casa de Runa e estava feliz em morar com a amiga, porém Runa não estava reagindo da mesma forma.

Luna-Obrigada por deixar eu ficar aqui, você está sendo uma ótima amiga em um momento tão difícil da minha vida.

Runa-Difícil é conviver em um lugar com roupas largadas por todo canto, né?! Até calcinha tem aqui, Luna, que porra! Não, olha aqui, olha isso aqui! Pasta de dente aberta, Luna? E esse prato sujo em cima da escrivaninha? Assim não dá, né!

Luna-Desculpa, é que eu não estou acostumada a ter que fazer tudo sozinha. Eu pensei em voltar para meu castelo porém meus pais devem estar ardendo de raiva, seria uma péssima ideia.

Runa-Tudo bem, com o tempo você se acostuma...

Um passado apocalíptico (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora