Único.

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Era a décima vez que Chuuya respirava fundo, finalmente era o dia 12 de junho, também conhecido como “O Dia dos Namorados”, uma data que antes não considerava ser muito importante, agora, se tornava sua maior preocupação.

Fazia quase um ano que já estava se relacionando amorosamente com um de seus amores da adolescência, e bem, aquele era o primeiro Dia dos Namorados que passava namorando.

Seus planos eram simples, passaria aquela amanhã na cama, aproveitando a breve companhia do namorado com direito a café na cama e cafuné, depois, iriam para o parque — era quase como uma rotina para o jovem casal que gostava de lugares como aqueles — e então, sairiam para almoçar em um restaurante que Dazai havia mencionado em uma de seus diversos diálogos aleatórios.

Nada poderia dar errado, pelo menos era o que falava para si mesmo, porém, o fato de Osamu ter simplesmente lacrado aquele pote de biscoito não estava ajudando. Já havia passado um sufoco para pegá-lo sem chamar a atenção do namorado, coisa que lhe proporcionou um momento digno de “missão quase impossível” por conta de que Dazai era alto, e com isso, acaba deixando as coisas… Altas demais.

Naqueles momentos, Nakahara Chuuya quase implorava por alguns centímetros a mais. O fato de não ter alcançado o pote de início logo foi deixado para trás, graças a ajuda de uma das cadeiras posicionadas perto da mesa de jantar do apartamento de Osamu Dazai. O real problema veio a seguir, aquela merda estava — aparentemente — lacrada. Oh! Dazai nem ao menos eram tão forte para fechar aquele maldito pote daquela maneira, então como? Bufou, respirando fundo, antes de deixar o pote de lado e partir para o segundo passo da primeira parte de seu plano.

Panquecas e frutas.

Chuuya não temia a cozinha, não era um péssimo cozinheiro, mas quando estava animado demais ou ansioso, as coisas saiam do controle, deu de ombros andando um lado para o outro no cômodo, ignorando os próprios pensamentos. Cantarolou baixinho uma música que havia aprendido com Arthur, verificou as horas e andou em direção ao quarto de casal — seu e de Osamu — com uma bandeja em mãos, mas ao chegar lá, notou a ausência de uma certa pessoa: Osamu Dazai.

Seu celular indicava a presença de algumas mensagens que por acaso eram de Osamu.

“Chuuya, Atsushi me ligou, disse que estava precisando da minha ajuda na agência e era urgente, eu te avisei, mas dúvido que tenha ouvido, já que estava tão concentrado naquele pote ~”

Jogou o celular na cama, aquele cretino ainda lhe pagaria, seu primeiro plano havia sido um completo fracasso, naquela manhã, terminou ele e um belo café com panquecas e frutas, junto a própria companhia e a de um gato. Era seu primeiro fracasso do dia, e torcia para que fosse o último.

Já era meio-dia quando finalmente conseguiram se encontrar, Chuuya pulou nos braços do namorado, estava bravo por ele ter saído assim do nada, mas isso não lhe abalaria, afinal, o dia estava recém começando.

— E então, como foi com Atsushi? — Chuuya perguntou, ajeitando-se na cadeira em frente a Dazai, que sorriu e pegou o cardápio.

— A urgência era com Ranpo, aparentemente ele resolveu comer mais doces que o normal — Riu — quando cheguei, Ranpo ainda estava atracado em um chocolate e o Atsushi e seu namorado, Akutagawa estava discutindo sobre alguma coisa.

— Aqueles dois não tem mesmo jeito — riu, após ver Osamu lhe encarar cínico. — Sei que não somos diferentes, Dazai de merda, não precisa me dizer isso — cobriu o sorriso com seu cardápio, escondendo-o de Osamu que apenas deu um sorriso, achando seu namorado extremamente adorável.

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⏰ Última atualização: Jun 13, 2021 ⏰

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