Capítulo Único

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NOTAS DA AUTORA.

Eu vi essa arte e senti que precisava escrever, em 15 minutos essa drabble saiu com capa e tudo. Espero que gostem. Não reli, não revisei (fiquei com medo de não gostar). Então se acharem algum erro, podem avisar!

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E então, eu o beijei. Sem pensar, sem saber como ele reagiria. Apenas o beijei. Porque talvez fosse o momento certo ou talvez fosse o único momento em que eu teria coragem para fazer isso. Mal senti meus dedos abandonarem o guarda-chuva e chegarem em seu pescoço.

Podia sentir seus olhos ainda abertos pelo susto. A mão sequer ousou se desvencilhar da minha. O guarda-chuva que o protegia, aos poucos foi pendendo por seu ombro, deixando a chuva nos encharcar.

Meu coração batia no peito, nervoso, ansioso, medroso. Aquele beijo podia acabar com tudo. Contei cada milésimo de segundo esperando que ele decidisse me explodir, mas ele não o fez. E isso me deixava ainda mais inconstante. 

Esperava por sua reação. Esperava pelo movimento dos lábios (que agora eu tinha certeza que tinham um quê adocicado). Esperava por qualquer coisa. Mas ele nada fez. 

O soltei, envergonhado por ter tido aquele impulso. Eu havia estragado tudo. Mais uma vez. Não tive coragem para olhá-lo. 

- Tsc… Merda. 

A voz dele arranhou, me deixando ainda mais constrangido. Eu deveria ter mentido mais tempo para mim mesmo até me convencer que ser amigo do Bakubrô bastava. Precisava me desculpar.

- Eu… Escorreguei! Caramba brô! Desculpa. Sabe como é…

- Escorregou porra nenhuma!

O olhei, atônito. Como sairia dessa?

- Eu…

- Eu o quê? Assume as merdas que você faz! O que você queria com essa porra?

O que exatamente ele queria ouvir? Eu tinha coragem suficiente para dizer? Respirei fundo e reuni forças. Finalmente diria as coisas que havia escondido em mim mesmo por tanto tempo. Eu estava pronto. 

Ameacei falar e ele me beijou. 

Com profundidade, segurando a minha mão com tanta firmeza quanto eu segurava a dele no início. Os lábios doces, a pele molhada pela chuva. E ele estava ali, ajudando a desfazer as minhas inseguranças. Talvez eu tivesse feito a mesma coisa por ele antes. 

Seu calor era tão grande que aquela chuva parecia emanar o vapor de um temporal no verão. E eu não havia nada que poderia ter me preparado para o amontoado de coisas que eu estava sentindo. Tanto física quanto emocionalmente. 

Ele gostava de mim. Talvez quase tanto quanto eu gostava dele. Ou ele não teria me beijado assim. Ou teria? Não. Bakugou não faria esse tipo de coisa por impulso. E a felicidade tomou conta de mim. 

E quando voltei a mim mesmo, ele desviou o olhar, me devolvendo o guarda-chuva. 

- Se eu ficar doente porque você decidiu começar essa merda bem embaixo dessa chuva, eu mato você. Vamos voltar.

Acenei com a cabeça e sorri. Segurei sua mão, ainda sem saber se era o certo, mas ele não reclamou. 









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⏰ Última atualização: Jun 08, 2021 ⏰

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Naquela Chuva [Kiribaku]Onde histórias criam vida. Descubra agora