Um passado apocalíptico (CONCLUÍDO)

•Capitulo 23:Valeu apena•

O sol acabara de aparecer e já estava batendo na janela de Mia que por sinal, já estava acordada mas sem ânimo para sair da cama.

Mia-Eu não quero levantar da cama hoje...

A gata de Mia, Brietta, sobe em sua cama e começa a se espreguiçar.

Mia-Bom dia, Brietta!

Brietta responde com um miado e logo em seguida se deita ao lado de Mia, encostando sua cabeça na dela.

Mia-Sabe, Brietta... As vezes eu acho que teria sido melhor ter ficado em Greendalle... Mesmo que eu nunca soubesse que meu pai estava vivo!

???-Tudo irá se resolver, Mia!

Mia-O que??? De onde veio essa---

???-É, eu sei, é estranho uma gata falante mas isso só está acontecendo pelo seu dom de falar com os animais.

Mia-Meu o que?

Brietta-Seu dom. Como bruxa, você tem o dom de falar com animais mas claro que não é só isso que você faz, algumas coisas todas as bruxas sabem fazer, tipo explodir alguma coisa como no dia das câmeras e do cadeado... Você se lembra, não lembra?

Mia-Não, não, não é possível, eu não sou uma bruxa, isso é um sonho!

???-Sinto em lhe dizer mas você é sim! Aceite isso, não é todo mundo que tem essa sorte mas eu tive, assim como você também tem!

Mia-É a voz da masmorra! Quem é você? Porque eu sinto que te conheço?

???-Logo você descobrirá...

Mia-Nãooo!

Mia acorda pulando da cama assustada.

Mia-Foi... Um sonho?

Brietta vira a cabeça para Mia e solta um miado, como se estivesse confusa.

Mia percebe uma luz azul com o formato de uma pessoa na frente de seu espelho mas antes que ela pudesse entender o que estava acontecendo, a luz misteriosa some magicamente.

Mia-Tá, isso está muito estranho e eu estou começando a ficar apavorada!... Vou fazer compras no shopping para aproveitar essa minha nova versão, caso eu realmente seja uma bruxa!

Depois de passar três horas no shopping fazendo compras, Mia sai carregada de sacolas sem nem poder carrega-las direito.

???-Você precisa de ajuda?

Mia responde sem olhar quem lhe oferecia ajuda

Mia-Ah, preciso sim!

Depois de responder, ela se vira e percebe que essa pessoa era na verdade Peter.

Peter-Você está linda.

Mia coloca uma mecha do cabelo atrás da orelha e olha para baixo.

Mia-Obrigada.

Peter-E então, porque de tantas sacolas?

Mia-Precisava renovar meu guarda-roupas, resolvi mudar meu estilo.

Peter-Sabe quem poderia te ajudar com isso? A Runa, ela é especialista nisso!

Mia-Ah, sim, verdade.

Peter-Por falar nela, você sabe aonde ela está? Fui até a casa dela ontem mas ela não estava... Pensei que ela estivesse com você

Mia-Ela não está na casa do Han?

Peter-Não, eles terminaram... Você não sabia?

Mia-Ah, não...

Após a revelação que Peter acabará de fazer, mil pensamentos sobre o que aconteceu se passa na cabeça de Mia.

Peter-Você está bem?

Mia-Estou sim...

Peter-Afinal de contas, como foi que você conseguiu voltar para casa? E o rei?

Mia-Eu não sei o que deu nele, ele disse que eu poderia voltar pra casa porque ano que vem eu seria de maior e poderia escolher aonde ficar... Mas alguma coisa não me convenceu... Não consigo acreditar que apenas o abalo por a mãe dele ter falecido tenha feito ele abrir a mente

Peter-Entendo... Mas você tem certeza que está bem?

Mia-Olha, você pode levar essas sacolas até a minha casa? Eu preciso ir atrás da Runa... Ah, aqui as chaves, se quiser não precisa ir embora, foi muito legal da sua parte em me ajudar, obrigada!

Peter-Ei, espere...

Mia sai correndo antes que Peter pudesse intervir.

Mia-Aonde a Runa pode ter ido?

Mia não consegue pensar em nada e fica angustiada com isso.

Mia-Seria tudo tão mais fácil se você estivesse aqui, mamãe...

Quando Mia termina a frase, várias luzes azuis iluminam as ruas da cidade, como se estivessem querendo levar Mia a algum lugar.

Mia começa a seguir essas luzes, que a levam até a floresta dos cogumelos, onde uma luz azul, mas dessa vez em formato de pessoa, a encara e logo em seguida vai embora, sumindo aos poucos até que Mia conseguisse ver através dessa luz a Runa sentada em um banco.

Mia se aproxima de Runa e se senta do lado dela.

Um silêncio se instala por alguns minutos, até que Mia decide falar.

Mia-Eu acho que estou começando a entender...

Runa olha para Mia surpresa e confusa.

Runa-Entender o que?

Mia-Aquela voz da masmorra, ela aparece para mim mas não em forma de pessoa... É como se fosse um espírito e agora eu estou começando a entender que talvez essa luz seja a minha mãe, tentando se comunicar comigo

Runa-Que bom Mia, faz todo sentindo... Ela, ela era uma bruxa e você é filha dela, então... Talvez ela consiga, mas você já perguntou se é ela mesmo?

Mia-Ela só me responde que em breve eu irei descobrir

Runa-O que você acha da gente investigar? Nós amamos fazer isso, não é mesmo?

Mia-Sim, sim, pode ser, mas... O que você está fazendo aqui?

Runa-Eu... Eu não tive a oportunidade de ir ao enterro da minha avó, eu tive que voltar para Redaller antes que o enterro começasse...

Mia-Eu sinto muito...

Runa-Eu sei que Nia era sua avó, mas mesmo sem ter conhecido ela, sei que ela foi uma pessoa boa, sem ela não teríamos chegado até aqui. Sei que as coisas andam difíceis mas se você parar para pensar, não teríamos uma amizade tão forte e não teríamos feito tantos amigos se não tivéssemos passado por isso... Você concorda?

Mia-Pensando por esse lado, você tem razão, nós passamos por muitas dificuldades mas tudo isso valeu apena!

Runa-E então, estamos bem uma com a outra?

Mia-Sim, claro, eu não deixaria aquilo estragar nossa amizade...

Runa-A vida é curta demais pra gente ficar se arrependendo das coisas, é preciso saber jogar direito para não se perder.

Mia-Você acha que eu deveria...

Runa-Deveria o que? O...

Mia-É, sim...

Runa-Se você acha que é o certo e que vale apena, por quê não?

Mia-Mas e você?

Runa-Tudo bem, eu vou ficar bem, eu ainda estou confusa, não consigo me relacionar com meus sentimentos...

Mia abraça Runa e depois olha em seus olhos.

Mia-Eu preciso ir, o Peter deve estar me esperando.

Mia se levanta e vai embora, aos poucos sumindo da vista de Runa.