A falta de humor anda tomando parte do meu tempo, ando sem motivação, acordo com vontade de não ter acordado. Me sinto sufocada pela mesma velha rotina de sempre.
No coração de minha noite mais solene, minha alma vira do avesso. Começo a questionar toda a loucura que me atrai. As vezes gostaria de ser outra pessoa, mudo de lugar em minha mente.
Alguns escolhem viver graciosamente, já eu, me perdi em um labirinto de tristeza.
Queria ser feliz, ser livre, arriscar.
Queria passar em um túnel à 250km/h enquanto ouço minha música favorita e poder pensar
"eu sou livre"
Memórias irão desaparecer, a vida é muito curta para chegar aos noventa anos de idade e não ter nenhuma história para contar. Talvez depois da minha morte eles dirão "sua vida foi desperdiçada".
Mais vale viver rapido, morrer jovem e se divertir, do que ter uma vida longa e ver os dias passarem sem propósito algum.
A vida é um palco e o elenco é um horror, giro em direção ao desastre, linhas borradas são desenhadas entre o que é certo e o que é errado. Queria deixar essa história de lado e poder apagar essas linhas. Queria poder respirar um novo início.
As maiores batalhas de minha vida, muitas vezes lutei sozinha, tanto esforço para chegar em lugar nenhum.
O tempo passa e parece que o buraco em meu coração é cavado cada vez mais, o vazio vai tomando conta. A obsessão por liberdade tenta preencher esse vazio, a vontade de ser feliz faz com que o nó na minha garganta aperte cada vez mais.
Vivo fazendo planos, sonhando, ansiando, pra que? Falar é fácil, pensar mais ainda. Queria ter coragem o suficiente para fugir e sentir o gosto da felicidade. E principalmente, queria viver e não apenas existir.