Asking for Help

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Voltámos à programação normal, narração do nosso ruivinho favorito.

[•••]

Jisung pareceu um pouco abalado com as coisas que lhe contei, mas não era nem metade de tudo.

Acho que eu realmente estava a precisar de desabafar e acabei por lhe contar demais...

Ele está à uns bons minutos a olhar para mim como se  por um lado duvidasse de tudo o que lhe contei, mas por outro, tudo o que lhe disse fazia sentido.

É... Eu não devia ter contado tanta coisa.

PERDÃO? – Ele gritou, mesmo depois de eu lhe ter pedido umas vinte vezes para ele falar baixo.  Ainda estamos no quintal e alguém poderia pensar que somos ladrões a fazer barulho, graças à hora. O pai do Jeongin é polícia, vai que ele tem um sentido de pai-gavião noturno e decide investigar? Eu já hipnotizei muitas pessoas num espaço curto de tempo, basta! — Desculpa! Mas a culpa é tua! Acabas de me dizer que tens poderes, provas que os tens lendo a minha mente! E ainda pedes a minha ajuda para isso, o que okay! Eu disse que ia ajudar e vou! Mas eu estou em choque, tá? Deixa-me estar chocado! Como estavas à espera que eu reagisse! Querias que eu ficasse totalmente neutro e dissesse “ Que vida louca e aventura, Lixie. Agora vamos dormir!” Não, né seu louco! Eu tenho de estar em choque. — Ele reclamou rapidamente e eu assenti.

Ele tem um ponto muito válido.

A minha vida até agora está um pouco longe do “normal ”para a maior parte das pessoas.

— Desculpa, Hannie... Mas és o único em que eu tenho certeza de que posso confiar para isto tudo... Eu não te quero sobrecarregar, desculpa. — Confessei com um sorriso, mesmo hesitante para continuar o resto.

Depois da conversa que tive com a Soo eu comecei a pensar nisto, se deveria realmente contar a alguém sobre isto...

O Bin está chateado comigo sabe-se lá Deus o porquê, e honestamente achei que não poderia contar isto a alguém que não tem maturidade suficiente para se resolver comigo.

O meu pai, se sequer o posso chamar assim, quer que eu fuja outra vez.
Mas desta vez, eu recuso-me a sair desta casa onde, finalmente, me sinto em casa.

Os meus primos veem me como uma criança pequena e frágil, eles iam achar que esta história é resultado de um trauma relacionado à morte da minha mãe, o que honestamente me incomoda mais do que deveria.
Por algum motivo eles acham que para tudo o que eu acabo por reagir negativamente pode ser um reflexo de que ainda não sei lidar com a morte dela, o que é mentira. Porque eu sei.

Ela está morta e eu sei disso.

Eu gostaria de contar à tia Kim, mas o meu pai tem razão... Ela já tem carga que chegue. Ela não precisa de um adolescente que não sabe resolver os próprios a chatea-la constantemente.

Eu tenho o resto dos meus amigos, como por exemplo, o Hyun, o Jungmo e até a própria Soo, mas eu sei que eles não iriam entender.

— Estou rodeado de pessoas que estão aqui para mim, mas eu não lhes posso confiar isto. Eu sei que isto não é fácil... Mas tu és a escolha certa, Jisung. — Suspirei e encostei-me na única árvore que temos no quintal, ao lado do Hannie. — Eu entendo se depois disto não me queiras ajudar mais...

— Rapaz, eu vou te bater! — Ele avisou antes que eu pudesse continuar. — Para de fazer isso! Eu vou te ajudar, quer tu queiras ou não, até porque já sei das coisas! Okay? — Ele perguntou irritado e eu apenas assenti. — Vamos por partes, tá? — Ele pediu e eu concordei. — Como funciona realmente a tua telepatia? Tipo, tu lês mentes e sabes de tudo o que se passa na cabeça da pessoa? Olha, as coisas que eu tenho aqui dentro são preciosas, tá! Eu não preciso que saibas todas as minhas teorias da conspiração! — Perguntas válidas... Okay, isso é bom!

¡¡ Oh F**k I Have Super Powers!!Where stories live. Discover now