hora do horror

O quarto

O ano era 2010, eu estava morando com uma amiga, a casa onde eu morava era simples e um pouco difícil de explicar, era comprida com um longo corredor e no final desse corredor tem outra casa no mesmo terreno, na semana em que nos mudamos não percebi nada fora do normal, coloquei as minhas coisas no quarto e arrumamos a casa, olhei na parede do meu quarto e vi uma mancha estranha, falei pro dono da casa e ele disse que era normal e que essa mancha aparecia de vez em quando e que ele mandaria arrumar.

Na semana seguinte comecei a ouvir batidas na parede do meu quarto só que só faziam barulho de madrugada, descobri que do lado da minha casa morava um sapateiro e ele estava sempre trabalhando, então tudo normal, batidas de vez em quando de madrugada com um vizinho sapateiro, logo me acostumei.

No mês seguinte minha prima se mudou para a casa em frente a minha, do outro lado da rua         , um dia perguntei pra ela se ela ouvia o meu vizinho a noite e ela disse que não ouviu nada, então achei que só eu podia ouvir, além do mais ele morava do lado do meu quarto, e como ele trabalhava de madrugada fazia menos barulho possível, nessa mesma semana cheguei em casa casa cansada do trabalho e deitei na minha cama, minha amiga chegou logo em seguida, conversamos um pouco e ela foi pro banheiro que fica no final da casa, eu deitada na cama vi que ela foi pra lavanderia nua, até ai tudo bem, só que em seguida eu ouvi o barulho do portão de entrada e sabia que o vizinho poderia ver ela nua na lavanderia, corri para avisar ela mais ela não estava lá, fiquei confusa e quando voltei vi que ela estava no banheiro, perguntei sobre ela ter saido nua na lavanderia e ela respondeu que não saiu do banheiro, na hora pensei:

-devo estar cansada e achei ter visto algo

Semanas se passaram e conheci uma senhora muito simpática que morava perto da minha casa, começamos uma amizade bem legal seu nome era dona Ivi, várias vezes nos encontravamos mais ela sempre evitava vir até minha casa, em uma noite na casa da dona Ivi falei para os filhos dela que eu ouvia um barulho na parede do meu quarto todas as noites, todos rimos muito porque um deles falou umas fofocas do vizinho sapateiro, mais a dona Ivi ficou quieta, não percebi nada na hora porque imaginei que ela só não tinha gostado das besteiras que falamos.

Depois de um tempo os filhos da dona Ivi passaram uma noite assistindo filmes no meu quarto, de madrugada fui fazer mais pipoca e deixei eles no quarto, quando voltei minha amiga comentou que ouviu as batidas pela parede, eu disse que era normal e que o sapateiro deveria estar trabalhando.

Passado mais algum tempo o sapateiro me chamou e disse que precisava viajar e perguntou se eu poderia dar ração para o cachorro dele por dois dias, ele viajou e eu fiquei responsavel pelo cachorro, cheguei do trabalho e fui direto pra casa do vizinho cuidar do cachorro, fiz tudo que deveria fazer e fui embora, na madrugada eu ouvi as mesmas batidas que eu ouvia diariamente, só que como podia ter barulho se o vizinho não estava lá ?                                                                                 No outro dia eu estava de folga, fui mais cedo colocar ração para o cachorro e vi que as portas da sapataria estavam trancadas, achei estranho mais nada fora do normal, talvez eu tenha imaginado que ouvi as batidas.

Morei quatro anos nessa casa, vi alguns vultos mais sempre arrumava alguma "explicação" , até que minha prima que morava em frente a minha casa se mudou, a casa dela era mais barata, conversei com a dona e fiz a locação da casa, a mudança foi bem rápida já que era do outro lado da rua

Na semana em que mudei, fui a casa de dona Ivi, assim que cheguei ela me abraçou e disse que precisava falar uma coisa muito séria, me pediu desculpa por não ter falado antes pq ela n queria me assustar, ela poupou palavras, e oq eu vou contar agr é real                                                         ela disse:

-Na casa onde vc morava havia morado 30 anos antes um jovem casal, o rapaz era muito ciumento e tinha um temperamento explosivo, um dia ele surtou e matou a esposa brutalmente com marteladas, as manchas do seu quarto eram o sangue dela e as batidas eram as marteladas que ele dava nela.