One

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Parte 1

É oficial, meu querido gato me odeia.

Eu não sei o que fiz pra merecer tanta raiva acumulada! Maldito seja o dia que resolvi trazer essa bola de pelo pra dentro da minha casa.

É nisso que dá ter empatia com os demais, meus queridos.

"Nossa Sakura, Não está exagerando?"

Há! Vamos lá a cena que eu estou presenciando agora.

Minhas almofadas da sala estão totalmente destruídas. Mamãe ficará puta da vida quando vir me visitar, afinal as almofadas foram tiradas da casa dela. Não diria que foi um roubo, está mais pra posse sem o consentimento dela.

Minhas lindas cortinas estão só o bagaço e eu tenho quase 100% de certeza que o Alfredo, um dos meus peixinhos, não está mais no aquário.

Passei meu olhar sobre a sala encontrando o meu gato sentado todo folgado em um dos sofás que tem na minha sala. O nojento lambida a patinha com a maior cara de sonso como se não fosse o responsável por essa cena de crime. Ele pareceu finalmente notar minha presença e me chamem de louca se quiserem mas esse gato me mandava um olhar mais debochado do que as meninas do ensino médio.

É como se ele dizia: rasguei tudo mesmo e rasgaria de novo. Não me arrependo de nada. Eai vai fazer o quê?

Mas eu apenas respirei fundo e me dirigir a cozinha. Eu não estava com cabeça pra descutir com ele hoje. Sim gente, nos discutíamos toda vez que eu reclamava ele adorava retrucar com um miado ou um tornado típico de gatos.

Senti meus ombros doendo e deveria ser o peso de ser corna. Após minha aula na faculdade de Medicina fui a casa do meu namorado Gaara para o ver, já que o mesmo não tinha me visitado ontem quando chegou de sua viajem a negócios.

E lá ele me contou que me traiu em algum dia durante a viajem. Eu não o deixei falar muito e corri pra minha casa.

Bebendo mais um gole da bebida deixei um sorriso amargo sair enquanto me lembrava de todas as promessas e sussurros que ele sempre dirigia a mim.

Mas minha atenção foi tomada quando vi meu felino vindo em minha direção todo glamuroso como se fosse dono da porra toda.

- É bebê, mamãe aqui tem chifres agora. Se acostume a menor com um boi dentro de casa. - Disso bebendo enquanto via seus olhinhos negros em mim - Mas uma mulher sem chifre é um animal indefeso, não é o que dizem? Me recuso a chorar pelo Gaara, ele não merece uma gota.

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- Será que eu sou tão insuficiente assim, Frad? - funguei mais uma vez com o rosto cheio de lágrimas olhando para a bolinha de pelo preta que também me olhava atentamente - Aquele idiota escroto sem vergonha! Como ele pode me trair? - Voltei a chorar escandalosamente me jogando mais no meu sofá abraçando a garrafa de tequila.

Quem disse que não ia chorar? Eu não disse nada.

Já tinha tomado uma quantidade considerável de álcool e estava toda tonta e com a vista embaçada.
Só abri completamente os olhos quando senti meu corpo sendo levantado por braços fortes e quentes.

Tentei focar minha visão no ser que me carregava em direção às escadas que levava ao meu quarto. Mesmo eu mal enxergando, era bem notável a beleza daquele cara.

- Eu morri e fui pro céu? É isso? - garguejei o olhando

- tsc, você é muito irritante - meu corpo se arrepiou todinho com sua voz grossa.

Meu Gato me odeia! Onde histórias criam vida. Descubra agora