Capítulo 6

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Gente, me desculpa fazer algumas pessoas serem chatas na fic, eu me odeio por isso kkk. Enfim, espero que gostem do capítulo. :)

Sabina Narrando.

Mais um dia chegou, ouvi uma voz diferente na sala. Levantei e fiz minhas higienes matinais, apareci na sala e vi meu irmão. Nunca nos demos bem, é sempre um querendo ser melhor que o outro, mas ele é o queridinho do meu pai. Por ele ser mais velho e bem mais submisso as ordens do meu pai e também por ser homem, por mais que para meu pai não tinha isso de ser homem ou mulher, ele criou os dois da mesma maneira.

— Fala ae baitola. — Ele disse. Dei o olhar mais desprezível que eu consegui fazer. Ignorei o mesmo e segui para cozinha. — Eu acho que falei com você, merdinha.

— Não me encosta. — Falei séria.

— A mocinha ficou estressada? — Ela perguntou com ironia e se aproximou.

— Me erra Pepe.

— Quero saber por que essa raivinha toda comigo? Só por causa da Lara? — Ela perguntou rindo. Lara foi a única menina que gostei, fazem anos isso. Mas ele sabia e ficou com ela e ainda fez questão de jogar isso na minha cara. Eles estão juntas hoje, ela não tem noção no que Pepe está metido, minha vontade é de contar, mas se eu ferro ele, ferro eu e meu pai junto. — Você ainda não supero isso?

— Mulher é algo que não me falta. — Falei em um tom de deboche.

— Mas outra como a Lara, não tem. — Ele falou baixo e tinha um sorriso torto nos lábios. — Você é tão merda, que matou a minha mãe, se não fosse você, minha mãe estaria aqui, hoje.

Esse era um assunto que mexia comigo, única coisa que conseguia mexer com meus sentimentos, minha mãe. Eu nem pensei o que estava fazendo, quando vi já estávamos rolando no chão, igual animais. Eu consegui acerta muitos socos em seu rosto até sentir uns braços me segurar, me debati um pouco, mas os braços eram fortes demais e eu não iria conseguir sair dali. Pepe levantou com a boca e o nariz sangrando, e me olhou com ódio.

— Segura ela. — Ele falou limpando o sangue do seu rosto.

— Qual foi? Não é capaz de brigar sozinho não? — Falei irritada.

— Cala boca que você vai levar a surra que eu sempre quis te dar.

Ela se aproximou, e acertou vários socos em minha barriga, pela dor que senti, deve ter quebrado alguma coisa. Eu ainda tentei me soltar, mas a pessoa que estava me segurando, era três vezes o meu tamanho. Nessa altura, meu corpo estava todo doendo, a dor no meu abdômen era quase insuportável, eu queria levantar e quebrar a cara dele, mas eu mal conseguia abrir meus olhos. Ouvi alguns risos debochados e logo depois ouvi a porta bater.

Abri meus olhos, e percebi que estava na cama. Tentei me mexer e meu corpo todo doeu, principalmente minha costela, que eu tinha certeza que havia quebrado uma. Olhei ao redor do quarto e surpreendi quando vi a Joalin me olhando.

— Esta melhor? — Ela perguntou, mas seu tom era totalmente frio.

— Só esta doendo tudo. — Resmunguei.

— Você precisa tomar alguns remédios, pede a alguém. — Ela disse me mostrando um papel.

— Humm, pede ao Josh. Quer dizer chama ele aqui. — Falei baixo. Ela se virou para sair do quarto. — Joalin... — Ela me olhou séria — por que esta me ajudando?

— Tenho coração mole, faria isso por qualquer pessoa, não se sinta privilegiada. — Ela disse e saiu do quarto.

Minutos depois Josh apareceu no quarto, falei para ele ir comprar os remédios e ele acabou me dizendo que foi ele me trouxe para cama, imaginei, afinal nenhuma das meninas teria força para me trazer até aqui e também nenhuma delas se quer me ajudaria. Esperei alguns minutos, antes do Josh chegar, Joalin trouxe comida para mim. E de uma maneira, eu achava estranho, ninguém nunca havia se preocupado comigo, sempre me virei sozinha. Por mais que eu sei que ela não estava fazendo isso por alguma afeição a mim, talvez ela tivesse fazendo aquilo por pena, mas ela estava fazendo. Ela deixou a comida no meu colo, tentei comer, mas minha costela doía demais, e eu não conseguia se quer me mexer para levantar o garfo.

