Pode continuar trabalhando...

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{Previamente postada no social spirit pela minha conta @its_uknow.}

Ten estava entediado, do pior jeito possível, de uma maneira que afetava os membros do corpo deixando-os soltos e pesados ao mesmo tempo. Tão incomodado com a falta do que fazer que ele se pegava bufando para o nada e choramingando feito uma criança mimada que não havia conseguido o que queria. E o pior de tudo, Ten estava assim há dias.
No início do ano, quando toda a coisa de isolamento havia começado Ten não estava tão surtado com a ideia de ficar preso em casa, o artista costumava trabalhar no conforto do seu lar há mais de um ano e mesmo que fosse sentir falta dos amigos e da família, sabia que era melhor, e ficaria bem enquanto tivesse o namorado com ele. Motivo que o fez apressar as coisas com Johnny. Naquela época já estavam juntos há um ano e meio, levando as coisas devagar, passar alguns feriados juntos era o máximo que tinham feito,  tudo o que tiveram de convivência prolongada,  entretanto, Ten decidiu que seria melhor ficarem juntos. Seria bem mais fácil lidar com tudo com uma companhia e Johnny, que gostavam tanto quanto Ten de contato social e físico, senão mais, concordou. 
Estavam morando juntos desde o meio do ano no apartamento de Ten, que era maior e tinha uma varanda. Havia caos e muitas incertezas no mundo, mas dentro daquele apartamento, parecia uma grande lua de mel. Se soubessem que dividir o mesmo teto seria tão incrível assim teriam feito isso antes, até as brigas terminavam em risada em algum ponto. Era bom...
Até a última semana, quando Johnny, estava trabalhando de casa também, recebeu a notícia de que sua empresa estava fazendo cortes e o setor dele estava funcionando com metade do pessoal. Ten viu a merda vindo, sabia que não iriam viver daquele jeito para sempre, mas simplesmente não queria perder o que tinham. As coisas estavam boas daquele jeito, ele e Johnny acordavam cedo, cumpriam suas obrigações e estavam livres para fazer qualquer coisa depois das cinco. Às vezes iam limpar a casa, ou assistir algo na televisão, às vezes ler um livro ou simplesmente conversar com alguma música legal ao fundo e depois fazer o jantar. 
Iriam deitar juntos depois de tomar banho, às vezes para fazer amor, com tanto cuidado e adoração, às vezes fodiam como se fosse a primeira e a última vez até ambos estarem completamente esgotados e às vezes apenas dormiam com Ten reclamando de sua vez para ser a conchinha menor nunca chegar. Era uma vida quase perfeita, não era? É claro que ele não iria querer perder isso.
Mas meio que perdeu depois dos cortes. Johnny estava constantemente trabalhando até tarde, e muito mais estressado, dava para sentir. Enquanto Ten, que adorava conversar e receber atenção e carinho, estava ficando mais carente e entediado a cada dia. Tanto que doía em sua alma. Sabia que era injusto cobrar demais do namorado, principalmente porque via o quanto ele trabalhava, mas ele não aguentava mais e se precisasse agir um pouco para ter um pouquinho de atenção ele não iria se importar. Mesmo se acabasse em alguma briga, pelo menos teria alguma atenção e era melhor do que o nada dos últimos dias. 


Ainda não passavam das duas da tarde, mas Johnny estava pronto para encerrar o dia, faltava o tempo colaborar. Sentia que estava fazendo o trabalho dele e de mais dois colegas ao mesmo tempo e tinha certeza que não aguentaria mais nem um pouquinho sem explodir. Mas ele aguentava, porque apesar de tudo, precisava da porcaria do emprego e pelo menos não tinha sido mandado embora. Só por isso ele continuava naquela ligação com um outro colega de trabalho, digitando sem parar os dados que ele passava com seus dedos ainda levemente engordurados pelo sanduíche de queijo que Ten havia feito para ele na hora do almoço, porque não conseguiu largar o trabalho para ir comer adequadamente na cozinha. 
