Em uma noite qualquer

Obrigado por existir

Foi em uma noite qualquer que eu te conheci e me apaixonei por você, foi em uma noite qualquer em que você me beijou, foi em uma noite qualquer em que você me fez seu, foi em uma noite qualquer em que nos arrependemos, foi em uma noite qualquer em que nos despedimos, foi em uma noite qualquer em que você bebia em um bar aleatório, foi em uma noite qualquer em que você bateu na minha porta, foi em uma noite qualquer em que voltamos a ser amantes, foi em uma noite qualquer em que você mentiu para mim, foi em uma noite qualquer em que você anunciou que estava namorando ela, foi em uma noite qualquer em que você a chamou para dormir na sua casa, foi em uma qualquer que eu não suportei a notícia da gravidez dela, foi em uma noite qualquer em que decidi terminar e ir embora, foi em uma noite qualquer em que você descobriu que o bebê não era seu, foi em uma noite qualquer em que você foi até meu antigo apartamento e chorou na porta, foi em uma noite qualquer que aprendi o significado da palavra “egoísta”, foi em uma noite qualquer em que depois de cinco anos voltei, foi em uma noite qualquer em que recebi a notícia que você estava no hospital, foi em uma noite qualquer em que seu enterro aconteceu, foi em uma noite qualquer em que perdi o amor da minha lamentável vida, foi em uma noite qualquer em que acordei no meio da noite e olhei para o lado e te vi lá dormindo serenamente, foi em uma noite qualquer em que acordei de um pesadelo horrível.

— Aconteceu alguma coisa, amor? — você me questiona olhando com seus belos olhos escuros que pareciam conter uma galaxia inteira.

— Nada, amor, apenas tive um pesadelo — digo coçando a nuca.

— Hum, vem cá — você abre os braços e me chama para um abraço.

— Sasuke — digo o abraçando fortemente — Obrigado por existir.