— Dói... — Comentei com os olhos fechados. — Que merda... — Suspirei antes de os abrir. Como já esperava, estava no lugar em que não queria estar.No hospital.
Como é que eu sei que estou neste local maravilhoso?
Para começar o som da máquina de batimentos cardíacos é extremamente irritante. Em segundo lugar tenho bolsas de soro ligadas ao meu braço. Terceiro lugar, consigo ouvir perfeitamente os berros desesperados do Minho e a voz abalada do Taeyong a pedir para os deixarem entrar e para eles me virem ver. Tadinhos.
Ah! E em quarto lugar, eu sinto a presença de um montão de mortos aqui. É claro eu não os vejo a todos, mas sinto-os. Tem um na cama vazia ao meu lado, felizmente ele está a olhar para o nada.
Espíritos são complicados, nem todos são como aquele velhinho vingativo. O senhor Rowoon.
Muitos espíritos não sabem que a presença deles no mundo dos vivos não é... Como ser simpático?
A presença deles é desprezável, porque os vivos não os vêem. Eu por exemplo não consigo ver todos os espíritos existentes aqui... O relevante é que para eles deixarem o limbo entre o mundo dos vivos e o plano espiritual é preciso alcançarem a paz espiritual.
Para isso eles podem ter que se aperceber de algo ou até mesmo dizer algo a um ente querido... No caso resolver um assunto inacabado.
Depois de alcançarem a “paz”, eles desaparecem deste mundo e apartir daí eu já não os posso ajudar ou encaminhar.
Isso lembra-me o porquê de não ir a hospitais, eu evito sempre que posso. Ou seja sempre.
Digo, as minhas feridas curam-se sozinhas, as minhas doenças também e o meu corpo sabe o que fazer caso exista uma ameaça estranha.
Ele aquece loucamente, porque o calor mata tudo o que não deveria estar no meu corpo. Não havia risco nenhum de vida, mas obviamente os meus primos não sabiam disso.
O pior que me podia ter acontecido, aconteceu. Que era desmaiar.
Morrer não seria uma das consequências.
A tia Kim sabe disso e é por isso que eu também estou a ouvir a voz dela. E bem... Se ela está aqui, ela veio de avião.
E se ela veio de avião quer dizer que já se devem ter passado pelo menos três a quatro horas desde que desmaiei.
O voo é de pelo menos uma hora e uns quantos minutos. Mas com certeza ela teve de preparar alguns APM's e documentos falsos...
Ela vai gritar tanto comigo...
“ Hey, tia do meu coração.” Chamei-a carinhosamente.
“ Já acordaste?” vocês podem até não perceber, mas a pergunta dela saiu com um desânimo ENORME! “ Nem o mini desmaio para te fazer ser menos falso... Que chatice. ” Okay, eu odeio-a. Não é possível que ela não se preocupe pelo menos um bocadinho! Eu super podia ter morrido! “ Mas ainda bem que estás bem, Lix. Ficamos preocupados quando os teus primos ligaram, eles ainda estão desesperados. ”
“ Não é como se nada me fosse acontecer." sorri.
“ Não ficamos menos preocupados por isso. ” Ela disse, mas com um tom estranho. Um que parecia incerto, sabem? Um tom hesitante.
“ Tirando o meu desmaio, algo chocante aconteceu?” perguntei num tom de brincadeira.
“Não... Nem por isso. Mas o teu pai está cá, Lixie. ” Aí o caralho...
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¡¡ Oh F**k I Have Super Powers!!
FanfictionFelix é um adolescente comum. Quer dizer, ele é um adolescente "comum" e totalmente "normal", tirando obviamente, os super poderes que ganhou num acidente no laboratório, o que levou a viver em Jeju com a sua tia Kim. Na sua volta a Seul com o seu p...