Johnny estava no meio de mais um código quando o barulho da porta da varanda abrindo e um choramingo característico chamou sua atenção, ergueu o olhar do laptop na bandeja em seu colo para encontrar o namorado no chão. Os dedos pararam imediatamente enquanto ele sorvia a visão, droga, ele era sempre tão lindo. 
Todo esticado sobre o chão de cerâmica branca, exibindo a silhueta perfeita, intencionalmente distraindo Johnny, porque ele sabia o que estava fazendo. Ten estava com uma de suas camisas de malha mais antigas, que ele constantemente usava para pintar. O tecido azul escuro cobria o corpo pequeno até o início das coxas grossas, deixando-as expostas e apenas a beirada da cueca boxer vermelha aparecendo. A pele dourada estava pintada de tinta, os braços, dedos, pintinhas coloridas por toda a perna e Johnny quis muito brigar outra vez por isso. Brigar porque ele estava seminu pintando na varanda outra vez, sabia que o vizinho era um pervertido que adorava observá-lo e isso enlouquecia Johnny como poucas coisas no mundo, que outros pudessem ver com malícia aquilo que era seu.  A vontade não passou, mas ele teve seu foco tirado do namorado quando Jaehyun chamou seu nome algumas vezes. Guardou para mais tarde, não iria esquecer.
"Ainda está me ouvindo?" Johnny murmurou um "sim, continue" e tentou prestar atenção no trabalho. Lidaria com Ten depois. 
Pelo menos, era o planejado, porque o namorado não concordou com isso. Se contorcendo um pouco enquanto choramingava feito uma criança birrenta, chamando por ele. Johnny tentou ignorar, o olhar vacilou por um segundo apenas e ele viu que o tecido agora dançava perto da cintura dele, parte da barriga exposta. Oh, Ten...
"Que barulho é esse? Cara, precisamos digitar esses dados até amanhã, está prestando atenção?" 
"Sim, é meu gato. Estou te ouvindo, Jaehyun" disse com um suspiro, Jaehyun era de longe seu colega favorito, não queria que ele pensasse que não era profissional.
"Não sabia que tinha um gato." Johnny quase suspirou outra vez, os olhos fixos em Ten que havia parado e o olhava com um bico nos lábios rosados e sobrancelhas quase unidas. Johnny já o conhecia o bastante para saber o que queria, e se conhecia o bastante para saber que um pouco mais daquilo e cederia, afinal, Ten não tinha chegado à escala final de namorado mimado sozinho. 
"Tenho, mas é mimado e isso precisa mudar. Pode continuar."
Jaehyun continuou ditando os dados de venda do ano anterior que o chefe queria em gráficos e um relatório até o final do dia seguinte, então finalizaram a chamada. Agora Johnny só precisava fazer os gráficos e o relatório. Sem Jaehyun ouvindo tudo, ficou mais difícil para Johnny lidar com Ten ainda no chão, olhando-o como se tivesse segurando seu doce favorito e não quisesse lhe dar. Voltou os olhos para a tela, mas foi atraído pela movimentação do namorado outra vez, suspirou quando ele tirou a camisa e voltou a deitar no chão. O lado protetor de Johnny começou a gritar e sirenes dispararam em sua cabeça. 
"Ten, levanta do chão." Deu seu melhor para não parecer que aquelas provocações estavam mexendo com ele. 
"Johnny…" choramingou, quase um gemido, o olhar pidão não ia embora.
"Ten." Johnny disse sério, tentando manter-se calmo. 
"Eu quero chupar você." 
Ele sentou cruzando as pernas. Johnny sentiu o estômago afundando, Ten era tão provocativo que irritava, tudo nele era atrativo, mas Johnny não podia ceder. Ele sempre cedia e aquilo o levou ao namorado quase gemendo enquanto ele falava ao telefone. Precisavam parar.
"Estou trabalhando." 
"Pode continuar trabalhando, não precisa parar." Sorriu, empurrando o cabelo negro para trás, a franja voltou a cair sobre a testa. O rosto dele também tinha algumas manchas de tinta amarela e azul, tão bonito e puro e ao mesmo tempo tão indecente. "Ten, não." Foi firme, sustentou o olhar dele por vários segundos até ele desistir, com um suspiro derrotado.
"Certo." 
Ten levantou do chão e sumiu pelo corredor, Johnny também guardou para mais tarde o lembrete que precisava recompensá-lo por isso, sabia que estava deixando ele na mão. No momento, tentou focar no trabalho para poder resolver todas as suas pendências depois. Ten, entretanto tinha outros planos. Mais de uma hora depois ele voltou, completamente nu e sob o olhar estarrecido de Johnny deitou-se no outro sofá, a bunda pequena e redonda virada para Johnny. 
"Se importa se eu ligar a TV baixinho?" murmurou, remexendo-se um pouco. Johnny sentiu a sanidade esvaindo de si aos poucos.
"Porra…" 
A existência de Ten era uma provocação, Johnny tinha certeza. Queria tocá-lo, beijá-lo e fazê-lo gritar, ele merecia isso.
"Algum problema?" Piscou seus olhos inocentes para ele.
"Ten, eu preciso trabalhar. Por favor…" tentou mais uma vez, foi quando Ten abriu um pouco as pernas e Johnny sentiu algo fervendo no estômago, indo direto para o seu pau. Os olhos presos à imitação de pedra preciosa rosada na entrada dele, Ten gemeu baixinho com o movimento do plug. Johnny colocou a bandeja com o laptop para o lado, empurrou seu cabelo para trás e reuniu os últimos fragmentos do seu autocontrole.
"Chittaphon, venha aqui." 
O tom de voz foi como um tapa na cara de Ten, que estava se divertindo até então. Era o tom que ele usava quando estava puto, mais do que puto até, e Ten não se lembrava de tê-lo ouvido direcionado a si. O olhar dele mandou arrepios pela espinha dele, oh, estava fodido. Fugiria, se não fosse exatamente o que queria. 
Ten levantou do sofá e foi até o namorado, sentando-se nas coxas dele com um joelho de cada lado. Johnny não demorou a segurá-lo pelo rosto e pescoço, pressionando seus lábios juntos. As línguas molhadas se envolveram em beijos lentos e molhados, o corpo de Johnny respondendo muito bem ao de Ten, sentindo-se no limite da sanidade. 
Beijar Ten era tão gostoso, se pudesse, só faria isso o tempo todo, porque era viciado naquela boca e na forma que ele sempre lutava por dominância e acabava se rendendo em algum momento. 
Johnny agarrou a cintura do namorado e o puxou até os quadris estarem colados, a ereção que havia se formado no tailandês esbarrando em sua barriga enquanto a bunda gostosa com o maldito plug ficava bem em cima do seu membro que estava ficando dolorosamente duro. 
Um chiado escapou de Johnny quando Ten abandonou seus lábios e sugou uma parte da pele sensível na lateral do pescoço, com certeza iria marcar. Várias mordiscadas foram deixadas ali, Johnny ficou completamente arrepiado quando ele mordeu com um pouco mais de força e Johnny gemeu, a voz rouca ecoando pelo cômodo junto dos estalidos molhados da tortura que Ten infligia sobre ele enquanto o tailandês se arrepiava também. Ten amava como o mais velho era vocal e tão responsivo, o deixava impossivelmente excitado.
"Porra Ten… Você é tão gostoso, amor…" sussurrou agarrando a bunda dele. "Eu sei que queria me chupar, mas eu preciso de outra coisa agora. Senta em mim, hum? Bem devagarinho, não é como você gosta?" 