— Eu te ajudo. — Ela disse e eu olhei mais surpresa que antes.

— Não precisa, eu me viro. — Falei, ela respirou fundo irritada e saiu do quarto.

Ótimo, sua imbecil, agora seu orgulho não vai te ajudar a comer. Doeu, me esforcei, mas consegui comer. Josh finalmente chegou trazendo os remédios. Joalin entrou no quarto e explicou mais ou menos a que horas que devia tomar cada um e para que servia, primeiro eu tomei um analgésico para amenizar um pouco essas dores. Pepe iria me pagar por tudo isso, e como ele ia.

— Já fez sua caridade, pode ir. — Falei.

— Mesmo precisando não perde essa pose de fodona né? — Joalin disse irritada. — Saiba que você vai acabar morrendo sozinha, sem ninguém para nada.

Ela saiu furiosa batendo a porta do quarto. Talvez meus estado de estar naquela cama, sem poder fazer movimentos rápidos, fez ela tomar coragem e gritar comigo. Mas ao contrário de sempre, eu não me irritei, achei até um pouco de graça, não ri, mas achei graça daquela brava dela, parecendo que ia soltar fumaça pelo nariz.

Joalin Narrando.

Eu como uma boa idiota, fui ajudar aquela imbecil, as meninas não quiseram fazer nada por ela, mas eu não deixaria ela ali na sala, se contorcendo de dor, mas na realidade ela merecia aquilo e merecia principalmente que ninguém se importasse. Eram duas horas da manhã, as meninas já tinham ido para onde elas iam, isso me assustava um pouco, por que afinal a minha uma semana estava chegando ao fim e só Deus sabe o que eles vão me obrigar a fazer. Fora que aquele homem disse um negócio de empresários e coisas relacionados que iriam receber uma boa grana, eu não entendi muito bem o que ele quis dizer com isso, talvez meu consciente mesmo me impedia de entender. Estava entediada de ficar naquele quarto, sai um pouco, ao passar pelo quarto de Sabina, ouvi uns barulhos estranhos, na realidade parecia ela resmungando algo. Eu passei direto pela porta. Mas Joalin ela pode estar precisando de algo — Meu consciente insistia.

— Como sou idiota. — Bufei e abri a porta do quarto dela devagar.

Ela estava se mexendo na cama, talvez estivesse em um sono muito profundo, porque os movimentos que ela fazia, provavelmente se ela estivesse consciente ela estaria morrendo de dor. Me aproximei dela, sua testa estava molhada, levei minha mão em sua testa.

— Nossa! Você está muito quente. — Me assustei um pouco com a temperatura de seu corpo. — Sabina... — Mexi um pouco no seu braço e ela resmungou coisas sem sentido. — Vamos colabora comigo, acorda.

Legal! O que eu faço? Eu não conseguiria se quer deixar ela sentada na cama, ainda mais fazer algo a mais. Tirei sua coberta, e ela estava sem camisa, mostrando seu top preto, na altura da sua costela tinha uma mancha meio vermelha, como se estivesse roxo. Olhei para seu celular na escrivaninha ao lado da sua cama e pensei.

— Isso é para te ajudar, então depois não surte. — Falei mais sozinha do que com ela, porque eu sei que ela não estava ouvindo nada.

Abri seus contatos, tinha tanto número que nossa, mas corri logo para ver quem eu queria, finalmente achei e botei para chamar.

— Fala Sabi. — Josh atendeu, bom pelo menos eu acho que era ele.

— Josh?!

— Quem é?

— É a Joalin... — Ele ia falar algo, mas eu o interrompi antes que começasse. — A Sabina, está com hemorragia interna, se ela não for hospital agora, ela não vai aguentar. — Falei um pouco rápido.

— Calma, como... você sabe disso?

— Não importa, é sério.

— Eu vou dá um jeito, e 20 minutos estou ai. — Ele disse desligou antes de eu se quer me despedi. Mal educado.

Deixei o celular onde eu peguei. Fui até sua gaveta, peguei uma camisa sua, molhei no banheiro e botei em sua testa.

— Mãe... — Ela começou a resmungar. — eu não matei ela, não foi culpa minha. — Ela falou um pouco enrolado.

Proibida pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora