• Capítulo 7

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Kah on·

Kah: onde vamos?- eu havia saído do trabalho uma hora mais cedo para me arrumar. Mais de metade das minhas roupas estavam empilhadas em cima da cama. Normalmente eu me vestia de acordo com o humor. Não era muito detalhista. Para mim, estilo é uma expressão da personalidade, não é de seguir as últimas tendências de passarelas ou de uma das Kardashians. Portanto, estava apavorada por já ter experimentado dez combinações diferentes.
Rugge: a um restaurante, infelizmente. A menos que você tenha mudado de ideia. Se decidir que prefere que o banquete seja você na minha casa estou mais que pronto para mudar os planos- se fosse outra pessoa os comentários pervertidos já teriam me irritado, mas por alguma razão Ruggero me fazia sorrir. Minha resposta para os convites dele eram sempre tirar uma onda com a cara dele.
Kah: na verdade, talvez eu tenha mudado de ideia.
Rugge: dá seu endereço. Ainda estou no escritório, mas chego aí em dez minutos, seja onde for sua casa- ri da resposta desesperada. Por mais que o julgasse presunçoso havia algo muito encantador na honestidade com que ele demonstrava o desejo de estar comigo. Normalmente para um cara como ele demonstrar desespero era sinal de fraqueza. Isso quase me fazia sentir mal por brincar com ele. Quase.
Kah: estava falando sobre sairmos hoje à noite. Não sei se é uma boa ideia.
Rugge: bobagem. Se não aparecer pode me esperar batendo na sua porta.
Kah: você nem sabe onde eu moro.
Rugge: sou um homem de muitos recursos. Paga para ver.
Kah: tudo bem, eu vou, mas você só me deu um endereço. Onde vamos? Preciso saber o que vestir.
Rugge: vai com que está vestida agora- olhei para baixo.
Kah: um sutiã e calcinha de renda cor-de-rosa? Aonde vai me levar? A uma boate de strip?- ele demorou uns cinco minutos para responder.
Rugge: não me fala essas merdas.
Kah: não gosta de rosa?
Rugge: ah, eu gosto. A cor vai ficar linda marcada na forma da minha mão na sua bunda se não parar de me provocar.- agressão física não era uma coisa que eu considerasse excitante. Não era, mas pensar nele batendo na minha bunda fez meu corpo vibrar. Eu estava ficando excitada com uma mensagem de texto. Jesus. Esse homem era perigoso. Eu precisava de um tempo, por isso joguei o celular em cima da cama e voltei a vasculhar o armário. Achei um vestidinho preto que havia empurrado para o fundo do closet.

Kah on·Comprei-o para ir a um funeral

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Kah on·
Comprei-o para ir a um funeral. Dei risada ao pensar que devia tê-lo usado no encontro com Aspen. Quando o tirei do cabide meu celular avisou que eu tinha uma nova mensagem.
Rugge: você parou de responder. Deve estar ocupada imaginando minha mão batendo nessa bunda linda- o homem tinha uma capacidade sobrenatural de transformar uma pergunta simples em sacanagem.
Kah: estou ocupada tentando escolher uma roupa. O que me leva de volta à pergunta original da minha primeira mensagem. Aonde vamos?
Rugge: fiz reserva no Zenkichi.
Kah: no Brooklyn.
Rugge: é, no Brooklyn. Só tem um. Você disse que morava lá e como recusou minha carona escolhi um lugar perto da sua casa.
Kah: uau. Legal, ótimo. Queria mesmo conhecer esse restaurante, mas do seu escritório, chegar lá é meio pé no saco.
Rugge: bem adequado, já que você é um pé no meu saco. A gente se encontra lá às sete- a estação do metrô ficava a um quarteirão e meio do restaurante. Quando virei na esquina tinha um carro preto parando na frente dele. Não sei por que, mas me escondi em uma soleira para ver a pessoa que ia sair do carro. Um pressentimento me dizia que era Ruggero. Minha intuição estava certa. Um motorista uniformizado desceu e abriu a porta de trás e Ruggero desceu do carro. Caramba, o homem exalava a poder. Ele usava um terno caro diferente daquele em que o vi de manhã.

An Unforgettable Love [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora