CINQ

930 84 39
                                    

Eliza sai do consultório completamente perdida, sem chão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eliza sai do consultório completamente perdida, sem chão.

Pensava em seus tantos planos, as propostas, oportunidades importantes, ela estando na segunda posição do campeonato e com chances fáceis de alcançar o líder... Essa gravidez não poderia ter acontecido em momento mais inadequado.

Liza se recorda da conversa que havia tido com a melhor amiga, Priscilla, ainda na viagem á Noronha e a pragueja mentalmente por ter citado tal façanha, por mais que não tenha sido realmente culpa dela.

Afinal, quem iria imaginar?

Ao pegar o elevador do centro empresarial ela aperta o botão do andar onde havia combinado de encontrar Sandy mais cedo e encosta as costas na lateral gelada de aço brilhoso. A superfície fria acalmava sua pele em chamas e sanava a sua súbita enxaqueca. Ela suspira prazerosamente.

Pela grande parede de vidro no fundo do elevador ela vê toda a grandeza daquele prédio à mostra, divido por andares movimentados, onde havia uma diversidade enorme de mercado dentre lojas, restaurantes, escritórios, laboratórios, consultórios, estúdios, entre outros; por onde as pessoas transitavam, parecendo formigas conforme maior era a distância que estavam entre aqueles trinta andares.

Três andares depois duas garotas entram no elevador e selecionam um botão da lista digital de andares, dando pouca atenção à presença da pilota – que aproveita do momento anônimo colocando um óculos escuro sobre os olhos para prolongar até quando fosse possível.

Elas estavam com vestes escolares e cochichavam entre si com os celulares em mãos, fones no ouvido e mochilas personalizadas nas costas.

Eliza chuta que deviam ter por volta de quinze anos, ou menos, visto a estatura mediana e cores vibrantes dos seus pertences. Ela suspira lembrando-se dos próprios quinze anos.

Época difícil.

Os pais haviam a tirado das pistas, se livrado dos seus troféus, a colocado em diversos cursos e tudo o que ela queria naquele tempo era completar dezoito para que fosse independente e tomasse as próprias decisões.

O que ironizava muito a sua situação atual.

Vinte e seis anos nas costas, independente, pilota aclamada, conhecida mundialmente, empresária, noiva e agora mãe, e única coisa que queria no momento era correr de volta para o colo de seus pais e implorar por ordens do que deveria fazer. Como uma boa garotinha do papai.

Treze andares depois entram mais quatro pessoas, todos homens, vestindo ternos de linho requintado, sapatos lustrados, pastas de couro com aparência cara em mãos, conversando entre si. Eliza cola no fundo do elevador para não chamar atenção.

Não eram nativos do lugar, visto a falta dos olhos puxados característicos da Ásia, e não deviam ser moradores uma vez que falavam inglês com sotaque acentuado britânico.

RACE IN HEELS 2 - GROWN [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora