Minha Salvação- Hyunin

Dia ruim

[18:45]

Jeongin caminhava pela a calçada, com passos lentos e arrastados, de cabeça baixa, com sua mochila preta encharcada em suas costas. Ele sentia as gotas d'água caírem sobre sua cabeça, escorrendo até as pontas de seus cabelos negros, molhando o seu rosto, que ao entrar em contato com o sua pele, seus pequenos cortes, em suas bochechas, ardiam. Ele apertava a lateral de sua calça, com as pontas dos dedos, tentando conter as lágrimas que queriam sair de seus olhos, seu dia não havia sido bom hoje. Jeongin, para em frente ao enorme portão, velho e enferrujado do cemitério, e levanta o seu olhar para o portão, logo se aproximando das grades dele para o abrir. O mais novo pega nas grades do portão,o empurrando e abrindo, adentrando o local em seguida. Ele passa pelas as fileiras de túmulos, o observando-os. Alguns antigos, desgastados e meio destruídos, com flores murchas, em cima, e algumas no chão. Haviam algumas lápides quebradas no chão, bastante sujas, e dava minimamente para ler o quê estava escrito. e outros que pareciam ser mais recentes, pois os túmulos pareciam ser novos, com flores ainda vivas, e as lápides com imagens nítidas, e letras legíveis. O garoto procurava com os olhos, em meio a chuva, o túmulo de seu pai. Logo o avista, próximo a uma árvore, ele vai até o mesmo, e fica ao seu lado. O mais novo respira fundo, olhando para a imagem do pai na lápide.

- Oi pai...Como o senhor está? - ele perguntou, dando uma fungada, e passando a lateral do pulso, nas suas bochechas, secando as lágrimas, que dessiam pela a mesma.

- Eu espero quê esteja bem... - o mesmo abaixa a cabeça, olhando para o chão.

- Sabe...hoje o meu dia foi bastante ruim... - o garoto dizia ainda olhando para o chão de cabeça baixa.

- Eu queria que estivesse aqui...você faz muita falta, pai. - ele ergueu a cabeça olhando novamente para a foto sorridente de seu pai.

- Está sendo muito difícil tudo isso - ele já dizia com os olhos marejados.

- Eu não sei se eu vou conseguir te dar orgulho pai, eu não sei... - Lágrimas escorriam pela a sua bochecha.

- Eu estou tentando, mas está difícil pai, está difícil.... - O garoto chorava, enquanto acariciava com a mão, a foto de seu pai.

- Me desculpa...

[...]

- Por quê está chegando agora? - a mulher perguntava do sofá, olhando para Jeongin, quê passava pela a porta, todo encharcado.

- Passei na biblioteca. - O mesmo responde, indo rumo a escada. A mulher o acompanha com os olhos.

- Tome um banho e dessa para jantar.

- Não estou com fome. - ele sobe as escadas, indo para o seu quarto.

Ele entra em seu quarto, fechando a porta em seguida, e jogando a sua mochila molhada em algum lugar do quarto.

- Preciso de um banho, estou todo  ensopado. - ele dizia enquanto bagunçava os cabelos, fazendo com que respingasse água dele.

Ele entra no banheiro e fecha a porta,  retira a sua blusa, e logo se olhando no grande espelho que havia no cômodo. Ele analisava os pequenos cortes que haviam em seu rosto. Tinha um na sua bochecha, um no nariz, e outro próximo ao canto de sua boca. A causa desses ferimentos? Jeongin havia apanhado na escola.

[18:20]

- As notas de vocês me decepcionam. - dizia o professor com desgosto.

- Não dá para salvar um dessa sala, por favor, se dediquem mais, isso vai ser importante na vida de vocês - o mais velho guardava as suas coisas dentro da sua bolsa, e os alunos encaravam as suas carteiras, ouvindo o sermão quê o seu  professor dava.

- Eu queria muito quê em pelo menos uma prova, vocês se saíssem bem. - o sinal toca, e os alunos se levantam e vão saindo da sala, Menos Jeongin. Jeongin olhava para o lado de fora da janela, observando as árvores quê balançavam, por conta da ventania. O céu estava nublado, as nuvens já haviam engolido o sol, e estavam cinzas. A chuva iria ser forte.

- Não vai embora Jeongin? -  Perguntou o professor, com sua bolsa passada pelo o pescoço, indo rumo a porta.

Jeongin desvia o olhar, direcionando ele para o mesmo.

- Vou sim, desculpe. - ele começa a guardar os materiais dentro da mochila. O professor sai da sala, deixando apenas o garoto na sala. Jeongin se perdia em seus pensamentos em quanto guardava as suas coisas. Jeongin, está com a cabeça atordoada , ele ainda está muito sensível, e inconformado com o ocorrido recentemente. Seu pai era uma pessoa muito importante em sua vida, ele era o seu porto seguro,  sempre podia contar com ele, Jeongin gostava disso. Sua mãe,bom, ela nunca foi de dar muita atenção ao garoto, ela só exige notas altas dele, de acordo com ela, só isso importa. E claro que Jeongin não gosta disso, isso só o deixa mais triste. E sua mãe, ela tenta evitar o máximo de assuntos referentes ao se pai. Jeongin termina de guardar os seus materiais, e coloca a mochila nas costas, indo até a porta. Assim que ele alcança a porta, é surpreendido por um soco, ele caí com tudo no chão. Ele gemeu de dor, passando a ponta dos dedos no nariz, e vendo quê havia sangue no local.

- P-por quê?! - ele levanta o olhar, e tem a visão de 3 garotos, o encarando caído no chão.

- Isso é só um aviso Yang Jeongin, irá ser pior se não nós pagar o quê deve. O garoto quê estava no meio se pronuncia.

- E-eu... - o garoto o pega pela a gola a blusa,o prensando contra a parede.

- Sem inrolas dessa vez, entendeu? - a última palavra ele fala, com mais tonacidade e o prensando mais na parede.

Jeongin engole seco, assustado - S-sim - o garoto o solta fazendo com que ele caíssem no chão.

- Vamos. - ele se vira indo, em direção a saída, e os garotos o seguem.

Jeongin, se levanta, com dificuldade, logo pegando a sua mochila no chão e saindo da escola, sentindo o seu rosto arder. Ele abaixa a cabeça, vendo as marcas de gotas d'água caindo no chão, e um pingo de sangue caí de seu nariz. Ele levanta a sua cabeça, já sentindo mais gotas caírem em sua cabeça.

- Droga... - ele resmunga, tomando o seu rumo, em seguida.