Capítulo 25

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Ele passou uma boa parte do tempo nos explicando como eram as coisas lá na base deles e como era seguro, não íamos precisar nos preocupar mais com nada. Eles estavam recolhendo sobreviventes que sobraram de todos os cantos, e nós estávamos sendo os próximos. Como ele ficava falando de base militar e que tinham muitos sobreviventes lá com eles, me passou pela cabeça se realmente tem espaço para todo mundo. Sei que bases militares são grandes, mas não o bastante para muita gente. Depois de um tempo eu comecei a perceber o caminho pelo qual ele estava nos levando.

— Ei. — Chamo a atenção dele. — Tem certeza que esse caminho é o certo?

— Esse caminho aqui nos leva direto pro nosso destino! — Ele responde.

— É que este caminho nos leva direto para San Francisco, o lugar mais perigoso que existe nesse momento! — Falo.

— Fica tranquila, agora a cidade está habitável outra vez! — Diz ele.

Aquilo havia me deixado meio confusa, mas quando olho para frente, eu já vejo a entrada da grande ponte Golden Gate. Havia militares fortemente armados na entrada da ponta, estavam fazendo uma barreira de acesso e também montaram uma torre de vigilância, assim que passamos daquele ponto, havia outras barreiras espalhadas pela ponta junto com algumas torres. No final da ponte havia outra barreira de acesso com muitos guardas protegendo o lugar. Quando entramos na cidade, haviam muitas pessoas andando pelas ruas tranquilamente, crianças brincando, os parques bem frequentados.

— Construíram uma base inteira em volta da cidade... — Sussurro para mim mesma.

— Na verdade só metade da cidade, não conseguimos cobrir ela por inteira! — Diz o soldado.

Por dentro da cidade, parecia outro mundo, parecia que nada estivesse acontecendo fora dali.

— Aqui é nosso QG! — Diz o soldado parando o carro.

Todos nós saímos do carro e passamos a admirar o prédio que eles tomaram para fazer o QG.

— Daqui podemos mandar uma mensagem para a colônia de vocês avisando que chegaram bem e que em breve estaremos enviando um grupo para buscá-los! — Diz o soldado.

Ele começa a andar até o prédio e nós passamos a segui-lo.

— Opa, não podem entrar aqui! — Diz ele se virando para nós. — No momento só o líder da expedição pode entrar para enviar a mensagem.

— Então... O que fazemos agora? — Pergunto a ele.

— Nossa general pode mostrar os alojamentos temporários de vocês passarem as noites aqui até o restante do pessoal de vocês chegarem! — Diz ele.

Acabamos concordando com ele.

— Por aqui por favor! — Diz a general.

Assim que pede, passamos a segui-la a pé até a algumas ruas atrás do prédio, assim percebemos que estávamos no Porto da cidade, os tais "alojamentos temporários" que ele havia falado, na verdade eram containers improvisados para um quarto e banheiro. Acabei achando aquilo meio que interessante. Todos estavam em ordem, com containers em cima de outros, haviam passarelas para acessar os de cima. Estava me sentindo em um acampamento, só que bem curioso.

— Todos esses de baixo estão ocupados, então irão ficar com os de cima! — Diz ela nos levando escada acima da passarela. — É apenas um para cada um, podem escolher!

Assim que ela fala, cada um escolhe seu "quarto" e entra, eu fui a última a entrar para o meu e senti um olhar de predador em cima de mim por parte da general. Apenas abro a porta e entro para me livrar daquele olhar predatório. Achei aquilo bem estranho e desconcertante, para me precaver, eu tranquei a porta. Olho em volta desse "quarto" e confesso que ele é bem mais arrumado que eu esperava, também havia uma parede com uma porta cortando o meio do container que indicava o banheiro ali atrás. Que criativo.

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