Capítulo 12

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Foi só convencer Sarah de que eu adoraria que ela fizesse café da manhã para mim e ela me deixou sozinha. Não fazia ideia do que ela faria com as latas e bolachas, mas na verdade, não importava enquanto a mantivesse ocupada.

Sai do resort pela porta da frente e sentei na varanda em ruínas, longe de todos os outros. O único som ali era de alguns pássaros enquanto o som subia no céu.

-O que eu vou fazer? - perguntei para o nada - esperá-lo provavelmente não funcionará. Gil não melhorou, e todos estão ficando doentes. E eu sou a próxima da lista. Quem vai ajudar se todos nós estivermos delirando?

Minha queixa preencheu o ar vazio, mas ouvi um leve zumbido atrás de mim, olhando a tempo de ver Hope passar por uma janela aberta e permanecer pairando no ar próximo a mim.

-Olá, Hope, você veio me dar conselhos? Eu aceitaria isso de quase qualquer um agora, mesmo que eu esteja falando com um drone - talvez eu possa fingir que ele apita uma ve, pra sim e duas pra não - é pior se eu sou o único que não fica doente ou se estamos todos vagando perdendo nossas mentes? Comer a carne não funcionou, dormir mais não funcionou, mas Carla foi a única que realmente foi arranhada por algum animal, então eu não acredito que eles causaram isso? Quer dizer...

O que diabos eu sei? Não sou médica.

-Quando será que Sarah ficou doente? - perguntei para Hope e suspirei - oh, ela é tão inteligente e linda... - murmurei e depois balancei a cabeça - foco, muié, primeiro você tem que descobrir como curar uma doença da ilha estranha depois de ter naufragado. Isso é loucura.

Hope deu um beep alto e eu considerei isso uma concordância, e o drone começou a saltar para cima e pra baixo no ar. A imagem me fez sorrir um pouco, o que é algo que eu precisava.

-Mas você e Camilla estão indo estáveis, certo? É fofo - eu estava brincando, mas o drone não poderia me dizer se eu fiz uma piada ruim - pelo menos, ele teve alguém para fazer companhia a ele sem ser uma pessoa. Talvez haja alguma maneira de fazer com que Sarah se concentre, se ela pensar que está me fazendo um favor. Seria melhor do que tentar descobrir isso sozinha, não é como se houvesse algum livro de medicina aqui. E meu celular está totalmente destruido, mesmo se tivéssemos wi-fi de ilha mágica.

Lembrar-me do olhar atordoado nos olhos de Sarah quando ela pegou minha mão me fez encolher, apertando os punhos no meu colo.

Ter alguém adulando você é apenas agradável se ambas as pessoas envolvidas quiserem que isso aconteça.

-E por tudo que eu sei, ela não quer - murmurei - Sarah não me parece o tipo piegas. Ela é sempre prática e...

E sintia falta disso. Ter alguém em quem eu podia confiar para tomar a decisão certa. Aquilo estava ficando deprimente.

-Mas que merda, tem que ter algo que eu possa fazer- falei e Hope voou de um lado para o outro, mas não havia nenhum conselho que o drone poderia me dar. No final, era apenas um coco com asas e uma câmera elegante - acho que eu deveria voltar para dentro, hein? Ninguém vai melhorar comigo aqui, me lamentando na varanda. Talvez seja uma grande brincadeira elaborada e eles vão estar normais quando eu entrar.

Não era o melhor cenário sobre a situação, mas pelo menos isso significaria que todos iriam voltar ao normal.

Com um suspiro pesado, eu entrei novamente no resort, agarrando-me à esperança de que algum tipo de inspiração surgisse.

Não fiz mais do que alguns passos no lobby antes de Sarah aparecer, toda sorridente. Ela imediatamente correu para o meu lado, pegando minha mão e eu tentei não fazer uma careta. Aquela não era ela.

Castaway - A Aventura do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora