Deixa eu bagunçar você?

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POV BEATRIZ

Ás oito da noite Marcela e eu seguíamos pela rodovia em direção à casa de campo dela. No radio do carro tocava Liniker, e eu cantarolava baixinho sendo observada por Marcela. Fiquei receosa de alguém ter nos vistos saindo juntas, mas ela disse que ninguém tem nada com a nossa vida, mas eu ainda sim tinha certo medo de alguém falar coisas que não deviam.

-Está tudo bem linda? – Ela fez um carinho em minha mão.

-Está sim. – Sorri e ela retribuiu.

-Já estamos chegando, está com fome? – Balancei a cabeça e ela riu da minha cara. – Espero que você goste do cardápio.

-O que você aprontou?

-Você já vai descobrir. – Fiz cara de indignada ela continuou dirigindo.

Depois de alguns minutos entramos em uma estrada de chão e logo vimos luzes acesas. A casa de campo era A casa de campo, o lugar era maravilhoso e me renderia ótimas fotos, ainda bem que eu trouxe a minha câmera.

-Seja bem vinda ao meu lugar favorito. – Marcela estacionou e retirou o cinto. – Vem, vamos entrar.

Ela me segurou pela mão e entramos pelo alpendre de madeira rustica. Se por fora era lindo, por dentro era ainda mais incrível. Marcela acendeu a luz e eu fui pega totalmente de surpresa. A mesa estava toda posta para um jantar românico, sorri encantada e ela me abraçou por trás.

-Espero que ainda esteja quentinho. – Me virei e passei os braços pelo seu pescoço. – A esposa do caseiro quem preparou tudo. Ela me avisou ainda pouco que já estava tudo pronto.

-Então era por isso que você tanto mexia no celular no porto de gasolina. – Ela sorriu sapeca e m deu um selinho demorado.

-Era por isso mesmo. – Marcela me pegou pela mão e puxou a cadeira pra mim. – Mas vamos comer, pois tinha uma senhorita cheia de fome.

Sorri e concordei com a cabeça. Marcela me serviu e o cheiro do filé estava divino, o sabor eu nem preciso comentar, não sei se era minha fome, ou aquilo era coisa de outro mundo de tão saboroso. Marcela e eu conversávamos sobre o jantar e ela me contava os motivos por amor aquela casa.

-Eu praticamente cresci aqui, sempre gostei dessa calmaria. – Sorri e levei a taça aos lábios. – Eu esperava ansiosamente pelas férias pra poder vir pra cá.

-Eu também gostaria de passar feria em um lugar assim.

-Podemos vir sempre que quiser. – Ela tinha um brilho diferente no olhar. – Você sabe andar a cavalo?

-Sei sim, eu montava quando morava no interior. – Meu pai sempre gostou de cavalos e eu aprendi a montar quando criança. – Só que faz muito tempo que não monto.

-Amanhã podemos dar um passeio e você me mostra seus dotes de equitação. – Concordei e continuamos o jantar.

A cada minuto eu ficava mais encantada, e com certeza de que Marcela já estava ocupando um lugar em meu coração. A cada minuto eu tinha certeza que estava me apaixonando por ela.

-Podemos levar a sobremesa pra sala e acender a lareira? – Ela me perguntou e eu amei a ideia.

Rapidamente ela acendeu e nos aconchegamos no sofá enroladas em um cobertor. A sobremesa era a minha favorita, pudim e eu sorri quando ela me entregou. Com Marcela tudo era calmaria, eu não me importaria de passar o resto da minha vida ali com ela. Marcela recolheu nossos pratos e voltou com um vinho e duas taças.

-Esse é pra gente se esquentar. – Ela encheu nossas taças e sentou ao meu lado me puxando pra mais perto. – O que a senhorita tanto pensa ai?

-Em que eu não queria que essa noite acabasse. – Marcela me beijou no rosto.

-Ela pode acabar, mas nós podemos repeti-la sempre que quiser. – Me virei e encarei seus olhos escuros. – Bia, eu não sei como deixar isso ainda mais claro. Mas eu quero você.

-Marcela, eu tenho medo. – Suspirei pesado. – Não de me evolver, mas do que as pessoas vão achar, eu sou sua funcionaria. E ainda tem sua esposa.

-Não pensa nisso, ninguém tem que se meter em nossas vidas. – Ela segurou meu rosto entre as mãos. – E eu juro que vou resolver minha situação com Jaqueline o mais breve possível, eu só preciso de alguns dias. – Ela me encarou e me beijou, a língua dela pediu passagem e o beijo era suave. – Eu só quero uma chance pra viver essa paixão que está dentro do meu peito.

Ouvir aquilo foi como se borboletas dançassem Macarena em meu estomago. Em quase um ano de namoro com Gustavo eu nunca tinha sentido aquilo.

-Vamos tentar? – Ela me dava selinhos pelo rosto.

-Podemos ir com calma, a gente pode ir se conhecendo. – Marcela franziu as sobrancelhas. – Eu estou falando serio.

-Vamos nos conhecer então. – Marcela me presenteou com um sorriso. – Me chamo Marcela Santana Ferraz, tenho 37 anos, sou Leonina, mas não sou muito ligada a signos, tenho um irmão Maluco e moro com ele temporariamente, sou formada em publicidade e administro minha própria empresa. A e tem mais uma coisa, recentemente uma das minhas funcionarias está me tirando a concentração, eu tô caidinha por ela e ela se faz de difícil.

-Boba. – Colei nossos lábios novamente e o beijo dessa vez era mais fogoso. – Leonina? Onde eu fui me meter.

-O melhor signo do zodíaco.

-Depois de sagitário é claro. – Marcela negou com a cabeça e me beijou novamente.

-Podemos ir com calma, e no seu tempo. Eu sei que isso é novo pra você. – Marcela me encarava de forma intensa. – Eu sei também que você prefere manter nossa relação discreta e eu irei respeitar isso.

-Obriga por me compreender. – Sorri em me aconcheguei em seu peito. – Sabe de uma coisa, recentemente eu ando apaixonadinha pela minha chefe, inclusive eu amo os beijos dela.

Marcela não disse mais nada, ela me deitou no sofá e nossas bocas se encontraram novamente, o beijo ficava mais intenso e eu sentia as mãos de Marcela entrando por dentro da minha blusa. As minhas mãos apertavam sua nuca e ambas arfavam entre o beijo. Os lábios dela desciam pelo meu pescoço e minha blusa rapidamente foi aberta. Marcela era ágil e suas mãos trabalhavam pelo meu corpo enquanto sua boca explorava cada pedaço do meu colo.

-Eu quero você Beatriz. – O Olhar intenso dela era capaz de ler minha alma.

Aquela noite tinha algo diferente, não era apenas uma noite de sexo, era algo muito mais intenso que isso. Marcela me pertencia e eu pertencia a ela.

O dia amanheceu e os passarinhos cantavam do lado de fora. Dormimos abraçadas no sofá e eu nem me lembro da hora que pegamos no sono. Marcela dormia tranquilamente enquanto eu fazia o contorno dos seus traços com as pontas dos dedos.

-Ainda está cedo. – Ela resmungou. – Não é possível que você não esteja cansada da noite passada.

-Eu te cansei foi? – Perguntei com malicia e ela abriu um olho.

-Eu nunca vou me cansar de você. – Deixei um beijo rápido em sua boca. – Mas eu preciso de um tempo pra me recuperar.

-Então durma mais, vou aproveitar o nascer do sol e tirar umas fotos. – Ela concordou com a cabeça ainda de olhos fechados. – Mas preciso de um banho antes.

-Lá em cima a segunda porta a esquerda é o nosso quarto. – Dei mais um beijo em seu rosto e puxei a coberta cobrindo seu corpo.

Tomei um banho quentinho, me agasalhei e sai pelo jardim com minha câmera na mão. Aquele era um dos lugares mais lindos em que eu já fui e eu não poderia de registrar aquele momento. Tirei algumas na câmera, e postei um vídeo no meu instagram com a seguinte legenda: "Deixa eu bagunçar você?".  Era um trecho da musica, zero, e eu amava aquila musica. 





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Ahhhh meu casal só no love, mas até quando? 

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