Trust Me, Trust Him

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— Vais me dizer o porquê de teres feito aquela pergunta ao Jung? Ou vais continuar a mentir? — Sookyung perguntou enquanto arrancava o relvado ao lado dela. Depois do Jungmo ter ido embora nós viemos para o parque ver os patos, acho que a Soo não quis ir diretamente para casa e eu vim fazer-lhe companhia, mesmo estando a morrer de fome. Faz uns trinta minutos que estamos aqui, os patos foram embora  depois do pão que a Soo tinha ter que acabado e desde então ela não para de me chatear com aquilo da pergunta.

Não lhe posso só dizer  «Estou a investigar quem me possa ter tentado matar ontem à noite e por acaso a mulher que eu vi na memória do Jungmo, graças aos meus poderes, é extremamente familiar e talvez uma possível suspeita.»

— Vou continuar a mentir, que tal? – Sorri sarcasticamente, fazendo com que ela revirasse os olhos. — Porquê que tu queres saber? Não é nada contigo, Soo. — Deitei-me no chão para ver o céu. Às vezes...

Não sei se faz muito sentido o que vou dizer, mas o céu não parece real. Ou pelo menos não tão real como deveria.

Faz sentido? Não, né?

Ignoremos o que eu disse.

— Às vezes soltas perguntas estranhas, estranhas e extremamente específicas. Tens feito isso muito recentemente e eu quero saber o porquê! — Ela grunhiu, nem sei bem o porquê. — São perguntas que só tu sabes o que significam. E eu percebi que são importantes para ti... Tu nunca exprimes o que queres, Felix. Estás sempre disposto a ajudar todos, mas nunca a ser ajudado e nós somos amigos... Eu quero ajudar-te. Não confias em mim? – Ela explicou e eu assenti, fechando os meus olhos.

— Tu não me contas o porquê de chorares no balneário durante a hora de almoço em vez de almoçares conosco, mas eu sou teu amigo, certo? — Perguntei calmamente. — Nunca me contas o porquê de não te dares bem com a Dayun, mesmo que eu já te tenha garantido que te ia ajudar a resolver o assunto, correto? Não me contas o porquê de nunca te juntares ao grupo para estudar depois das aulas, não é? — Mesmo não a vendo, sei que ela está a olhar apreensivamente para mim enquanto se culpa pela abordagem nada subtil dela, o que não era o meu objetivo. — Não quero ser rude, Soo. Não mesmo. Mas tu achas mesmo que com o tanto que tu não me contas tens alguma moral para me perguntares isso? Digo, eu confio em ti. Óbvio que sim, mas não vejo o porquê de te chatear com os meus problemas, do mesmo jeito qus tu não queres confessar os teus. E está tudo bem, todo o mundo esconde qualquer coisa.

Todos temos segredos. Grandes ou pequenos, todos os temos.

E não há porque ter vergonha ou algo do género.

O HyunWoo nunca nos contou como torceu o pé, mesmo com as súplicas do Hyunjin e do Jungmo.

O Jungmo esconde o porquê de tomar comprimidos e o porquê de ter de sair sempre mais cedo para o almoço ou a justificação das primeiras aulas de educação física que ele não fez.

O Han esconde a vida pessoal dele e muitos medos que vieram dela.

O Seungmin e o Chan escondem algo que só eles os dois sabem.

Jungwoo hyung esconde o porquê de ter tanta falta de confiança, minha gente aquele rapaz consegue fazer tudo e mais alguma coisa, mas é extremamente inseguro.

O Hyun esconde algo que até agora não sei e nem sequer consigo perceber o que é.

Eu poderia ler a mente de todos, menos a do Hyunjin por motivos óbvios, mas não o faço porque respeito o espaço deles. É uma questão de respeitar as vontades de cada um, não é que eu não confie nas pessoas à minha volta para me ajudarem não é isso!

Eu apenas prefiro tratar das coisas sozinho e sem ter de preocupar e incomodar ninguém... Quero dizer, eu basicamente roubei cinco anos de vida da tia Kim para ela me ajudar a controlar os meus poderes... E o meu pai teve de dedicar todo o seu tempo e cuidado a mim depois da morte da mãe até eu voltar a andar o que foi pelo menos o quê? Seis anos?

¡¡ Oh F**k I Have Super Powers!!Where stories live. Discover now