𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐔𝐄

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  Em Elfhame, no lar do Grande Rei e da Grande Rainha, gritos preenchiam os corredores, gritos de dor

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  Em Elfhame, no lar do Grande Rei e da Grande Rainha, gritos preenchiam os corredores, gritos de dor. A rainha estava tendo a sua primeira herdeira, e mais tarde naquela noite ela saberia que daria à luz ao segundo herdeiro também.

  A cada grito a terra tremia, enquanto o vento aumentava fazendo as janelas baterem. A prova que os herdeiros iriam cuidar bem daquelas terras quando os pais se fossem, que iam ser fortes de poder, mas todos aprendemos que precisa de muito mais para segurar o poder em suas mãos. Ninguém queria passar por outro golpe de Estado e dar o poder na mão daqueles que são indignos de o ter.

  O vento rugia carregando os gritos de Jude, Cardan estava ao lado desesperado sem saber o que fazer, mas em nenhum momento soltou a mão de Jude, mesmo com os fortes apertos que a humana dava.

  A parteira pedia pra Jude fazer mais força e assim a rainha fazia, a pele da Duarte brilhando de suor. Vendo de longe estavam suas irmãs e o filho de sua gêmea, Kai, um pouco mais velho que um ano e olhava tudo aquilo horrorizado.

  — Mamãe, tia Jude vai morrer? - Perguntou o menino com os olhos arregalados como se visse uma cena de terror.

  Taryn pega o seu menino ruivo no colo o olhando e acariciando os seus fios ruivos, enquanto ele escondia o rosto entre os cabelos da mãe.

  — Meu querido, sua tia não vai morrer. Ela vai te dar um primo ou prima para vocês brincarem juntos - a criança olhou para mãe com os olhos brilhantes.

  — Eu vou ter um novo amigo?

  Taryn assente em confirmação vendo a animação do seu filho que pula do seu colo e corre para a sua tia. Ficando do lado oposto de Cardan, Kai bota a sua pequena mão no ombro de Jude.

  — Vamos tia, você consegue trazer o meu amigo - ele fala, e aquilo foi a força final que Jude precisava.

  Então um choro surge e a parteira estava segurando um bebê que rapidamente é enrolado em uma toalha para tirar o sangue.

  — Parece que vamos ter uma rainha futuramente, Grande Rainha e Rei - a parteira falou entregando o bebê nos braços de Cardan.

  —  Essa é a minha nova amiga? - Kai perguntou animado.

  — Sim, Kai. É essa - Cardan responde com um sorriso encantador nos lábios depois de deixar um beijo nos lábios de sua rainha.

  — Mas ela é muito pequena, não? - Kai fala confuso, o que faz com que todos deem risada no recinto.

  Logo Jude para de rir, voltando a sentir dor e os seus gritos voltam à tona em seus lábios. Cardan levanta desesperado e vai até a parteira que sorria.

  — O que está acontecendo? - Pergunta o rei desesperado com a dor de sua esposa.

  — Parece que essa não vai ser a única amiga que o pequeno Kai vai ganhar.

  — Puxa, tá vindo quantos mais amigos para mim? - Kai fala completamente confuso com a conversa dos adultos e se perguntando quantos podiam caber dentro da tia Jude.

  A terra tinha parado de tremer, demonstrando que a pequena nos braços de Cardan continha o poder de controlar tudo quanto é solo, mas o vento voltava com mais força do que nunca. Depois de alguns minutos, finalmente o segundo nasce o seu choro também se espalhando pelo recinto, esse é dado nos braços de Jude.

  — Parabéns pelo menino e menina, meu rei e minha rainha. Acho que não tem mais nenhum para vir, irei indo - diz a parteira saindo da sala.

  — Mas esse é tão pequeno quanto o outro, como que eu vou brincar com eles? - Pergunta Kai.

  — Eles vão crescer e você poderá brincar o quanto quiser com eles - Jude fala para o seu sobrinho.

  Antes que Kai fale mais algo, Taryn o chama e todos se retiram também, deixando o casal e seus filhos sozinhos.

  — Ele é sua cara - diz Jude ao mesmo tempo que Cardan diz:

  — Ela é a sua cara, mas com o meu rabo.

  — Com certeza o rabo é um charme - Jude fala ganhando um selar nos seus lábios vindo de Cardan.

  — Sempre soube que você gostava dele - ele diz convencido. - E se eu não for um bom pai? Não tive bons exemplos. - Uma sombra de tristeza passa pelos olhos dele.

  — Você vai ser, eu também não tive bons exemplos, mas vamos ser diferentes dos nossos familiares - ela solta um suspiro. - Por eles.

  — Por eles. Isso soa bem - Cardan fala. - Eu sei o nome perfeito pra ela - ele fala animado.

  — Cardan, não!

  — Você ainda nem ouviu qual é! - Cardan fala indignado.

  — Não preciso ouvir para saber que não vai ser uma boa ideia. - Jude responde.

  — Você é cruel, minha doce Nêmesis. - Cardan diz nostálgico.

  — Não tanto quanto você - ela sorri.

  — Vou aproveitar esse momento para anunciar que o nome dela vai ser Cheshire - Cardan fala animado.

  — Não acredito que você vai dar o nome dela que vem de um livro para crianças.

  — Combina, ela tem rabo de leão, leão é um felino. Sabe o que mais é um felino? Exato, o Gato de Cheshire.

  — Eu desisto.

  — Você pode chamar ela de Cher.

  — Saiba que você só ganhou essa batalha porque eu deixei - Jude fala.

  — Longe de mim ganhar de você, minha esposa. Deixo você escolher o nome dele agora.

  — Eu ia escolher de qualquer jeito, porque você é péssimo nessa tarefa, não precisamos de dois filhos sofrendo pelos seus nomes brilhantes.

  — Eu ia escolher um belo nome pra ele! - Cardan fala indignado.

  — Por você o nosso filho chamaria Chapeleiro Maluco - Jude fala com a sobrancelha arqueada.

  — É um ótimo nome!

  — É péssimo.

  — Então por que vocês humanos inventaram?

  — Não era pra fazer sentido e sim pra ser engraçado. - Jude exclama.

  — Então qual é a sua sugestão? - Cardan pergunta.

  — Ashra. O nome dele vai ser Ashra - Jude fala olhando para o seu filho nos braços que dormia tranquilamente.

  — O seu é bom demais - Cardan fala.

  — Eu avisei que sou ótima nisso.

  — Ashra e Cheshire, então? - Cardan para de olhar para os bebês e volta os olhos para a sua rainha.

  — Ashra e Cheshire. 

𝐁𝐄𝐓𝐑𝐀𝐘𝐀𝐋 𝐀𝐍𝐃 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 | the cruel princeOnde histórias criam vida. Descubra agora