Capítulo 9

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Seus olhos fixos nos meus, sua respiração ofegante, dois corações em uma mesma sintonia.

...

Tomar decisões é algo difícil.

No início eu pensei que pedir o divórcio fosse a melhor solução, mas agora eu sei que não é.

Repentinamente as coisas pareciam ter mudado e meu coração palpitava em dúvida. Faltava uma semana para o baile e se assim Sasuke desejasse iriamos encaminhar o divórcio, mas acho que ele não quer.

E agradeço por isso, porque eu também não quero.

(...)

O despertador já havia tocado há alguns minutos, o clima estava frio e eu tentava criar coragem pra levantar da cama quentinha.

Depois de enrolar mais um pouco, decidi que precisava me levantar ou iria me atrasar pro trabalho.

Vida de adulto não é fácil.

Abri a janela do quarto e uma onda de vento bateu em meu rosto. Não demoraria para começar a nevar.

— Atchim! — e é claro que com a chegada dessa época maravilhosa que é o natal, eu ganharia meu presente adiantado: um belo resfriado.

Vesti um conjunto moletom e desci as escadas, meus pés estavam cobertos por meias quentinhas e uma pantufa confortável. Sasuke já estava vestido em seu terno bem alinhado, ele mexia em alguma coisa em cima da mesa, mas assim que eu me aproximei, ele a largou.

— Bom dia! — se virou pra mim — Veja se não pegue um resfriado, o baile está próximo.

Toda vez que dávamos início ao inverno de brinde eu ganhava um belo resfriado. Era sempre assim.

— Vou tomar cuidado — sorri minimamente e Sasuke coçou a nuca parecendo envergonhado — Algum problema ?

— Não é nada! Bom, eu já vou indo, até depois — Se despediu de mim, pegou as chaves do carro em cima da estante e saiu de casa.

Fui até a geladeira pegar um suco, mas assim que à abri mudei de ideia e decidi tomar um café mesmo.

Em cima do balcão estava uma caixinha vermelha com uma fita dourada e um pequeno papel.

"Sua dedicação

Não há pessoa mais esforçada que você. Você por si só é a mais bela arte,
a mais bela dança e fico fascinado
com todos os seus movimentos"

Desfiz o laço e retirei a embalagem com cuidado pra não rasgar. Dentro da pequena caixinha havia uma caixinha de música redonda, a abri e uma pequena bailarina começou a dançar ao som de doces melodias.

Fiquei a admirando por longos minutos, estava fascinada por suas palavras. Não sabia o que pensar ao certo, mas fiquei feliz.

A guardei novamente e subi as escadas saltitante.

(...)

Meu dia de trabalho parecia ter sido mais cansativo que o normal, mas em compensação eu estava com um ótimo humor.

A maluca da Ino insistia em querer dar uma festa, para a loira, todos os dias eram dia de festa e ela não se importava se no dia seguinte teria que ir trabalhar de ressaca.

Sua casa era adorável, na área da piscina algumas poucas pessoas conversavam e bebiam a vontade.

Ino se aproximou me oferecendo um copo com alguma bebida, tentei negar, mas a porca sabia ser insistente.

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