64° capítulo

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Brunna

       

Nesse momento me encontro em um canto da sala próximo a janela. Fico um tempo observando o lado de fora e vejo algumas nuvens escuras que começam a surgir no céu.

Emmy: Brunninha, o que você faz aqui sozinha? - Sinto o seu toque de leve sobre o meu ombro.

Bru: Estou só pensando. - Vejo seus olhos cheios de preocupação e apenas sorrio. - Já faz uns dois meses que a Lud apareceu em minha vida e de lá para cá nós nunca tivemos sossêgo.

Emmy: Tem algo haver com meu primo? - Balanço a cabeça assentindo.

Bru: Não só ele, mas tem outras pessoas dispostas a acabar com o nosso relacionamento de todo jeito.

Emmy: Vocês se amam, Brunninha. E isso ninguém conseguirá destruir.

Bru: Espero que você esteja certa, Emilly. Eu não consigo viver longe dela mais.

Emmy: Então, o que está fazendo aqui sozinha, agora?

Bru: Eu preciso pensar um pouco sobre tudo que vem acontecendo em nossa vida.

Emmy: Não pensa muito, só viva o hoje como se fosse o último dia. Nunca sabemos o que vem amanhã.

Bru: Então você acha que devo conversar com ela?

Emmy: Eu só não acho, como você deve ir conversar com ela. As vezes ela está esperando você dar a iniciativa.

Bru: Acho que você está certa, Emmy.

Emmy: Então vai. - Ela pega em minhas mãos e me olha nos olhos. - Depois você me conta. - Sorrir e a agradeço.

Bru: Obrigada Emmy, por sempre estar do meu lado. E por me apoiar sempre.

Emmy: É o que as amigas fazem, não é Brunninha? - Ela dá um sorriso e olha para a direção da Lud. - Acho que sua noiva já está com ciúmes de você, comigo. - Olho para a Lud que não tira os olhos de nós enquanto bebe o vinho da sua taça. - É melhor você ir logo, Brunninha. - Aceno e começo a caminhar lentamente sendo observada pelos olhos atentos de  minha noiva.

Bru: Podemos conversar? - Fico uns passos a sua frente e seus olhos cravam nos meus. - Podemos ir lá fora? - Ela assente e pego em sua mão e caminhamos lado a lado até a área da lado de fora, perto da piscina.

Lud: Acho que sei sobre o que você quer conversar. - Ela se senta na espreguiçadeira e me observa enquanto eu sento em sua frente. - Pode falar.

Bru: Ok. - Fico uns segundos pensando por onde começarei e decido contar do começo. - No dia que mandei mensagem para a Emmy pedindo para trazer o Renato, ela chegou a comentar que achava que Carlos ia vir para cá.

Lud: E porque você não me falou?

Bru: Porque não era certeza e eu ainda tinha esperança de ele não vir aqui. - Pego em suas mãos e as acaricio lentamente com os meus dedos . - Eu juro para você meu amor, que eu só tenho olhos para você e em nenhum momento pensei em ficar com ele.

Lud: E o que ele queria com você, então? - Ela afasta sua mão da minha e leva até seus cabelos e o amarrando.

Bru: Ele veio aqui me pedir para não se casar com você e que eu ficasse com ele.. - Seu olhar era de fúria e revolta.

Lud: O que? - Sua voz saiu alterada e no mesmo instante ela se levanta caminhando de um lado para o outro. - E o que você falou?

Bru: Lud, é claro que eu não vou largar mão do nosso casamento. - Eu me levanto e me aproximo segurando seu rosto com minhas mãos . - Lud, você é o amor da minha vida e eu quero ter você para sempre em minha vida. Eu quero que você entenda isso e não duvide do meu amor nunca.

Lud: É tão bom saber o quanto você me ama, Bru . - Sorrir e coloco minhas mãos em sua cintura a puxando para mais perto do meu corpo. - Eu sou louca por você, meu amor. E eu te amo muito.

