Uma mensagem misteriosa chegou.
Ao abrir os olhos, Jungkook foi parar num mundo em que a coisa mais próxima de humanos são pessoas com caudas e orelhas de animais!
Tudo é lindo, as criaturas são gentis, não há disputa nem sequer mal explícito nessa...
A água quente foi como um sopro de vida para Jungkook, que não se dava o luxo de aquecer para tomar um bom banho há muito tempo. Além de que realmente estava se sentindo sujo, só não percebeu o quanto até aquele momento.
Ele achou muito engraçadinho coelhos manipulando o fogo para fazer seu banho digno de um rei, e reparou que as crianças híbridas, assim as decidiu chamar, (que possuíam apenas orelhas e rabos) podiam se transformar em coelhos de verdade se quisessem. O contrário também era válido.
Fadinhas pairavam sobre o vidro do banheiro, genuinamente curiosas, mas Jungwoo as expulsou pelo bem do outro e tampou aberturas externas. Ele achava Jeon engraçadinho por ter tanto pudor, ali em suas suas terras era algo completamente normal "se expor", como o humano dizia.
Ao se permitir vagar nos pensamentos, como só em banhos acontecem, Kook foi atingido com três problemas que o encantamento daquele mundo o tinham feito esquecer:
1°- Bam tinha ficado sozinho.
A única pessoa que de vez em quando aparecia era seu irmão, Jeon Junghyun, mas ele não morava em Seoul.
2°- Os trabalhos da faculdade.
Ele precisar terminar de se formar, estava tão perto. Se sumisse agora todo o trabalho teria sido em vão.
3°- Sentiria falta da família alguma hora.
Eles se viam nos feriados, Jeon viajava para Busan e passava alguns dias lá para depois retornar a sua rotina solitária na capital. Mas, ao menos, eles se viam. E agora, preso ali, ele queria ter tido ao menos a oportunidade de se despedir.
Enquanto tentava decidir o que fazer e até o que sentir, uma folha de papel cor creme foi entregada a Jungkook por uma fadinha com asas azuis. Ela brilhava por inteiro, mas se tivesse prestado atenção, ele notaria que seu semblante era suspeito, havia um sorriso torto em seu rosto hediondo do tipo que "sabe de algo que você não sabe, e não vai contar".
O humano agradeceu, sem saber direito o que dizer, alheio a segundas intenções, e abriu. Era simples e direto:
