Cegos Demais Para Perceber - Isulio

Capítulo 5 - Epílogo

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— Julio, não posso mais fazer isso! - Isabela diz entrando no quarto do Julio vendo-o em sua mesa com um livro aberto e uma caneta na mão fazendo anotações.

Ele olha para à garota confuso, não esperando vê-la está noite. Ele sabia que ela estava tendo uma noite de garotas no apartamento de Giulia e Agustina

- Espera. O que você quer dizer? - Ele pergunta colocando sua caneta encima do caderno, girando sua cadeira para que ele pudesse ficar de frente para Isabela.

Os olhos de Isabela se encontrou com os dele por um segundo, antes de olhar por cima do ombro. Fazendo o possível para não perder a coragem, ela respira fundo.

- Isso, nós, temos que parar! - Ela diz e Julio ficar literalmente confuso fazendo-o se levantar, caminhando em direção à morena. Ele gentilmente fecha a porta atrás dela, guiando-a em direção a sua cama, pensando que eles deveriam se sentar para conversar.

- Isabela, o que está acontecendo? - Ele pergunta. Ela balança a cabeça, o que parece que tem feito a noite toda.

- Você disse, na noite em que começamos isso, que podemos parar quando eu quiser. Então, eu quero parar com isso. - Ela diz olhando para seu colo. Ele franze as sobrancelhas.

- Sim, uh, tudo bem. - Ele balança a cabeça relutantemente, não querendo perder a garota por quem ele está apaixonando. Ele olha para ela com um sorriso triste. - Posso perguntar pelo menos por quê?

Nervosa por sua pergunta, enquanto ele à observa e seu rosto se contorce. Seu cérebro indo a 160 quilômetros por minuto. Isabela não sabia o que dizer. Ela sabia sua resposta, debatendo se valia a pena contar a ele, decidindo que não havia mais nada a perder.

- Eu sinto que mudei você. Não quero impedir você de ser a pessoa que era antes de começarmos isso. Você costumava ir para festas o tempo todo e ficar com garotas, e eu sei que pedi para você não fazer. Então, sim, eu me culpo. Eu me culpo por transformá-lo em alguém que você provavelmente nem quer ser.

Ele ficou calmo com a confissão dela, seu queixo caindo tentando formar as palavras certas. Ela o observa com atenção, decidindo que provavelmente deveria sair antes que mude de ideia, mas quando ela se levanta, ele a impede pegando sua mão.

- A primeira vez que você entrou no meu quarto naquela noite, foi minha última festa antes de eu decidi me acalmar e me recompor. Eu queria ser melhor na escola, queria provar que não sou uma causa perdida. - Julio confessa não acreditando que ela estava se culpando pela pessoa que ele se tornou. - Isabela. Eu não te culpo, na verdade estou grato, você me mostrou que sou mais do que apenas um rosto bonito. Você viu alguém em mim, e isso todo mundo não viu. - Ele gentilmente chega mais perto dela, gravando os olhos com a mesma. - Isa, podemos parar de fazer sexo. Se é isso que você quer, mas agora sou uma pessoa melhor e tudo graças a você. Eu não quero perder você, como amigo ou qualquer outra coisa. - Ela acena com a cabeça, olhando em seus olhos.

- Você nunca foi uma causa perdida, Julio. - Ela diz, sem ousar desviar o olhar, certificando-se de que ele ouviu e entendeu cada palavra que ela estava prestes a dizer. - Nunca foi. Uma vez você me disse: "não duvide de si mesma." Claro, foi em circunstâncias diferentes, mas estou lhe dizendo para não duvidar de si mesmo, está me ouvindo? - Ele concorda com a cabeça, sussurrando um pequeno sim entre eles.