"Uhum, vou sentar bem gostoso em você, prometo." Murmurou contra a pele dele, chovendo beijinhos molhados enquanto se afastava um pouquinho para ter espaço.
Ten abriu a calça social, que não sabia porque ele ainda usava e Johnny o ajudou, puxando os tecidos para o meio das coxas, o americano segurou a bunda dele e puxou o plug sem muita delicadeza, fazendo Ten gemer desavisado, os olhares se encontraram e o canto dos lábios de Johnny se curvaram um pouco para cima.
"Estava se tocando no banheiro? Pensando no meu pau dentro de você, não estava? Safado, você não tem vergonha, Ten."
"Por que eu teria vergonha de ir atrás do que quero se não é um crime?" Encolheu os ombros com indiferença, então alinhou o membro de Johnny e sentou lentamente, deslizando fácil por já ter se preparado e usado uma quantidade generosa de lubrificante para colocar o plug. "Vai me foder até eu perder a consciência-ah-depois? Eu quero, eu mereço, não é?"
A respiração de Johnny engatou ao se sentir ser engolido pelo calor de Ten assim como efeito pesado que aquelas palavras tinham sobre ele. Estava queimando sob a pele, louco de tesão, queria tanto deitá-lo naquele sofá e fazê-lo gritar até os vizinhos reclamarem mas se conteve enquanto ele suspirou baixinho, de maneira trêmula. Ten apoiou a testa no ombro de Johnny, um pouco atordoado com todas as sensações e o tamanho dele, que não se comparava ao plug. Johnny abraçou sua cintura, deixando um beijo no topo de sua cabeça, tentando controlar um pouco a respiração pesada e todos os desejos quase proibidos que tinha rodando pela sua cabeça. 
"Vê, você sempre me dá o que quero, como posso ter vergonha?" perguntou com uma risadinha, mordiscando perto da clavícula dele, bem acima da gola da camisa. Adorava quando Johnny o fodia ainda vestido, a roupa social o deixava tão sexy...
"Ten, mova-se." Johnny sussurrou, sem paciência para mais provocações, com voz muito reprimida. 
Sabendo que ele estava no limite o tailandês começou movendo-se lentamente para a frente e para trás algumas vezes, ambos gemendo com a ação, então ele começou a subir algumas vezes até Johnny quase sair dele só para sentar outra vez, jogando a cabeça para trás quando o membro de Johnny atingiu o ponto que fez um milhão de sensações explodir dentro dele enquanto o corpo tremia, seu próprio membro pingando pré gozo. Repetiu algumas vezes, os olhos rolando atrás das pálpebras, Johnny estava adorando aquilo, sorrindo ao ver o namorado buscando o próprio prazer enquanto sentava nele. 
"Johnny… Hum… Você é tão-ah-tão gostoso, amor" disse ofegante, Johnny segurou o quadril dele, fazendo-o parar. 
Os olhos confusos logo estavam nele, piscando enquanto alguns pontinhos pretos dançavam em sua visão, tentou quicar mais um pouco, mas a força imprimida pelo Seo iria deixar marcas em seu quadril e ele não conseguia se mover. 
"O que foi?" Um vinco apareceu outra vez entre as sobrancelhas, assim como biquinho na boca agora muito mais vermelha e inchada. 
Johnny jurou para si mesmo que se conseguisse aguentar aquilo que estava prestes a fazer, seria a pessoa com maior autocontrole do mundo.
"Preciso terminar um relatório."
"Você não pode estar pensando em trabalho uma hora dessas…"
"Como não, se é meu horário de trabalho?" Ergueu uma sobrancelha, Ten fez força para subir e conseguiu, descendo outra vez, arrancando um gemido de Johnny, como se quisesse provar um ponto. "Mimado para caralho, e a culpa é toda minha… Escuta, quietinho. Depois que eu terminar meu trabalho prometo te foder até você se arrepender de ter pedido por isso, mas só depois."
