HaTer - JB

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Caminho ao lado da minha amiga que falava sobre o final de semana tedioso que ela teve, pois, havia ido para a casa de sua avó e lá não tinha sinal de celular, ela dizia não conseguir ficar sem falar comigo.

— Mas parece que conseguiu, não é mesmo? - ela me olhou com um sorriso

— Foi por muito pouco, ok?

Concordei com ela e seguimos entrando na escola, direto para os armários, quando olhei para o fim do corredor já sabia o que viria dali. Ashley me olhou com a pior cara do mundo e eu simplesmente me direcionei ao meu armário, mas antes que eu pudesse abrir o armário meus livros foram ao chão, e porta do mesmo foi fechada bruscamente.

— Vocês não cansam, CARALHO? - Ashley se pronunciou, mas eu levantei rapidamente

— Deixa - falei e os garotos riram

— Sua amiguinha esquisita já está acostumada, você deveria se livrar disso - o garoto disse se referindo a mim e os outros riram

— Babacas - Falei me virando para seguir caminho para a sala, mas meus braços foram puxados para trás.

O garoto alto e talvez loiro - eu não sei - não o observei direito, apertou meu braço com tremenda força, puxei meu braço para que ele soltasse e em seguida o garoto mais alto me empurrou no chão, me encarando com olhar superior.

— SAIAM DAQUI, VOCÊS DEVERIAM SE ENVERGONHAR DE TRATAR ALGUÉM ASSIM!! - Ashley disse e eles saíram rindo

— Ninguém vê isso? Não é possível, essa escola é um lixo. - Ela disse me ajudando a levantar

— Eu já estou acostumada, Ashley.

— Mas não é pra ser assim, Maya.

— E o que você segure que eu faça? - digo encarando séria

— Conta pra alguém poxa vida, você apanha desses garotos diariamente, por nada. - ela diz visivelmente frustrada

— Ninguém vai me ajudar, eles têm muita influência na escola - digo e ela fica em silêncio

Seguimos para a aula, eu entro na sala e um daqueles garotos está lá o loiro, abaixo a cabeça e ele ri balançando a cabeça negativamente quando me vê.

"Sério? Por quê me odeiam tanto?" desde que me mudei pra essa escola eu apanho e recebo todo tipo de xingamento desses garotos, nunca houve uma interação boa, simplesmente um dia aleatório me derrubaram com a bandeja do almoço na frente de todos no refeitório e dai começou o inferno. às vezes eu fico pensando que se eu me matasse eu seria um peso a menos na vida da minha mãe e não faria falta para ninguém.