Ene
Duas semanas haviam se passado desde o meu encontro desastroso com o filho de Clarke, depois disso não nos vimos mais, minhas aulas na faculdade haviam retomado e eu mal estava tendo tempo de respirar, mas tinha que aguentar isso só mais um pouco logo eu estaria formada e trabalhando na área que eu tanto amo.
Estava do lado de fora da empresa esperando sinal fechar para que eu fosse até o restaurante buscar o almoço de Megan, isso não estava incluso em meu contrato de trabalho e nem fazia parte de minhas funções, mas como ela gosta de me atormentar ela me pediu para buscar sua comida.
Assim que o sinal abriu para mim comecei a atravessar a rua, não vi um carro vindo em alta velocidade em minha direção, tentei correr mas era tarde demais para isso e ele acabou me acertando, não vejo mais nada em minha frente e desmaio.
Começo a despertar e vejo uma forte luz branca em minha frente, levanto meu braço tampando meus olhos da claridade, todo o meu corpo dói, mas minha perna é o que mais está me incomodando, olho para baixo e vejo que ela está toda enfaixada, com certeza ela se encontra quebrada.
Me surpreendo com o que meus olhos acabam de ver, Martin está todo encolhido dormindo no sofá do quarto onde estou, me pergunto o que justamente ele está fazendo aqui, ele se mexe na poltrona e a primeira coisa que ele faz quando abre seus olhos e olhar diretamente para mim.
- Que bom que você acordou.- Ele fala se levantando da poltrona e se alongando, quando ele faz isso sua camisa sobe um pouco mostrando o começo de seu abdômen bem definido, desvio meus olhos rapidamente me recriminando por estar olhando o filho da minha namorada dessa forma.
- Há quanto tempo estou aqui? - Pergunto não tendo noção de quanto tempo eu permaneci desacordada.
- Há umas 10 horas. - Ele fala olhando no relógio em seu pulso.
- Nossa isso tudo? - Fico assustada quando ele falou isso, tento me ajeitar na cama mas acabo gemendo de dor.
- É melhor você ficar quieta. - Martin, falou meio zangado se aproximando de mim.
- Tudo bem, mas eu posso saber o porquê de você estar aqui? - Perguntei meio nervosa com sua aproximação, mas que merda de reação é essa que estou tendo.
- Pode sim, o hospital ligou para minha mãe pedindo para que ela viesse para cá, que você tinha sofrido um acidente, minha mãe está fora da cidade e pediu para que eu viesse ficar com você aqui no hospital.
- Entendi, obrigada por ter vindo.- Agradeci, meio desconfortável com a situação.
- Não precisa agradecer.- Ele disse se sentando na poltrona novamente.
- O que os médicos disseram sobre mim? - Pergunto me referindo ao meu estado.
- Você quebrou a perna e teve algumas escoriações pelo corpo, você teve muita sorte, de não ter sofrido uma fratura mais grave.
- Ainda bem, mas quanto tempo terei que ficar com essa coisa na perna?
- Acho que o médico disse 30 dias, não me recordo ao certo.
- E ir pra casa?
- Vamos ter que esperar mais algum tempo, até o resultado dos seus exames chegarem.
- Entendi.
Ficamos calados em um silêncio meio constrangedor, não tínhamos o que conversar, a única opção que tínhamos era ficar calados, me mexo na cama e mais uma vez meu corpo protesta pelo meu movimento.
- Martin. - O chamei tirando sua atenção da tela de seu celular.
- Oie, poderia chamar uma enfermeira para mim?
- Está sentindo alguma dor? - Ele pergunta visivelmente preocupado, se aproximando da minha cama.
- Estou mas não é isso, eu quero ajuda para ir ao banheiro.
- Venha, eu te levo.
- Não deixe que a enfermeira me ajude.
- Você quer ir ou não?
- Quero.
Ele puxa o lençol que estava encima de minha perna, as deixando totalmente expostas percebo seus olhos preciosos, mas ele logo os desvia, Martin me pega no colo com a maior facilidade do mundo me levando até o banheiro que tinha ali no quarto.
Ele me coloca sentada no vaso e sai me deixando ali sozinha, com certeza esse é um dos momentos mais constrangedores da minha vida, mas tudo bem e só não pensar nisso e tudo vai dar certo. Acabo de fazer minhas necessidades e tento me levantar para colocar minha calcinha mas não consigo me sustentar com minha perna boa.
Não acredito que isso está acontecendo, tento mais uma vez e minha perna dá uma fisgada muito forte me fazendo gemer de dor, Martin entra no banheiro um segundo depois.
- O que está acontecendo? - Ele pergunta parado na porta do banheiro.
- Eu não consigo me vestir, pode por favor chamar alguém. - Peço a ele totalmente constrangida com a situação, Martin se aproxima de mim e se ajoelha em minha frente, não acredito que ele vai fazer isso.
Sem ao menos pedir licença ele começa e me vestir com minha calcinha, eu fico completamente paralisada sem saber como reagir ele me levanta de forma cuidadosa e acaba de me vestir com minha peça intima, ele estava quase se afastando de mim, quando eu me desequilibro sua mão toca em minha parte intima e meu corpo entra em chamas com esse contato.
Me arrepiei por inteira e noto que ele também sentiu a mesma coisa, nossos olhos se encontram e em um momento de fraqueza e de puro desejo nossos lábios se encontram em um beijo cheio de luxúria, Martin me aperta em seus braços nossos corpos estão sedentos um pelo outro, ele me levanta do chão e passando seu braço por debaixo da minha bunda, sinto seu membro em minha intimidade.
Paramos pela falta de ar e quando nossos olhos se encontram mais uma vez, vejo o arrependimento estampado em sua face, então aí eu percebi o que eu havia acabado de fazer beijei o filho da minha namorada.
Não falamos mais nada, o clima estava pesado demais e não sabíamos como lidar com o que tinha acabado de acontecer, ele me tirou do banheiro me levando de volta ao quarto, assim que me colocou na cama Martin saiu do quarto sem me dizer uma palavra.
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Golpe Trocado.
Roman d'amourEne nunca seguiu os padrões que sua família adotiva há impunham, por essa razão se tornou uma jovem revoltada com a vida, aos 21 anos ela sai de casa sem ter para onde ir, mas ao cruzar os caminhos de Clarke uma mulher forte mas muito solitária sua...