"Johnny…" choramingou, arqueando as costas, tentando rebolar sobre ele. "Por favor…"
"Se não me ouvir, então eu vou voltar para o meu apartamento, ok? Porque preciso trabalhar..."
"O quê? Não…" choramingou, o bico ficando maior. "Não é justo…" 
"Shh, preciso me concentrar." 
"Vai se foder, então!" resmungou, tentando sair do colo dele. Johnny o manteve ali, deixando-o confuso. "O que foi agora, porra?" 
"Eu disse que podia sair?" O entendimento caiu sobre Ten como uma pedra de gelo deslizando pela espinha. A respiração travou e ele só conseguiu assistir o namorado sorrindo. "Deixa meu pau quentinho para mais tarde ou nada feito, ok?" 
Certo, seria tortura. Mas ele havia provocado. Ten suspirou, imaginando se conseguiria fazer isso, era um desafio enorme. 
Johnny soltou seu quadril quando teve certeza de que ele não iria embora e pegou o celular corporativo, já que Ten estava em seu colo, não conseguiria trabalhar no computador, digitando o que precisava no aparelho. 
Johnny tentou ao máximo não pensar no namorado perfeito no seu colo, doido para cavalgar até os dois estarem exaustos, o calor dele ao redor de si era tão gostoso… Mas fez seu melhor, com sorte poderia revisar o que estava fazendo antes de enviar. 
Ten, entretanto, estava tendo dificuldade. Não era alguém que conseguia ficar quieto por muito tempo, adicionando o membro duro dentro dele e o tesão quase sufocante… Aquilo era o mais perto que poderia chegar do inferno. 
Não aguentaria se ficasse olhando para ele, então escondeu o rosto na curva do pescoço de Johnny e tentou cantar músicas em sua cabeça enquanto ouvia os barulhos do teclado do celular nas suas costas. Sua ereção pesada tocando sua barriga estava tirando o foco de tudo. 
Quase meia hora depois, suas coxas estavam ficando doloridas pelo tempo na mesma posição, isso sem mencionar o membro que ainda sustentava uma ereção intocada muito dolorosa e ele tentou chamar a atenção de Johnny de volta para si,  contraindo ao redor do membro dele. Johnny estalou um tapa em sua bunda, Ten sentiu mais líquido escorrendo pelo seu membro. Se ficasse um pouquinho mais excitado do que isso, explodiria.
"Está me desconcentrando."
"Johnny…" 
Ele não respondeu mais. Droga. Ten respirou fundo, tentou manter a calma, mas era muito sexy a forma que Johnny estava lhe controlando e mesmo que estivesse sofrendo, nunca sentiu tanto tesão assim. Contraiu-se outra vez, movendo devagarinho para a frente, sentiu Johnny estremecer embaixo dele. Antes que ele pudesse pensar, Ten estava rebolando devagar, as mãos grudadas nos braços dele, ouviu o barulho do celular caindo no chão junto de um gemido no namorado. Era isso, tinha conseguido. 
"Você não tem limites, não é?"
"Você que está fazendo seu trabalho comigo em cima do seu pau, baby."
Johnny agarrou Ten e se moveu rápido deitando-o no sofá, os olhos dele se abriram um pouco mais e Johnny sorriu adentrando-o outra vez.
"Ah, Johnny!" 
"É o que queria, não é?" perguntou, movendo seu quadril contra o dele num ritmo não muito lento e não muito rápido. 
Ten arqueou sobre o sofá, jogando a cabeça para trás, não conseguiu manter os olhos abertos.
"Sim, sim, sim…" choramingou, um gemido rouco, quase um grito arranhando sua garganta quando Johnny atingiu seu ponto mais sensível. O corpo todo tremeu, Ten sentiu a cabeça rodar. "Meu Deus!"