Bru: E eu muito mais, meu amor. - Encosto minha testa na dela e vejo em seus lábios um sorriso surgir. - Sabe o que eu quero fazer agora?

Lud:  Não. - Olho para sua boca e mordo meus lábios segurando a vontade de beijá-la. - Mas eu acho, que imagino.

Bru: Eu quero sentir seu gosto, Lud. - Encosto meus lábios nos seus e a beijo lentamente até nos afastarmos. - Eu quero te mostrar um lugar. Você quer conhecer?

Lud: Eu iria em qualquer lugar com você. - Sorrir e pego em sua mão.

       

Ludmilla

         

Eu não sei aonde eu estava com a cabeça de acompanhar a Bru. Eu a observo caminhar em minha frente e me puxando pelas mãos no meio da mata.

Lud: Bru, eu não aguento mais. - Eu paro e coloco as mãos no meu joelho com a respiração acelerada. - Eu não sou acostumada a andar tanto, assim.

Bru: Meu amor, falta só mais um pouquinho. - A olho e fico totalmente admirada com sua disposição. - Você quer descansar um pouco?

Lud: Falta quantos minutos, mesmo? - Ela olha no relógio e sorri.

Bru: Lud, já estamos perto. Falta apenas uns cinco minutos.

Lud: Ok, então. - Ela sorri e me puxa novamente para a trilha.

            
Caminhamos mais alguns minutos até chegarmos em uma enorme cachoeira.

Bru: Amor, chegamos. - Observo o lugar fascinada. - Aqui é o lugar onde eu era acostumada a vir quando eu era criança.

Lud: Nossa, aqui é lindo. - A olho e ela sorri lindamente. - E como que lembra desse lugar até hoje?

Bru: Tenho uma memória muito boa. - Ela começa a tirar a blusa e a calça . - Eu vou entrar.

Lud: Não é perigoso não? - Ela sorri ficando só de lingerie em minha. - E se aparecer alguém?

Bru: Aqui é das terras do meu pai e é muito difícil aparecer alguém. - Olho para a lados com medo. - Amor não precisa ficar com medo eu estou aqui. - Ela vem até mim e me olha segurando meu queixo. - Entra comigo?

Lud: Eu não sei nadar, Bru. - Ela sorri e me dá um selinho rápido.

Bru: Eu vou te esperar. - Ela se afasta e pula. - A água está muito boa, amor, só falta você para ficar perfeita. - Me sento e a observo nadar.

          
Depois de alguns minutos eu não a vejo mais e eu começo a ficar desesperada . Vou até a beira da cachoeira e começo a chamar.

Lud: Bru, cadê você? Bru... Bru. - Quando coloco a mão na água eu sou surpreendida por duas mãos que me puxa para dentro,me fazendo molhar toda.

         
Fico alguns segundos debaixo da água quase sem conseguir respirar direito, quando sinto dois braços me levando de volta para a superfície.

Lud: Brunnaa, você quer me matar? - Ela sorri e eu dou dois tapas em seu ombro.

Bru: Desculpa meu amor, mas eu queria ter você aqui comigo e essa foi a única maneira.

Lud: Bru, você ainda vai me matar do coração. - Ela sorri e me puxa de encontro ao seu corpo .

Bru: Essa nunca foi minha intenção. - Ela encosta nossas testas e me olha atentamente. - Minha única intenção é te amar todo dia e te fazer feliz, meu amor. - Ela encosta nossas bocas e me beija com bastante luxúria.

            
Sinto seus braços percorrerem pelo meu corpo e sem separar o beijo, ela me levanta e eu aproveito e enrosco minhas pernas em sua cintura. E sorrimos após separarmos o beijo por falta de fôlego.

Bru: Lud, eu posso? - Aceno positivamente . - Só se segura em mim, amor. - eu seguro e logo ela me ajuda a se livrar das roupas.

          

      

           
          

          

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