Já era tarde quando me sentei no banco de metal gélido do ponto de ônibus, o vento frio soprava contra meu rosto e bagunçava meus cabelos, o trajeto até meu pequeno apartamento foi tranquilo, tirando os adolescentes barulhentos do fundo do ônibus. Ascendi a luz de meu apartamento após entrar. A noite na faculdade havia sido tranquila, e mais uma vez nós tivemos aula com ele, ele, nesse caso, é meu professor de psicologia, hoje ele foi vestido com uma calça preta social que combinava com seu corpo, sua blusa, também social e preta, abraçava seu tronco perfeitamente, tudo nele era perfeito. Não lembro-me quando foi que comecei a sentir essa atração por meu professor, ele era tudo o que eu desejava nessas últimas noites. Queria sentir seu corpo esbelto juntando-se ao meu no mais puro prazer, nosso calor preencheria o ar e meus lençóis cobririam nossos corpos após nossa noite de amor.
Droga. Já estava ficando excitado em apenas pensar nele, ultimamente esses pensamentos tem vindo com frequência em minha mente, não conseguia evita-los. Entrei em meu banheiro e liguei o chuveiro para banhar-me, as águas frias desciam por meu corpo carregando toda a minha excitação, ao terminar meu banho vesti-me com uma calça moletom e uma blusa fina de frio. Olhei-me no espelho antes de deitar, meus cabelos ruivos pingavam sobre minha testa e escondiam suavemente meus olhos castanhos, sardas preenchiam boa parte de meu corpo e rosto, eu gostava delas, achava que eram o meu charme, minha pele estava pálida demais e existiam olheiras em meu olhos, dormia tarde por conta da faculdade e acordava cedo para trabalhar, precisava me manter de alguma forma. Direcionei meu olhar para meu corpo, “baixo demais, magro demais”, eram as únicas coisas que eu tinha a dizer sobre ele. Passei minhas mãos por meus cabelos, os jogando para trás, eu gostava de um cara que não me notava e provavelmente eu nunca teria uma chance com ele, afinal eu era apenas mais um que o desejava. Desviei o olhar do espelho, nesses últimos dias eu não conseguia encarar meu reflexo nem por dois minutos, meu corpo e eu pareciam, e eram, uma peça completamente oposta ao atrativo.
Era melhor ir dormir logo, tinha problemas maiores que minha autoestima para resolver. Deitei em minha cama e enrolei-me por completo em meus lençóis, sentia frio, mas talvez, se ele estivesse ali, eu não sentisse isso. Um sorriso brotou em meus lábios, nem sempre quando pensava nele se tratava de algo sexual, as vezes tudo o que eu queria era que meus sentimentos fossem recíprocos, mas isso também parecia ser algo impossível. Fechei meus olhos para dormir, mas ele não saia de minha mente naquela noite, eu também não queria que ele saísse, me deliciava com cada pensamento até que peguei no sono.
Senti dedos passeando por minhas costas, causando arrepios em meu corpo, a pele macia foi me despertando mais e ao, finalmente, notar que não estava sozinho, virei meu rosto para trás, assustado e com o coração acelerado. Meus olhos se arregalaram mais que o suficiente e quase senti meu coração escapar do peito. Como ele havia chegado ali? Como havia entrado em minha casa?
Antes que mais dúvidas tomassem conta de minha mente, as mãos dele envolveram minha cintura, invertendo as posições e o deixando por cima de mim. Minha cabeça estava bagunçada, mas ao sentir o membro ereto entre minhas pernas, um arrepio de excitação percorreu meu corpo. Nenhuma gota de sono se instalava em mim agora. O sorriso carregado de malícia fez meu rosto corar, minhas mãos, em determinado momento, foram parar sobre os ombros dele, mas algo de diferente se fazia presente, eu não lembrava dos olhos dele serem tão vermelhos assim.
O quadril do maior se moveu, tocando-me mais e bagunçando minha mente novamente, não queria admitir, mas já estava duro e completamente excitado em apenas ter aquele olhar intenso sobre mim, não foi intencional, mas quando ele se moveu novamente, não pude segurar um gemido que escapou.
Droga. Eu estava gemendo para o meu professor de psicologia, mas como poderia negar aquilo? Ele era o que eu mais desejava nessas noites e agora eu o tinha.
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incubus
Short StorySenti dedos passeando por minhas costas, causando arrepios em meu corpo, a pele macia foi me despertando mais e ao, finalmente, notar que não estava sozinho, virei meu rosto para trás, assustado e com o coração acelerado. Meus olhos se arregalaram m...