35° capítulo

687 76 20
                                    

Ludmilla

Depois que consegui acalmar Henry, vamos até o aeroporto. Não conseguia soltar uma palavra o momento todo, em minha mente sempre estava a Bru sorrindo e me fazendo rir, eu sentiria muita falta disso. Sei que falei que ia ser forte, mas era impossível ser nesse momento.

Lari: Lud, quer conversar? - Nego com a cabeça e limpo a lágrima que insistia em cair em meu rosto. - Você tem que desabafar? - Não dou resposta e só olho para o vidro do carro e Henry que dormia em meu lado.

Quando chegamos no aeroporto tivemos que esperar, logo nosso vôo foi chamado. Sento no avião ao lado de Henry e Patty, que por incrível que pareça respeita o meu silêncio.

Dormimos por algumas horas até chegarmos e pegar um táxi rumo a Salvador. Quando chegamos no sítio, olho tudo ao meu redor e fico encantada com o lugar que a Bru nasceu e cresceu, o lugar é lindo.

A Patty sai do táxi correndo em direção a uma mulher que apareceu na varanda e a abraçando. Reparo que estavam chorando .

Vejo sair mais três pessoas de dentro da casa e se abraçam as duas na varanda. Não consigo mais segurar minhas lágrimas.

Logo a Lari e Emmy saem do táxi indo até perto deles que cumprimentam um por um. Eu estava imóvel não conseguia sair do lugar.

Logo a Patty vem até mim e abre a porta do táxi.

Patty: Vem Lud, eles estão doidos para te conhecer. - Saio com o Henry no colo indo com a Patty até eles, caminho até eles quando paramos em sua frente, e pega Henry do meu colo. - Lud, essa e minha mãe Mirian, e meu pai Jorge, aquele é o Brunno meu irmão e aquela e minha irmã Bianca. -  Quando vou cumprimentar sua mãe, ela me abraça forte e chora me fazendo chorar junto. Se era difícil para mim que conviveu com ela em tão pouco tempo, imagina para eles que conviveram desde que ela nasceu.

Cumprimento o resto da sua família que me acolheram muito bem.
Assim que entramos na casa fico admirada com o tamanho e as cores de cada cômodo.

Mia: Filho pega as malas delas e tragam para dentro. - Ele sai e minutos depois chegando com elas na sala. - Você quer dormir no quarto da Brunninha, ou em outro quarto? - Ela me olha perguntando e sorrio fraco.

Lud: Eu posso ficar no da Bru? - Mirian acena que sim, e me leva subindo até às escadas e a Patty vem com Henry no colo atrás de mim.

Patty: Você tem certeza que quer ficar aqui nesse quarto? - Fala assim que adentramos no lugar, que olho admirando cada cantinho e sinto o seu cheiro no lugar, o que me faz sorrir.

Mia: O enterro vai ser daqui a pouco, se quiser tomar um banho, a vontade a casa é sua. - Agradeço e vejo ela saindo e a Patty me dá o Henry saindo pela mesma porta.

Coloco o Henry na cama enquanto dorme e resolvo tomar um banho no banheiro que tinha no quarto.

Fico algum tempo no banho, buscando energias que não sabia de onde tiraria. Eu precisava me manter forte, mesmo que esses cacos que ficou em meu coração me machucassem por dentro.

Ouço barulho no quarto, quando vejo que a Lari está olhando o Henry e se senta ao me ver.

Lari: Sei que não é o momento Lud, mas não quero que você me trate assim. - A olho e revejo minhas atitudes com a Larissa que sempre esteve ao meu lado.

Lud: Será que você pode me perdoar? Estou com a cabeça ruim e não tenho mais vontade para nada sabe. - Ela acena e vem me abraçar. - Me perdoe amiga, mas a Bru era o meu mundo e ele desabou no momento que ela morreu.

Lari: Claro que te perdoo e sei que está sofrendo. Mas quando você precisar de um abraço pode vir que te darei quantos quiserem.

Lud: Obrigada Lari. - Escuto um barulho na porta e vejo a Patty e a Emmy entrando no quarto caminhando até nós.

Patty: Precisamos ir daqui a pouco, o enterro vai começar.

Elas saem e eu me arrumo, coloco um vestido preto e deixo Henry com a empregada da casa, não achava bom leva-lo nesse lugar e não queria que ele soubesse que a Bru tinha morrido. Por enquanto, seria melhor não falar, ele ia sofrer muito e se fosse para adiar isso eu ia adiar.

Durante o caminho, fico calada e sem reação. Seria o momento de me despedir do amor da minha vida.

Quando chego no local vejo o caixão e não tive forças de me aproximar. Fico parada até Emmy e a Lari se aproximarem de mim e me levarem até o caixão, caminhando até os familiares da Bru. Mirian me puxa para o seu lado de frente para o caixão que se encontrava lacrado pelas condições que foi encontrada. Coloco minhas mãos sobre ele e deito minha cabeça sobre ele.

Lud: Não... não meu amor eu não posso aceitar que você se foi, íamos nos casar e eu ia te fazer feliz.  Eu devia ter me separado de você quando tinha tempo. Preferiria te ver longe de mim do que nesse caixão. Beijo a tampa e fico o tempo todo ao lado de sua família e ao seu lado.

Depois de algumas horas, alguns homens começaram a tirar o caixão do lugar e nesse momento não me seguro os impedindo de fazer isso.

Lud: Não levem ela...Ela é minha vida . - Me debruço sobre o caixão até as meninas me puxarem de lado me abraçando enquanto eu choro excessivamente. - Meninas eu não consigo viver sem ela, não deixem leva-lá.

Fomos acompanhando o caixão até dentro do cemitério e quando começaram a tacar terra em cima do caixão, meu coração doía muito, era a minha Bru alí.

Depois que terminaram de tampar o túmulo, os parentes começaram a por flores em cima e saindo um em um, ficando apenas Eu, Emily, Patrícia e Larissa. Nesse exato momento me encontro de joelhos em frente ao seu túmulo.

Lari: É melhor nós irmos está escurecendo e Henry deve ter acordado. - Olha para as meninas e se abaixa segurando pelo meus ombros. - Vamos Lud, está anoitecendo.

Lud: Não a deixarei aqui, ela precisa de mim. - Me altero e elas ficam caladas. - Vocês não entende, eu vou ficar aqui com ela, não vou a deixar aqui sozinha.

Patty: Lud vamos, eu também não queria deixar ela aqui, mas ela se foi e está olhando por nós neste momento.

Lud: Não Patrícia, não vou sair daqui. - Continuo de joelhos, ela pega o celular e liga para alguém que nem me interesso em saber no momento.

Fico ali parada olhando, e quando percebo o Brunno me pôs sobre o seu ombro me carregando até o carro com as meninas.

Lud: Não façam isso comigo. - Olho para as meninas que simplesmente ignora o que falo, me colocando dentro do carro, olho para o cemitério e sussurro. - Eu te amo Bru, e sempre vou ser sua, só sua.















Genteeeeeee não me matem, muito menos desistam da fic, por favor! 😕
Muita coisa ainda vai acontecer!

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora