Poção do Amor (parte 1)

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Música nada a ver com o capítulo.
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                          Poção do Amor (parte 1)

O Potter está agora com aqueles amiguinhos dele, seria melhor se estivesse comigo. Infelizmente não é possível, uma pena, adoraria aquele grifinório no salão da sonserina, mesmo que não agradasse meus queridos colegas. Nem os dele, mas para isso eu não ligo. 

A aula de Poções não é mais interessante que olhá-lo fazendo poções. 

O professor Slughorn nos apresentou a Poção do Amor hoje, quando cheguei perto senti o cheiro dele me torturando. Que Poção incrível. 

Fiquei tentado a usá-la com Potter, seria incrível vê-lo caído de amor por mim por pelo menos 24 horas, até mais, o professor explicou que dependeria do peso de quem bebe, da quantidade ingerida e da atração exercida de quem dá a poção. 

Sei disso, mas não irei usá-la. 

Não, não mesmo. E não é porque é uma poção perigosa e proibida em Hogwarts, e sim porque não quero ele se for por pouco tempo e sem verdadeira vontade de me pegar, quer dizer, pegar na minha mão. 

Até que eu poderia jurar que ele me olha pelo canto dos olhos de vez em quando, mas poderia ser minha mente tentando transformar em realidade o meu desejo. 

É, eu não irei usar, mesmo que me doa nunca tê-lo comigo. Agora ele ri com os amigos, Weasley imbecil  explodiu uma poção no próprio rosto.

- Draco! - Pansy me chamou. - Para de olhar para os grifinórios, sei que o Weasley é muito idiota, mas preste atenção na sua poção. 

Não respondi, mas parei de olhá-lo, não quero que desconfiem do que sinto, eu seria zoado e ainda não ficaria com o Potter, então não me vale de nada. 

Eu poderia apostar agora que ele se virou para trás para me olhar, é, sim! Ou não. Ele virou a cabeça para a frente rapidamente, mexendo seu caldeirão.

Estávamos saindo da sala, fui parado por Crabbe, que sorria bobamente.

- O que é? - eu já estava sem paciência, só queria ir para o Salão Principal almoçar. 

- Nós iremos usar aquela Poção no Potter - explicou Crabbe.

Não entendi o que ele queria exatamente. Usar a Poção do Amor no Potter? Não me atrai vê-lo se apaixonar por qualquer um. 

- Hum. E? 

- Queremos sua ajuda. Queremos que ele se apaixone por Hermione, vai ser muito engraçado ele tentando beijar ela na frente do amiguinho Weasley - Riu ele. 

Não, não será engraçado para mim. O problema é que não posso negar.

- Tenho coisas a fazer, quem sabe outro dia - Me viro para ir embora.

- Você não quer fazer isso? - perguntou o bobão.

Com certeza negar não é do meu feitio, mas eu não quero vê-lo atrás de ninguém, muito menos louco de paixão. 

- Você é mesmo Draco Malfoy? - ele pergunta me analisando.

Me senti ofendido.

- É claro, imbecil. Eu só tenho interesses melhores que fazer uma idiotice dessas - Saí sem dar espaço para "mas".

O Salão estava chato e cheio, como sempre. Eu o procurei quando entrei, estava sorrindo com os amigos. Por que não sorrir assim comigo?

Fui logo para a mesa sonserina, não daria para eu ficar na entrada babando pelo Potter, nem se eu quisesse. 

Meus amigos riam durante o almoço, mas não me preocupei em participar, imagino que eu já esteja obcecado por ele, não consigo tirá-lo da mente, nem da minha vista. O observo todo vez que posso, não sei se é uma garantia para ter certeza que ele está lá ou se só queria que nossos olhares se cruzassem. 

E é nisso que meu pensamento fica preso. Não adianta o quanto eu tente mudar de assunto comigo mesmo, eu sempre volto para esse grifinório sem noção. 

Está quase na hora da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, me levanto antes de quase todos, melhor me retirar antes que eu babe literalmente. Ele estava na ponta da mesa, e eu estava seguindo para lá, só isso já basta para meu coração acelerar passos antes.

Eu queria que o olhar dele cruzasse com o meu, talvez eu devesse o irritar, só assim para ter aqueles olhos completamente focados em mim. Iria dizer a primeira coisa que viesse em minha mente bagunçada.

Granger dava a ele um prato com um pequeno pudim, não consegui ouvir o que ela disse a ele, apenas vi o Weasley puxar o prato do Potter no momento em que recebeu da garota. Muito mal educado, aliás. 

Eu já estava perto, pude ouvir a Granger brigar com o namoradinho Weasley sobre a falta de educação. Potter parecia não ligar para a situação, mas deveria, inadmissível esse intrometido. 

- O que está fazendo parado aqui, Malfoy? - o Weasley intrometido perguntou. 

Ele e Granger pararam de discutir, todos em volta olharam para mim. Eu não percebi que tinha passado tanto tempo ali.  Iria começar a andar, mas meu olhar cruzou, finalmente, com o dele, respirei fundo. 

E ele continuou me olhando, inventei mais de 10 conspirações nesses instantes:

1: Eu tenho algo no rosto;

2: Ele não entende o que estou fazendo ali;

3: Está esperando uma piada;

4: Está apenas esperando eu sair dali;

5: Está com o olhar em mim, mas pensa em outra coisa;

6: Quer me beijar (essa eu forcei, mas sempre pode ser uma possibilidade)

7: Estranhando eu na frente da mesa dele;

8: Conspirando assim como eu;

9: Esperando que eu quebre o contato visual; 

10: Pensando se vai ganhar da Sonserina no jogo da semana que vem;

11: Esperando eu o agarrar pelo colarinho (minha conspiração preferida).

Eu quebrei o contato visual antes que mais conspirações me viessem, eles continuaram me olhando e eu senti algo como vergonha. Meu olhar foi para o pudim que o Weasley roubou do meu gatinho; não compreendo a minha própria ação de puxar aquele prato e dar ao Potter, mas eu o fiz, talvez seja para desviar a tenção do meu rosto já queimando.

Ele demorou para receber, pareceu bem surpreso, me olhando com olhos arregalados, mas pegou o prato que eu estendia na palma da minha mão. E foi ótimo quando os dedos dele tocaram em mim. 

Eu não podia mais deixar minhas emoções saltarem dessa forma, então saí sem olhar para trás, ,mesmo querendo ficar para vê-lo saborear o pudim, fechando os olhos lentamente de prazer e depois olhar para mim com seus olhos verdes como se eu fosse o culpado pelo êxtase; mastigando, com a boca extremamente doce, pedindo por mais que venha de mim, enquanto eu me controlo para não provar daquele extremo doce.

Mais uma conspiração em minha mente é formada enquanto saio daquele lugar enlouquecedor. 

Sinto calor, muito calor. Retiro as vestes enquanto ando pelo corredor. 

- Eu te quero.

Me viro depois de ouvir essa frase.

Veio do Potter. Parado há uns metros de mim. Um pouco descabelado. Bochechas rosadas. Boca entreaberta.

Visão divina. 

- No dormitório - ele completou.






























































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