Johnny manteve o ritmo, mal contendo seus próprios gemidos enquanto se afundava no namorado, passou tanto tempo  à beira do limite que agora  sabia que não iria durar. Segurou uma das pernas dele sobre seu ombro, indo mais fundo, fazendo ele gritar e implorar por mais enquanto se contorcia sob ele. 
"Ah-Ah, tão bom, baby!"
"Porra, Ten!" Johnny grunhiu, segurando o membro pulsante dele para iniciar uma masturbação rápida que arrancou gemidos engasgados do mais novo. "Você me enlouquece, sabia?"
"Hum, sim, sim, eu-ah!" 
"E você gosta disso, de me ter nas mãos…" 
"Me beija" pediu, forçando-se a abrir os olhos marejados pelo prazer. 
Johnny, como sempre, cedeu, tomando a boca impossivelmente vermelha e gostosa num beijo muito bagunçado que quase não poderia ser chamado de beijo, com os dentes se chocando e as línguas se encontrando com vontade demais. 
Foi o que empurrou Ten da beira, do limite em que estava direto num precipício. Ten veio com força, os jatos manchando seu peito e a camisa de Johnny enquanto ele sucumbia e virava uma completa bagunça de gemidos e suspiros. O corpo inteiro sentia as ondas surreais de prazer enquanto Johnny continuava a fodê-lo como se não houvesse amanhã. Ele choramingou hipersensível quando a onda passou, e Johnny saiu dele, bombeando a si mesmo poucas vezes antes de gozar sobre a barriga dele, o líquido leitoso misturando-se ao de Ten enquanto seus gemidos ecoavam pela sala do apartamento. 
Instantes depois Johnny se deixou cair sobre Ten, enquanto recuperava o fôlego e o controle total sobre seus músculos amolecidos. Ten o abraçou, beijando o topo de sua cabeça enquanto também tentava diminuir a velocidade da própria respiração. Muito tempo depois, Johnny quem quebrou o silêncio confortável na sala de estar.
"Vou perder meu emprego…" disse baixo, a voz um pouco rouca. "E a culpa vai ser sua."
"Não é minha culpa se você não consegue resistir." 
"Se eu perder meu emprego você vai me sustentar, espero que saiba." 
"Sustento, amor." 
Johnny se afastou um pouco e contemplou o sorriso do namorado, além de ser uma provocação ambulante, ele era também a criatura mais fofa do mundo. Johnny deixou um selinho na boca dele e um na ponta do nariz. Saiu de dentro dele, tirando um chiado do mais novo por estar sensível ainda, sentou-se e consertou suas calças, tirou sua camisa suja e usou para limpar Ten. 
"Eu quero um banho, Johnny." 
"Preciso terminar isso, Ten. Vai na frente que já te alcanço" disse, buscando o celular caído no chão, felizmente não havia quebrado. 
"Mas minhas coxas estão doendo tanto…" 
"Sério?" Virou-se para ele com uma sobrancelha erguida e o tailandês assentiu, com um beicinho adorável. Johnny suspirou, não tinha a menor possibilidade de conseguir trabalhar naquele dia. "Só se prometer não ficar se exibindo pela varanda, já te falei que temos um vizinho pervertido, Ten."
"Mas estava fazendo calor."
"Usa uma bermuda, amor."
"Ah, você…" Ten suspirou, cedendo. "Certo, certo. Nada de mostrar meu corpinho gostoso para nosso vizinho safado. Agora me carrega, quero banho de banheira."
"Jesus Cristo, você é tão mimado" Johnny riu, pegando Ten no colo como a princesa que ele gostava de ser tratado às vezes. Sabia que a culpa de toda aquela birra e falta de limites era sua, mas não podia fazer muito quanto a isso, porque ele realmente não resistia ao namorado. Mesmo que isso custasse seu emprego, ele continuaria fazendo o que Ten queria, estava nas mãos dele e não fazia nenhum esforço para sair de lá. 

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⏰ Última atualização: Jul 20, 2021 ⏰

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