39° capítulo

686 72 4
                                    

Ludmilla

         
Dois dias se passaram assim que entrei naquele hospital e vi minha Bru viva, era incrível ter ela em meus braços novamente.
        
Ela me trouxe a vida novamente, tudo dela me fazia muita falta. Como a Bru tá de cama e não pode sair, vou fazer uma surpresa para ela que acho que ela adorará.

       
Fico me arrumando no quarto até reparo pelo espelho que a Bru me observava quietinha. Vou até ela e me sento na cama e dando um beijo de bom dia.

Bru: Vai sair, vai? - Me olha furiosa. - Você falou que não sairia do meu lado e eu quero que fique. O que eu vou fazer sem você aqui comigo?

Lud: Vou sair rápido amor e já volto, você nem sentirá minha falta. - Acaricio seu rosto e ela o vira afastando o contato. - Não faz isso meu amor, eu preciso ir em um lugar e já volto. - Ela ainda não me olha. - Já mandei mensagem para a Patty pedindo para vir pra cá, para cuidar de você e do Henry, até eu chegar.

Bru: Não sai, fique aqui comigo. - Ela me olha e me aperta nos seus braços e sorrir com sua carência. - Fique vai. - Me afasto do seu abraço e volto a olha-lá.

Lud: Eu vou e volto rápido, meu amor. - Faço carinho em seu rosto.

Bru: Promete?

Lud: Prometo. - Ela sorrir finalmente me apertando novamente em seus braços.

Bru: Não demora, tá - Aceno dando outro beijo e saindo pela porta e na mesma hora a campainha toca, indo até lá e abrindo, vendo a Patty.

Lud: Oi, Patty. - Nos abraçamos e damos um beijo no rosto. - E aí você ligou para sua família?

Patty: Oi, cunha. - Nos afastamos do abraço. - Liguei e como falei que era urgente que eles precisavam vir, eles falou que vinham.

Lud: Que bom. E que horas eles chegam?

Patty: Umas cinco horas. Eu não contei o motivo acho melhor eles verem com os próprios olho.

Lud: Fez bem, agora vou lá e já volto. - Me despeço saio pela porta.

        
Dirijo até o lugar que eu tinha ligado mais cedo e eles liberaram eu leva-lá até ela, eles entenderam a pressa e ficaram muito felizes pela Bru estar viva. A Bru era muito querida por todo lugar que passava.

        
Assim que chego no local observo  um grande portão a frente. Era a minha primeira vez aqui e eu fiquei impressionada com o tamanho do lugar.

       
Aperto o interfone e logo eles abrem me dando passagem até o pátio, que havia muitas crianças de todos os tamanhos.

      
Olho em volta e nada da minha menininha, quando caminho mais a frente uma mulher aparece em minha frente a cumprimentando.

Lud: Oi, sou a Ludmilla Oliveira, que te ligou ontem. É Joana né?

Joana: Sim prazer, te conhecer. - Nos abraçamos e ela me leva encaminhando até mais a dentro do orfanato. - Nossa graças a Deus a Brunninha esta bem. Quando fiquei sabendo do ocorrido, eu não sabia o que faria com Clarinha e ela se isolou completamente.

Lud: Eu devia ter vindo vê lá, só que meu mundo tinha acabado na hora que fiquei sabendo, eu não conseguia sair de casa. - Observo as crianças correndo para lá e para cá.

Joana: Ela me perguntava sempre pela Brunninha, e me perguntou de você e de seu filho. - Ela coloca a mão na testa tentando lembrar o nome. - É Henry não é? - Balanço a cabeça afirmando sua pergunta.

       
Quando entramos em um dos quartos do orfanato, eu a vejo deitada na cama e olhando para o teto sozinha.

Joana: Como eu te disse a minutos atrás, ela se isolou completamente, não brinca mais e fica desse jeito, esperando a Brunninha.

Lud: Obrigada por me deixar vim vê-lá e leva lá comigo, a Bru não tá em condições nenhuma de vir aqui.

Joana: Eu que agradeço de você ter vindo, a tirando desse sofrimento, que aperta o coração. - Agradeço me aproximo da Clarinha e ela não percebe, até eu sentar na cama ao seu lado e me olhando com o maior sorriso do mundo.


Brunna

        
Desde que a Lud saiu, estou aqui emburrada na cama.

Patty: Melhora essa cara, Brunninha. - A olho entrando pela porta até sentar na cama.

Bru: É a única que eu tenho Patrícia. - Desvio o olhar para a janela do quarto.

Patty: Não gostou de me ver não? - A olho e vejo um sorriso em seu rosto.

Bru: Claro que gostei, mas preferiria que fosse a Lud.

Patty: Pare de ser grudenta, Brunninha. Assim você vai acabar a sufocando.

Bru: É mais forte que eu, eu não consigo ficar longe.

Patty: Credo. E quando você voltar a trabalhar, o que você vai fazer?

Bru: Levo o Henry e ela comigo, uai. - Falo de brincadeira, mas que eu adoraria que fora verdade.

Patty: Você não existe, Brunninha. - Ela gargalha e eu sorrir . - Senti muita falta de você, minha irmã. - Ela me abraça forte, que retribuo da mesma forma.

         
Ficamos ali daquele jeito por algum tempo, até um pinguinho de gente entrar no quarto correndo e tentando subir na cama várias vezes.

Henry: Tia, me coloca na cama. - Olho para a Patty que sorrir, do modo que ele a chama e se levantando para coloca-lo na cama.

          
Assim que coloca e vem engatinhando até mim e me dando um abraço forte e gostoso.

Henry: Bom dia, mamãe. - Sussurra em meu ouvido e respondo sorrindo e o afastando para olhar em seu rosto.

Bru: Bom dia meu amor. Dormiu bem, meu amor?

Henry: Muito bem mamãe. - Ele olha para os lados e me olha novamente. - Cadê a minha outra mamãe? - Sorrir.

Bru: Ela saiu meu amor, mas daqui a pouco ela estará aqui conosco. - Seu sorriso aumenta na mesma hora.

Henry: Quando você estará boa, mamãe?

Bru: Se Deus quiser, logo logo meu filho. - Ele senta do meu lado colocando a mãozinha na minha perna enfaixada e logo o beijando.

Henry: Mamãe fala que se beijar, logo, logo Sara. - Me emociono com o seu gesto e olho para a Patty, que sorrir do meu pequeno.

Bru: Vem cá. - Ele volta para o meu colo e faço carinho em suas costas enquanto me abraça novamente.

Henry: Tem que sarar logo mamãe, quero ver a Clarinha. - Meu sorriso aumenta e limpo algumas lágrimas que estavam em meu rosto.

Bru: Eu prometo meu filho, que assim que eu sair daqui, vamos ir lá vê-lá, e vamos sair novamente nós quatro juntos.

Henry: Você Promete, mamãe?

Bru: Prometo. - Beijo os dedos que estavam cruzados o fazendo sorrir.

         
Passamos algum tempo conversando e rindo, até ouvirmos o barulho da porta abrindo e o Henry saindo do meu colo, correndo até a porta a fora.

        
Patty vai até lá, me deixando sozinha e com sorriso enorme de tão feliz que eu estava. Minha Lud voltou para casa.

         

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora